Prefeitura Municipal de Assú

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vice-prefeito tem interesse em comandar diretório do PMDB


O bom momento por qual passa o PMDB do Rio Grande do Norte, com a ascensão do deputado federal Henrique Eduardo Alves à presidência da Câmara dos Deputados, apresenta reflexos que elevam a expectativa de melhor aproveitamento dessa fase. Em Mossoró, por exemplo, a sigla se prepara para arregimentar novos filiados e trabalha pela sede própria e projetar ideias para as próximas eleições, reforçando os interesses da cúpula estadual peemedebista.

Um dos planos que começa a se cogitar, inclusive proposto pelo presidente estadual da legenda, Henrique Eduardo Alves, será a eleição para o comando do diretório do PMDB em Mossoró. A informação foi passada pelo vice-prefeito peemedebista Wellington Filho.

“O diretório estadual tem interesse (em realizar eleição à presidência do diretório local”, afirmou Wellington Filho, acrescentando que todo o processo, apesar de ser indicado pelo comando estadual da legenda, será de acordo com os interesses e entendimentos da presidente atual do diretório, vereadora licenciada Izabel Montenegro.

Perguntado se tinha interesse em assumir o comando local do PMDB, o vice-prefeito apresentou as condições: “se for o nome do partido, de consenso e sem divisão do PMDB.” O vice-prefeito de Mossoró sabe perfeitamente que o momento é propício para assumir novos espaços e a presidência de um partido que se apresenta fortalecido, em termos de Brasil e com reflexos fortes no Rio Grande do Norte, representa a garantia de poder político.

No caso de Mossoró, o PMDB elegeu três vereadores em 7 de outubro último, assim como emplacou a vice-Prefeitura. Igual número de eleitos pelo Partido Verde (PV) e se constituem nas legendas com maior poder no Legislativo. Daí a importância de se vislumbrar cenário positivo para os peemedebistas. Ainda mais agora, que o partido conta, além do vice-presidente Michel Temer, com as presidências do Senado e da Câmara Federal.

Voltando à questão da presidência, o vice-prefeito Wellington Filho lembrou que o PMDB de Mossoró se mantém com uma comissão provisória e que a transformação em diretório, bem como a respectiva eleição para a diretoria, será discutida entre Henrique Alves e Izabel Montenegro.

Wellington Filho disse ainda que o assunto não foi discutido com os vereadores e nem com os demais filiados. Comentou que seu nome está à disposição do partido e que, caso seja alçado à condição de comandante da legenda em Mossoró, evitaria a disputa entre os parlamentares, o que – se ocorresse – poderia prejudicar a união interna.

Fonte: Jornal de Fato

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cláudia buscará apoio de prefeitos do Oeste para despoluição de rio


Cinco escolas, oito Unidades Básicas de Saúde (UBSs), uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Praça da Juventude, além de investimento de 23,5% dos recursos próprios na saúde e 28% na educação (seguindo a Lei de Responsabilidade Educacional), bem como ações imediatas na mobilidade urbana, saúde e segurança. Foram estes os pontos destacados pela prefeita Cláudia Regina (DEM) ontem na Câmara Municipal, quando fez a tradicional leitura de mensagem do Executivo.

O ponto alto, contudo, não envolve diretamente a participação da Prefeitura mossoroense: a despoluição do Rio Mossoró. Cláudia focalizou a ascensão da segunda maior cidade potiguar ao comando da Associação dos Municípios do Oeste do Rio Grande do Norte (AMORN) e afirmou que buscará os prefeitos oestanos para um trabalho conjunto, o qual contará com o reforço das ações do Governo Federal e do Governo do Estado.

A prefeita evidenciou que mobilizará os municípios abrangidos pela bacia hidrográfica Apodi/Mossoró para que assumam suas responsabilidades na recuperação e preservação do rio. Isso, logicamente, sendo uma ação da Prefeitura e com respaldo da Amorn. “Nossa cidade vai liderar toda uma região, na busca do fortalecimento coletivo e investimentos. Liderar é uma vocação natural que Mossoró tem e não deve abrir mão”, disse a prefeita.

Além da questão do Rio Mossoró, Cláudia Regina disse que os pontos listados por ela na mensagem fazem parte da Agenda Social e que as áreas elencadas são prioritárias. No caso específico da segurança, a prefeita comentou que é um problema nacional, mas que a Prefeitura de Mossoró não ficará inerte à situação. Disse que prorrogou, por mais um ano, concurso público ao preenchimento de 100 vagas na Guarda Civil Municipal.

Na saúde, além de novas UBSs e mais uma UPA e do investimento superior a 23% da receita própria, Cláudia Regina reafirmou o que defendeu nas ruas: um novo modelo de governar. “Esse contato direto com o povo não é apenas um perfil administrativo. É muito mais. É um jeito de ser. Uma característica não da prefeita, mas da cidadã Cláudia Regina. O gabinete da prefeita não será apenas o Palácio da Resistência. Será qualquer ponto na cidade que precise da nossa presença. Todo dia estou nas ruas da cidade, conversando com as pessoas, trocando experiência e discutindo soluções”, afirmou.

Ao final da mensagem, a prefeita fez menção a um ponto que marcou a campanha eleitoral: “essas mãos limpas que Mossoró escolheu e confiou serão as mesmas que governarão a cidade com zelo, dedicação, firmeza e coragem.” A mensagem de Cláudia Regina foi prestigiada por todos os seus auxiliares. Dos vereadores, a falta apenas de Lahyre Rosado Neto (PSB).

Fonte: Jornal de Fato

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cláudia quer fortalecer a Amorn

Novas filiações de prefeitos à Associação dos Municípios do Oeste do Rio Grande do Norte (AMORN) estão em andamento. É que a ascensão de Mossoró no comando da instituição, com a eleição consensual da prefeita Cláudia Regina (DEM), abriu-se uma oportunidade positiva para as pequenas cidades da região. Entende-se que, pelo fato de ser município de abrangência regional, Mossoró poderá capitanear apoio dos governos, por meio da AMORN, para ações integradas.

Tanto que a prefeita Cláudia Regina seguiu viagem no final da manhã desta quinta-feira para Natal, onde cumprirá agenda pessoal e administrativa. No intervalo entre os interesses administrativos, ela receberá prefeitos da região na capital para tratar especificamente de novas adesões à Amorn.

A posse de Cláudia Regina no comando da entidade está agendada para o dia 1º de março, em local a ser definido, em Mossoró.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Alteração agrada e Estação das Artes lota

Pela participação popular na noite da sexta-feira, 8/2, na Estação das Artes Elizeu Ventania, quando do desfile das escolas de samba e blocos, a prefeita Cláudia Regina teve a certeza de que a alteração proposta na programação do carnaval mossoroense surtiu efeito. E essa certeza veio com a possibilidade de incremento no evento nos próximos anos.

O blog esteve na Estação das Artes e constatou a movimentação popular. Não que a Estação não fosse visitada em anos anteriores, mas a atração anunciada pela Prefeitura de Mossoró, Flávio Pisada Quente, foi o suficiente para mostrar que a folia mossoroense tem futuro.

Até à meia-noite e meia, hora em que o blogueiro permaneceu na Estação das Artes, a movimentação popular foi intensa. E mais gente estava chegando.

Acertadamente, a prefeita Cláudia Regina apostou no investimento e o efeito foi bem mais que positivo. A folia, por mais que tenha sido por apenas uma noite, evidenciou que é possível Mossoró ter um Carnaval movimentado. Ponto positivo para o secretário municipal da Cultura, Gustavo Rosado, que organizou o evento e, certamente, apresentará uma roupagem semelhante para o próximo ano. Bem mais ampla.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Juntos eles podem mais!

O cidadão cumpre todos os trâmites de um concurso público, é aprovado ou classificado, recebe a convocação, termo de posse e portaria. Fica entendido que passou a ser servidor público, já que a convocação dele seria o pressuposto da existência da vaga. Mas em Grossos, isso está totalmente errado. 36 concursados que seguiram toda essa via foram surpreendidos na noite da quarta-feira passada, 6/2, com a exoneração verbal, a qual foi feita pelo advogado Augusto Leonês, assessor jurídico do Executivo grossense.

Na oportunidade, ele informou da existência de um decreto assinado pelo prefeito José Maurício Filho (PMDB), no qual suspende as nomeações. Ainda também na quarta-feira à noite, em reunião que ocorreu na Câmara Municipal daquela cidade, o advogado afirmou que os exonerados poderiam ser convocados novamente pelo Executivo se o Legislativo aprovasse a criação de cargos ocupados "indevidamente" pelos concursados.

Deu para entender?

Se a resposta for negativa, foi o mesmo sentimento dos 36 concursados. Leonez alegou "aumento na folha de pagamento" provocado pelas nomeações sem a devida cobertura de vagas.

Ora, se o concursado foi convocado é porque se teve o pressuposto da existência de vaga. Agora se a Prefeitura de Grossos enfrenta problemas de ordem financeira devido a contratação considerável de cargos comissionados, é outra história. Sim, porque o "organograma funcional" da Prefeitura abriga secretários, adjuntos e adjacentes. Para uma cidade de pequeno porte, o Executivo se tornou um verdadeiro cabido de emprego.

Para complicar ainda mais a situação, o tal decreto assinado pelo prefeito e datado de 10 de janeiro pressupõe a tese de que o Executivo já sabia quem estaria na tal "situação irregular" e permitiu que uma verdadeira onda de terror se espalhasse na cidade. E mais: mesmo sabendo que alguns professores concursados ficariam "fora" do serviço público, não comunicou o fato previamente, fazendo com que alguns se deslocassem de outras cidades para participar da Semana Pedagógica, a qual ocorreu no período de 5 a 7 passado.

Os servidores - ou ex-servidores - receberam uma notificação datada de 6 de fevereiro último e relacionada à uma decisão que o prefeito já tinha desde o dia 10 de janeiro. O tal decreto estipula o não-pagamento dos servidores.

Aí vem a dúvida: como é que um prefeito toma a decisão de anular ato de convocação de concursados aos 10 primeiros dias de sua administração e não faz a devida comunicação á parte interessada no tempo hábil? Sim, porque muitos projetaram o salário de professor e ASG em seu orçamento familiar. O certo é que, transcorridos 31 dias do mês de janeiro, o salário não foi pago. Ficou retido. E somente vinte e seis dias depois de serem excluídos do serviço público receberam a informação verbal de que estariam exonerados.

Talvez o prefeito não tenha encontrado tempo suficiente para informar o servidor sobre a sua decisão, pois certamente estaria focado em encontrar meios para contratar familiares no serviço público. Pois além do chefe de Gabinete, João Dehon da Silva - que é irmão do chefe do Executivo, o prefeito ainda arranjou vaga para a parentada: Emanuela Dehon (lotada na Secretaria de Assistência Social - filha de João Dehon e sobrinha do prefeito), Suelda (vice-diretora da Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus, esposa de João Dehon e cunhada do prefeito). Sem falar no nepotismo envolvendo parentes de secretários. Além de primos, sobrinhos...

Enfim, algo bem familiar. Um governo realmente para todos. Pois juntos, certamente eles podem mais!



Prefeito de Tibau garante pagamento de servidores


Pela primeira vez desde que Tibau foi emancipado, os funcionários públicos municipais tiveram o pagamento em dia. O prefeito Josinaldo Marcos (Naldinho) garante que esse compromisso será prioridade da sua gestão. A valorização do servidor publico é um compromisso de campanha do prefeito.

“Vamos criar um calendário de pagamento para que o servidor fique sabendo o dia do seu pagamento” afirma o prefeito.

Na área da saúde, o prefeito tranquiliza a população. É que, depois de meses sem atendimento e sem médicos de plantão no único hospital da cidade, o prefeito prioriza a saúde municipal garantindo serviço de ambulância, plantão médico 24 horas e exames laboratoriais.

Segundo o secretário de Saúde, Richardson, a área já apresenta avanços. “A saúde em Tibau melhorou consideravelmente o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população”,  afirmou o secretario.

O prefeito está trabalhando para que a população de Tibau tenha todos os serviços básicos garantidos. Para isso, planeja visitas aos deputados e senadores do Estado a fim de conseguir apoio e recursos para o município.

Fonte: Assessoria de Imprensa






quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cláudia Regina participa da abertura dos trabalhos na Câmara


O blog se enganou ao afirmar que a presença da prefeita Cláudia Regina (DEM) na Câmara Municipal de Mossoró se daria nesta sexta-feira. "Menas" a verdade, como se diz por aí. Na verdade, a prefeita fará a leitura de mensagem anual no dia 15/2 - próxima sexta-feira, a partir das 9h.

Na oportunidade, a prefeita fará a leitura de sua mensagem à Casa, e na qual externará as prioridades do primeiro ano de governo.

Pelo que vem sendo apregoado por Cláudia, a saúde e a educação deverão ser temas constantes da mensagem, até porque ela vem citando sistematicamente as duas áreas em todas as entrevistas que tem concedido.

Aos leitores e à prefeita, nossas sinceras desculpas pela falta de compatibilidade de "tico" e "teco". Os neurônios do blog, ao que se evidencia, não estavam em sintonia.

UNICEF reconhece dedicação e compromisso de Francisco Carlos


O vereador  Francisco Carlos (PV), que foi eleito com a maior votação da história de Mossoró, recebeu certificado do Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência (UNICEF), em reconhecimento por  sua contribuição para que a cidade conquistasse o Selo UNICEF Município Aprovado por três vezes consecutivas.

UNICEF é a instituição com atuação voltada para a criança e adolescente de maior reconhecimento em todo o mundo. No Brasil, a instituição comanda a metodologia que outorga esse selo de qualidade, que tem recebido muitos elogios, devido a seus retornos práticos.

O órgão das nações unidas reconhece a dedicação e compromisso do professor Francisco Carlos, “Por avanços concretos na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes no município de Mossoró”, segundo Gary Stahl, representante do UNICEF no Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Prefeito retém salário de servidores em Grossos

O Ministério Público deve ficar atento para o que está acontecendo no município de Grossos: o prefeito José Maurício Filho (PMDB) está retendo salário de servidores públicos, incorrendo assim na violação do direito líquido e certo, conforme preceitua a Constituição Brasileira. Alguns servidores concursados que foram aprovados, convocados e empossados ficaram sem receber seus salários e a alegação é de que existiriam "distorções". Dentre elas a de que pessoal de "cadastro de reserva" estava em funções do serviço público.

A afirmação relacionada à retenção salarial foi confirmada pelo chefe de Gabinete da Prefeitura de Grossos, João Dehon da Silva (PMDB) - que é irmão do prefeito. Segundo ele, o salário de alguns servidores está "provisionado" até a resolução do "problema", que está em análise pela assessoria jurídica da Prefeitura.

Ocorre que o Executivo não pode simplesmente reter salário. Isso é crime previsto pela Constituição. E o fato é que o clima de "insegurança jurídica" causada pelo prefeito está deixando muitas famílias em alvoroço emocional, podendo provocar reações imagináveis e inimagináveis aos que estão sofrendo com a perseguição. Sim, porque quando o salário do servidor é retido, fica clara a perseguição.

Ao reter o salário e aludir o fato à tese de que servidores seriam de reserva de vaga, isso é totalmente improcedente. O cidadão se submeteu às regras do edital e foi aprovado. Ficou em reserva de vaga. Mas ao ser convocado, nomeado e estar documentado com o termo de posse e a portaria, este concursado passa a ser, necessária e obrigatoriamente, servidor público.

Informações desencontradas dão conta de que o prefeito estaria ameaçando demissão de servidores que foram aprovados em concurso público. Alguns que não receberam o salário teriam sido informados que estariam fora, exonerados.

Ao não cumprir sua obrigação com o servidor público, o prefeito pode estar infringindo uma série de normas jurídicas, as quais resultariam em improbidade administrativa e prevaricação. Ambas são bastante para que a Câmara Municipal ou o Ministério Público peça a cassação do mandato do prefeito. Punição essa prevista pela Constituição.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mensagem anual mostrará norte da gestão Cláudia Regina

O primeiro mês de administração da prefeita Cláudia Regima (DEM), em Mossoró (completo nesta sexta-feira), evidenciou que ela não seguirá os padrões de gestões anteriores. Ela já esteve nas ruas, determinou ações enérgicas, mas falta a definição das prioridades. E esta virá no próximo dia 15, quando ela fará a tradicional leitura da mensagem anual na Câmara Municipal, abrindo os trabalhos legislativos. A partir dessa leitura é que Cláudia mostrará como, de fato, agirá em áreas específicas como saúde e educação.

E também será a partir da leitura de mensagem anual que a prefeita terá como mexer no Orçamento Geral do Município (OGM), que prevê uso em torno de R$ 550 milhões ao longo do ano. Até aqui a prefeita não teve como anunciar grandes ações. Até por conta do entrave burocrático relacionado ao orçamento.

Outra leitura que virá no dia 15 será a sistematização política do governo Cláudia Regina, do relacionamento que terá com a Câmara Municipal. Ela terá, obrigatoriamente, que apontar um líder para comandar a bancada. Caberá a este vereador o papel de defender o governo no Legislativo, bem como liderar os demais parlamentares da base em favor de projetos e matérias de interesse do Executivo. Isso não quer dizer que seja algo relacionado à subserviência. É praxe e todo Legislativo tem um líder de governo.

Tomadas essas decisões, a prefeita Cláudia Regina poderá, efetivamente, mostrar trabalho. E isto ela tem muito a fazer. A começar pela questão da mobilidade urbana, área na qual ela já evidenciou interesse ao cobrar das empresas que atuam no transporte público maior atenção aos usuários do serviço. Agora falta o Executivo fazer a sua parte: estruturar a cidade. E a prefeita tem, como se diz, "corrido atrás do prejuízo" para resolver a questão.

Agora é aguardar o dia 15 chegar para sabermos quais os nortes que a prefeita seguirá a partir da sua mensagem na Câmara Municipal.

domingo, 27 de janeiro de 2013

'UERN tem uma estrutura arcaica, burocrática e centralizada'

O professor-doutor Gilton Sampaio, diretor do Campus de Pau dos Ferros da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e candidato à Reitoria da instituição, conversou com o blog sobre temas variados. A entrevista segue abaixo:



Estamos há pouco menos de dois meses das eleições à Reitoria da UERN. O fato de ser diretor do Campus de Pau dos Ferros, distante da realidade do Campus Central, seria um problema?
Pelo contrário, o fato de ser Diretor de um Campus Avançado, o maior da UERN, e estar permanentemente enfrentando e buscando solucionar problemas que envolvem o dia a dia dos alunos, dos técnicos administrativos e dos docentes, nos permite conhecer mais de perto as questões acadêmicas que envolvem departamentos e salas de aula e ainda as questões administrativas com as quais precisamos lidar diariamente. É exatamente o fato de ser Diretor de uma unidade acadêmica da UERN o que me torna mais próximo, e em permanente diálogo, com todas as demais unidades acadêmicas da UERN, em todos os Campi e faculdades, com suas direções e segmentos acadêmicos, em reuniões frequentes, discutindo os problemas da universidade. Além da experiência como Diretor (já em segunda gestão) também temos experiência como Chefe de Departamento, Coordenador de Cursos de Especialização e como Coordenador do Mestrado Acadêmico em Letras. Conhecemos bem a estrutura administrativa de nossa instituição, pois da UERN fui aluno de graduação e de pós, sou professor e também gestor. Também não vejo a realidade do Campus de Pau dos Ferros, em termos financeiros e das dificuldades enfrentadas, diferente da realidade do Campus Central; os problemas que a UERN vivencia hoje se estendem a todas as Unidades, a todos os Campi Avançados e ao Campus Central, são problemas financeiros, da superburocratização das ações e da centralização das decisões administrativas e financeiras, de falta de recursos para desenvolvimento de pesquisa e extensão, de falta de condições dignas para apoio aos alunos (como Restaurante, Residências, Recursos para eventos do movimento estudantil, aulas práticas e de campo etc), e esses problemas atingem a todos. E esses problemas podem ser vistos no Campus Central, em Mossoró, com parte da infraestrutura sucateada e várias construções paralisadas. A diferença que existe entre o Campus de Pau dos Ferros e o Campus Central, por exemplo, é de gestão. Em Pau dos Ferros, o aluno entra no Campus, vê que é uma estrutura simples, antiga (iniciada na década de 1970), mas ele tem a certeza de que é um local bem cuidado, zelado; que a estrutura física e administrativa está a serviço da academia e do bem-estar do ser humano. Nesse caso, até penso que o Campus de Pau dos Ferros pode ser uma referência, um modelo de gestão que dá certo, para apresentar a toda UERN. Embora saibamos das dificuldades que enfrentamos lá, a gente observa que as pessoas que vem de outros campi da UERN sentem certa surpresa, encantam-se com o nosso Campus, a efervescência acadêmica que ali ocorre. Alunos, professores e técnicos administrativos, em conjunto, doam-se à UERN. Enfim, ressalto que, na campanha eleitoral, também vamos debater o perfil e propostas de uma universidade funcional, democrática, descentralizada, aberta ao diálogo entre os segmentos acadêmicos, e também à sociedade; uma UERN que tenha gestores que respeitem e cuidem do patrimônio material e imaterial da instituição.

O que o levou a entrar na disputa pela Reitoria?
Não é a primeira vez que colocamos nosso nome à disposição da comunidade acadêmica. Na última eleição para Reitor (2009), um grande grupo formado por professores, alunos e técnicos de todos os Campi lançou o nosso nome com uma proposta inovadora para a universidade democrática, descentralizada e que apresente identidade e compromisso efetivo para com o crescimento da UERN, que não pense a UERN como apêndice de outras instituições. Não obtivemos sucesso naquela época, mas voltamos a discutir o projeto recentemente, em coletivo, com um grupo de professores de toda a UERN, em vários momentos e locais. Depois de dezenas de encontros, envolvendo centenas de pessoas, em grandes e pequenas reuniões com grupos de docentes, discentes e técnicos administrativos, assim como em reuniões mais fechadas com os docentes que seriam possíveis candidatos, as pessoas envolvidas na discussão chegaram à conclusão de que o nosso nome reunia as características mais adequadas para dirigir a UERN, pelas propostas que defendíamos, por nossa história de aluno, professor e gestor dentro da UERN, pela experiência de lutas junto ao nosso sindicato, ADUERN, e em lutas das demais entidades representativas, como DCE e SINTAUERN. Na verdade, a nossa entrada na política acadêmica teve início muito cedo, quando eu ainda era aluno da graduação da UERN, no Campus de Pau dos Ferros. Sempre ressalto que meu nome surgiu do movimento estudantil, e, posteriormente, consolidou-se nas lutas da ADUERN, na gestão acadêmica e, sobretudo, na gestão universitária do maior Campus Avançado da UERN. A nossa história de gestão e de liderança universitária se fez também quando fomos chefe do Departamento de Letras, período em que implantamos dois novos cursos de especialização, a habilitação em Espanhol e também foi o momento em que coordenamos a Comissão do Mestrado Acadêmico em Letras da UERN, sendo deste o seu primeiro coordenador. Trabalhamos na implantação dos novos cursos de graduação naquele Campus; primeiro, com uma pesquisa sobre a necessidade e os impactos de novos cursos de graduação para Pau dos Ferros e região; depois, coordenando o Fórum Permanente de Discussão para Implantação de Novos Cursos de graduação no CAMEAM. Na atual disputa, o nosso nome surge como o candidato a Reitor de maior experiência em gestão e como parte dos segmentos da UERN. Sou o único, como disse, que foi aluno de graduação (Pau dos Ferros) e de pós (Mossoró) da UERN; o único que já foi gestor em todos os níveis acadêmicos, sempre eleitos pelos pares, na Chefia de Departamento, na Coordenação de Especializações, na Coordenação de Mestrado e na Direção de um Campus Avançado.  Sou também o único, entre os três candidatos, em que toda nossa experiência de gestão foi em cargos eleitos democraticamente pelos pares. Nossa experiência de gestor não emana do desejo ou do poder da caneta de um gestor maior ou do poder de minha família na sociedade. Ela emana das bases da UERN. Já temos quase 25 anos dentro de nossa universidade. E o nosso nome surgiu nas bases, como desejo de alunos, professores e técnicos administrativos.

A UERN terá orçamento de R$ 217 milhões em 2013 e o seu maior desafio é o custeio. Como fazer para aliar política de desenvolvimento institucional (com novos cursos e necessidade de pessoal) com a demanda para a sua manutenção?
A primeira coisa que posso falar sobre orçamento é que necessitamos urgentemente de autonomia financeira articulada à democratização das decisões internas na UERN, com descentralização administrativa, financeira e acadêmica. A autonomia financeira é decisiva para o futuro da nossa universidade, pois nos dá um mínimo de segurança sobre o que teremos efetivamente de recursos a serem investidos na UERN. Essa articulação entre autonomia financeira, orçamento garantido, democracia interna e descentralização, além de autonomia política, será a base para se pensarem com seriedade questões de muita importância como desenvolvimento institucional, o crescimento na graduação, na pós-graduação e as melhorias salariais e de condições de trabalho e de estudo de seus servidores e alunos. E isso será feito em permanente escuta das demandas advindas da ADUERN, do SINTAUERN e do DCE, dialogando com cada segmento, sempre. Tudo isso representará um salto qualitativo, um novo modelo de universidade, mais democrático, uma ruptura com esse continuísmo que se apresenta hoje na UERN. Esse novo modelo de universidade permitirá que ela seja mais funcional, mais acadêmica, mais democrática, mais justa com a grande maioria, menos centralizada e com condições dignas de trabalho e estudo para os segmentos acadêmicos.

O que fazer para incrementar cursos e, ao mesmo tempo, fazer com que a Universidade esteja mais presente na sociedade?
A UERN hoje está presente em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Em termos de alunos matriculados na graduação, ela atende também aos vizinhos estados da Paraíba e do Ceará. Mas acho que ela poderia ser mais presente também em termos de formulação de políticas públicas, por exemplo. E essa questão tem ligação com a falta de autonomia das unidades. Vejo outras instituições, que funcionam de forma independente, desenvolverem ações que não temos como fazer aqui. A UERN já atingiu a marca dos 200 doutores, mas, mesmo assim, ainda é muito tímida em nível de Pesquisa e Pós-Graduação. Não há recursos no orçamento da UERN para pesquisa assim como os Programas de Pós-Graduação vivem na dependência dos recursos federais. Não há uma política arrojada de financiamento de pesquisa em nossa universidade. E o pior, os nossos pesquisadores, quando captam recursos externos, federais, sempre enfrentam dificuldades para efetivarem suas pesquisas, por exemplo, porque não há uma política de apoio nem uma valorização efetiva da pesquisa e da pós-graduação stricto sensu. Pelo contrário, há uma superburocratização que muitas vezes retira dos pesquisadores o desejo de captar recursos. Além disso, há barreiras na UERN, sobretudo na área de Pós-Graduação lato sensu, das Especializações, que impedem muitas vezes os nossos departamentos de oferecem especializações públicas e gratuitas. Os departamentos que não dispõem de doutores para pensar em Mestrado, por exemplo, ficam quase impossibilitados de oferecem uma Especialização, pois não há nenhum apoio para essa ação. A não ser que seja paga. E como ficam os alunos que desejam fazer uma especialização e não podem pagar por ela?  Sem fortalecimento da pesquisa, da pós-graduação e da extensão, a inserção na sociedade fica cada vez mais difícil. E é isso que está ocorrendo. Acrescente a isso outras questões, como: qual é a nossa política eletiva e debate de questões centrais para educação básica, conduzidas pela UERN? Qual é a nossa política para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte? Nós temos profissionais em diversas áreas que podem ser aproveitados e junto a outros, de outras instituições, pensarem, articularem e implementarem projetos diferentes para uma sociedade diferente, mais democrática, mais ética. É preciso atuar de forma mais concreta na construção de uma sociedade melhor para todos nós cidadãos. A UERN não é a-sociedade; ela não é anti-social. Pelo contrário. Ela é um espaço privilegiado de relações sociais, de projetos coletivos, de produção e de disseminação do conhecimento. E vamos dar maior visibilidade a essas questões também, que muito beneficiará a sociedade.

Como o senhor avalia a política extensionista atual?
A UERN é uma instituição extremamente burocrática, que até aqui não conseguiu construir a bandeira de academia. Essa postura interfere diretamente nas chamadas atividades fins, no tripé ensino-pesquisa-extensão. Com ações isoladas e sem recursos garantidos, os professores vão produzindo o que podem, com muito esforço e quase nenhum incentivo, são ações pontuais, importantes, mas sem o devido reconhecimento institucional. Algumas ações até tem conseguido atingir um público amplo e realizado seus objetivos, entretanto, são ações que precisam ser integradas em um projeto maior de universidade. Vamos mudar isso. Queremos que o eixo ensino-pesquisa-extensão possa ser concebido pelas políticas públicas. É preciso uma Extensão forte e competitiva e que esteja antenada com outros setores para captação de recursos. Para isso necessário se faz o envolvimento de todos os Campi da UERN. Hoje, por exemplo, muitos estudantes e professores dos Campi e Núcleos da UERN não participam equitativamente de atividades de extensão e de pesquisa e isso é um débito da instituição para com a comunidade acadêmica. Será nossa luta por recursos internos, externos e com regularidade para extensão. É preciso garantir orçamento, carga-horária docente e técnica, programas e ações, em plena articulação entre os departamentos acadêmicos, unidades e a sociedade. Não podemos continuar com a atual política do acaso, sem valorizar a extensão, ela é uma das atividades centrais de uma universidade e não pode ser a prima pobre, pouco falada e pouco valorizada, como é atualmente na UERN.

Os cursos de Mestrado e Doutorado são suficientes para atender a demanda e às exigências do MEC?
Como posto no Plano de Desenvolvimento Institucional da UERN (PDI), em  seu contexto institucional se apresenta como desafio o fato de que, para manter o status de universidade, a UERN requer a institucionalização da pesquisa e a criação de cursos de pós-graduação stricto sensu, como forma de verticalização do conhecimento. Embora concordemos com o exposto no plano, acreditamos que não basta a UERN implantar cursos de pós-graduação para atender as demandas do MEC e da CAPES. Necessário se faz que a instituição favoreça condições de funcionamento desses cursos com a devida qualidade. Condições essas que passam, por exemplo, por dispor uma biblioteca com acervo, com quantidade e qualidade na área, como também laboratórios, bibliotecários, vistos hoje como aspectos prioritários para atender à demanda do MEC, sobretudo no quesito melhoria dos cursos e continuidade destes bem conceituados. Portanto, será nosso propósito de gestão investir na pesquisa desde a graduação como atividade que produz conhecimento, como parte formativa do aluno, em qualquer nível, e que fomenta a pós-graduação, bem como investir na qualidade do ensino de graduação (que tem sido pouco falado em nossa instituição, às vezes até negligenciado, não dando as condições necessárias para que os alunos possam permanecer na UERN o dia inteiro, por exemplo), visto que a UERN obteve conceito 3 na avaliação do INEP, numa escala que vai de 1 a 5, sendo aprovada e considerada suficiente, porém como uma instituição mediana. Como consequência desse resultado mediano, a UERN assumiu o patamar de única IES pública do RN com esse conceito, já que as demais instituições públicas (UFRN, UFERSA e IFRN) obtiverem conceito 4, sendo consideradas muito boas. Com isso, concluímos que a criação de Mestrado e Doutorado não se constitui por si só suficiente no atendimento das exigências do MEC, pois há muitos desafios para futura gestão. E não podemos pensar em uma pós-graduação de qualidade sem uma graduação de qualidade. Toda ação de uma universidade só se sustenta se tivermos uma graduação de qualidade. E aqui é onde a UERN tem menos investido. Pela experiência que temos também com a graduação, em departamentos e direção de Campus, sabemos o quanto não podemos fazer discursos exclusivos para Mestrados e Doutorados como se, isolados, estes transformassem a nossa universidade. É preciso conhecer a graduação, conhecer as dificuldades dos alunos, de transportes, de alimentação, de atividades de campo, seus problemas e potencialidades, para poder transformar a UERN numa universidade do tamanho de nossos sonhos. Sem graduação forte, não existirá jamais uma UERN forte.

Qual será o principal desafio da próxima gestão?
Os desafios são muitos, mas, como dissemos, a UERN tem uma estrutura arcaica, burocrática e centralizada. E o maior desafio é superar esse problema sério, evitar o continuísmo desse modelo de gestão que impede o crescimento real de nossa universidade. Desburocratizar os setores administrativos e descentralizar poderes e recursos serão os pontos-chave da nossa gestão. Não podemos nos contentar com uma Universidade em que fortes são somente os poderes das canetas centralizadas em gabinetes de pró-reitorias, traçando isoladamente os destinos de milhares de vidas, de quase todas as ações acadêmicas e administrativas de nossa universidade. A última avaliação do MEC, na qual a UERN obteve conceito 3, como dito anteriormente, expressa, dentre outras questões, que há a necessidade e a urgência de maiores investimentos financeiros na qualidade do ensino que oferecemos hoje à sociedade, nos recursos humanos, nos nossos profissionais e nos estudantes. E o problema não é somente ter muitos doutores, como muitas vezes sugerem os gestores. Na FANAT, a “faculdade dos doutores”, como é chamada, o Curso de Física obteve Conceito 2 no MEC. Foi reprovado. E é um dos cursos que tem mais doutores, proporcionalmente, na UERN. Mas onde está o problema? A Administração Superior preferiu não discutir abertamente a questão, com a comunidade acadêmica. Silenciamento total. Mas quem são os alunos de Física? Como eles viajam até o Campus Central, em Mossoró? Como se alimentam na instituição? Há locais para eles permanecerem no Campus a semana toda e frequentarem os laboratórios modernos dos pesquisados, geralmente construídos com recursos captados externamente? Como são financiadas as viagens dos alunos para os eventos científicos no Brasil e fora dele? Citei Física, porque este curso serve de exemplo para todos nós. E se tornou emblemático por revelar um grande mal que assola a nossa instituição, que é a falta de apoio aos alunos da graduação. Precisamos, em caráter de urgência, dar condições dignas para que os alunos estudem, para que os professores ensinem e para que os técnicos administrativos trabalhem.  É tão importante termos doutores e pós-doutores em Física como termos as Residências Universitárias, Restaurante, Transportes coletivos, recursos para alunos, docentes e técnicos participem de eventos de interesse de seu curso, de sua formação, de seu trabalho. Essa avaliação do MEC expressa também a necessidade e a urgência de se pensar administrativamente uma UERN diferente, que valorize e garanta as condições objetivas de ensino e aprendizagem, com espaços apropriados; uma UERN mais acadêmica, democrática, descentralizada e funcional, em que os poderes estejam de fato nas unidades acadêmicas e departamentais; uma UERN em que a burocracia interna funcione e esteja sempre a serviço do crescimento da própria universidade e do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Como podemos pensar numa universidade de qualidade se a maioria de seus alunos não tem direito a aulas práticas, a aulas de campo, à participação em eventos acadêmico-científicos, à participação no movimento estudantil etc, pois não há ônibus (um único, para toda UERN, em condições precárias), não há micro-ônibus, para conduzirem os mesmos, não há recursos para financiar as viagens dos alunos? Se grande parte da infraestrutura está sem manutenção, deteriorada, até com parte dela interditada, sem condições de funcionamento? Se alunos com deficiência física, por exemplo, não podem ter acesso a Laboratórios, salas de aula do curso etc, por não ter acessibilidade ou faltarem equipamentos adequados? Como podemos pensar numa universidade de qualidade em que seus docentes não dispõem de recursos para financiar suas pesquisas nem tampouco para apresentar os resultados destas em eventos acadêmico-científicos ou em associações ou sociedades da área? Podemos mesmo pensar em uma universidade de alta qualidade se a única forma de termos financiamento para pesquisas é captando recursos externos? Se as bolsas existentes para os alunos são poucas e com distribuição muito questionada por docentes de diferentes unidades acadêmicas, por serem centralizadas? Se os professores, para participarem de eventos acadêmicos, em sua grande maioria, não tem nenhuma garantia de apoio institucional? A luta e a responsabilidade por uma universidade de excelência é a luta de Gilton Sampaio e Lucio Ney, e é a luta dos segmentos que nos apoiam.

É possível transferir a Reitoria para o Campus Central?
É possível, sim, mas não vejo essa questão como prioridade agora. Todos os recursos da UERN devem e serão investidos para a melhoria da qualidade do ensino, nas unidades acadêmicas, em todos os campi. De imediato, as prioridades na área de infraestrutura são para as salas de aula, para os laboratórios etc. No Campus Central, temos o bloco da FANAT e o da FALA para concluir, por exemplo, e temos ainda os Campi de Caicó e de Natal com obras paradas, além da necessidade de manutenção e de novas construções necessárias ao funcionamento dos Campi de Assu, Patu e Pau dos Ferros.

No campo da pesquisa, como o senhor  - caso seja eleita reitor - faria para direcionar o saber acadêmico em benefício da economia regional, já que temos o sal, ferro e petróleo como principais eixos econômicos?
A UERN é a Instituição de Ensino Superior que tem maior atuação no Estado do Rio Grande do Norte, sobretudo no interior, em virtude da sua localização geográfica. Porém, a falta de articulação e mobilização políticas internas e a ausência de um planejamento financeiro e administrativo descentralizado impedem uma participação e uma contribuição maior dos pesquisadores em questões mais concretas, de intervenção direta na sociedade, seja em questões econômicas, seja em outras questões. Em termos da pesquisa propriamente dita, falta investimento, faltam recursos para que os pesquisadores possam avançar em suas pesquisas acadêmicas a ponto de as mesmas poderem dar efetivas contribuições ao setor produtivo e à formação humanística de nossos cidadãos. Os alunos envolvidos em pesquisa representam um número ínfimo. Universidade de qualidade só existe se houver investimentos nos recursos humanos e no financiamento efetivo (pelo próprio orçamento) de suas atividades-fins (no ensino, na pesquisa e na extensão) e quando houver descentralização financeira, acadêmica e de gestão. É isso que iremos fazer.

A política dos Núcleos Avançados de Educação Superior deve ser mantida?
Sempre fui favorável à expansão do ensino superior, à sua interiorização, principalmente. O acesso a jovens do interior, em sua maioria, carentes, que provavelmente não teriam como ingressar em curso superior que não fosse através da existência de um Núcleo ou Campus Avançado no seu município ou em cidade próxima já faz com que eu seja favorável à existência dos Núcleos. Entretanto, muita coisa precisa ser revista; oferecer no núcleo apenas as atividades de ensino, por exemplo, reduz a qualidade da formação daqueles alunos. É preciso reestruturar a política dos núcleos, encontrar uma forma que possibilite ao aluno do núcleo ter acesso às atividades de pesquisa e extensão, à participação nos eventos, enfim a todos os mecanismos necessários a uma formação de qualidade. Claro, essa reestruturação também precisa otimizar os recursos financeiros, uma maior participação dos parceiros, de forma a não onerar mais ainda a instituição, sem acréscimo de recursos financeiros. É preciso buscar/otimizar as parcerias com as prefeituras, com o Estado do RN e com o Governo Federal; os municípios precisam garantir as contrapartidas e entrar, junto com a Reitoria, Unidades Acadêmicas e Departamentos, na articulação de outros parceiros públicos, no estado e em Brasília. Junto, alunos, técnicos administrativos, docentes e sociedade, faremos uma nova UERN, com um Modelo Democrático e Descentralizado de Gestão Universitária; uma UERN do tamanho de nossos sonhos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

'Quer vir, venha' sairá no sábado de carnaval

E, diante do quadro de calamidade pública devido à estiagem que se abateu sobre o Rio Grande do Norte, Prefeituras estão impossibilitadas de investirem à realização do Carnaval. Em Grossos, por exemplo, a folia será comandada pelos blocos. Um deles, o "Quer vir, venha", tem o diferencial: é à fantasia.

O folião que quiser, basta acompanhar o bloco, que sairá da Prainha, animado pela orquestra de frevo e ao som de paredões. Será no sábado de Carnaval, a partir das 18h.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Parceria é a palavra de ordem para prefeitos

A palavra de ordem para os novos prefeitos é parceria. O convite da presidente Dilma Rousseff (PT) endereçado aos prefeitos brasileiros evidencia bem essa afirmação. Até porque qualquer crise que possa afetar o Governo Federal começa, necessariamente, nos municípios. Tal qual uma bola de neve.

Diante dessa realidade, a junção de esforços parece ser o caminho mais correto para os gestores.

No caso específico do Rio Grande do Norte, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) sabe perfeitamente que precisa firmar parcerias com as Prefeituras Municipais. Com mais afinco em relação aos municípios de pequeno porte. No Oeste, por exemplo, o blog cita Tibau e Grossos. São cidades praianas, com potencial turístico considerável, mas que sozinhas não têm condições de desenvolverem grandes ações.

Rosalba já disse que não fará distinção política. No caso de Tibau, o prefeito Naldinho, que é do PSD - do vice-governador Robinson Faria - deve correr atrás. Não tem que esperar o apoio aparecer. Já em Grossos, onde o prefeito José Maurício Filho é do PMDB - aliado, portanto, da governadora - a situação, em tese, se mostra mais confortável. Mas o peemedebista também deve procurar o suporte do Governo para concretizar grandes ações.

É sabido que as Prefeituras Municipais, por mais boas intenções que tenham seus prefeitos, não têm como arcar com tudo sozinhas. As obrigações são enormes e a Justiça está cada vez mais atenta às imperfeições administrativas que possam surgir. Tem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e os servidores estão, também, cada vez mais conscientes de seus direitos. Tanto que sindicatos estão sendo organizados em Grossos e Tibau, bem como em diversas cidades do Oeste.

Os prefeitos devem aproveitar a boa fase que virá para o Governo do Estado com o projeto RN Sustentável, para o qual a governadora Rosalba Ciarlini anuncia investimento na ordem de R$ 1 bilhão. Portanto, prefeitos, é hora de correr atrás do governo, apresentar projetos e garantir desenvolvimento aos seus municípios. Ganham pontos e pavimentam caminho para posterior reeleição. É só querer.

Bolsistas da UERN estão sem receber pagamento

Quando o blog comentou, em postagem abaixo, que os problemas estavam dentro da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e que estes precisariam ser resolvidos antes de se apontar fatores externos, o fez com propriedade. A dessintonia estrutural é um desses problemas que acarreta mais uma leva de questões negativas.

Um exemplo dessa ramificação diz respeito ao atraso no pagamento de bolsas no valor de R$ 200,00 a 47 estudantes universitários que se envolveram em projetos da UERN. De acordo com o processo 7977/2012, a Universidade está há exatos 63 dias de atraso ao pagamento dos bolsistas.

A questão é que alguns deles já se graduaram e ficaram sem receber pagamento. Trabalharam, se empenharam nas funções para as quais se propuseram a desenvolver, mas a Instituição não cumpriu a sua parte.

Do processo em questão, já foi feito um reprotocolamento de um processo anterior, que é o 7576/2010, datado de 11 de novembro de 2010. Entende-se que falta se elencar a prioridade. 

Nesse caso específico, como ficará a situação dos alunos que já se graduaram? Receberão os valores devidos? Quando e como?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cláudia cumpre agenda em Brasília

A prefeita Cláudia Regina (DEM) terá agenda cheia em Brasília na próxima semana, quando participará de reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff (PT) com todos os prefeitos brasileiros. A prefeita democrata viaja no domingo e na segunda-feira terá encontro com o ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB).

O blog foi informado que a agenda de Cláudia na capital Federal está sendo montada em Brasília mesmo. Ela deve ir aos ministérios em busca de parceria, bem como acompanhar projetos que estão em andamento.

Francisco Carlos oficializará apoio a Pedro Fernandes

O blog recebeu a informação, agora a pouco, que o vereador e professor universitário Francisco Carlos (PV) irá anunciar hoje o seu apoio ao professor Pedro Fernandes, candidato à Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. O ato ocorrerá às 15h30, no comitê de campanha de Pedro, localizado em frente à Panificadora 2001.

Falta d'água, calor e sofrimento

Ai de nós, mortais, se não chover! A temperatura está mais do que quente. Queima até os neurônios. A última reunião dos meteorologistas, em outubro passado em Campina Grande/PB, as informações passadas não foram nada alvissareiras. Agora, em Fortaleza, mais um encontro está acontecendo e se terá, até o final da semana, mais uma análise.

Caso não sejam boas as previsões, estamos lascados. Até parece que determinada candidata à Prefeitura de Mossoró estava prevendo o pior quando propôs instalação de centrais de ar nas paradas de ônibus da cidade.

O tempo fica nublado, mas não cai uma gotinha de chuva. Para complicar a situação, bairros inteiros enfrentam problemas no abastecimento d'água, o que obriga o cidadão a racionalizar, ao máximo, o consumo do produto. Um sofrimento só.

'Tudo é Carnaval' vai resgatar tradições locais


Com o auditório da Estação das Artes Elizeu Ventania lotado e a animação de carnavalescos fantasiados e da Banda Municipal Artur Paraguai, a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, lançou na tarde  de ontem , 22, o Carnaval 2013. Com o tema “Tudo é carnaval”, a festa será um grande resgate da tradição carnavalesca da cidade e um momento de alegria e descontração para todos os mossoroenses.


Do dia 1 ao dia 12 de fevereiro, diversas atividades vão animar os foliões, com festas espalhadas pelos bairros da cidade. Os bailes Municipal e das Mariposas, abrem a programação do carnaval 2013, no dia 1. (confira programação).



A prefeita Cláudia Regina confirmou o empenh o da Prefeitura em realizar uma festa que agrade aos mossoroenses e às pessoas que vem de outras cidades. “Firmamos o compromisso de fazer esta festa tradicional, dentro das nossas condições, porque não podemos deixar o mossoroense orfão desta alegria, desta festa popular tão tradicional. Temos uma história com o Carnaval e precisamos fortalecer este aspecto cultural”, disse. Destacando a proposta de tornar o carnaval de Mossoró um evento tão grande quanto outros que já existem na cidade, Cláudia disse que o evento deste ano será um primeiro passo para que em 2014 uma festa maior seja realizada. “Vamos mostrar a alegria do povo mossoroense”, completou.



A Prefeitura vai investir R$ 400 mil, sendo R$ 150 mil destinados à ajuda de custo às agremiações. O pagamento já está programado para esta sexta-feira, dia 25, &agrav e;s 15h, na Secretaria da Fazenda.



Uma das novidades desse ano é a “Vitrine de Carnaval”, que acontecerá no dia 2 de Fevereiro, na Praça Rodolfo Fernandes. O evento pretende reunir todos os carnavalescos numa festa que vai apresentar à sociedade toda a programação e destacar a necessidade da preservação das tradições carnavalescas.



O secretário da Cultura, Gustavo Rosado, ressaltou o sucesso do evento e da parceria do poder público municipal com os carnavalescos. Ele falou de parcerias privadas que vão apoiar a festa através de patrocínios. “Contamos com todos para fazer dessa programação um grande evento. Recebemos este desafio e vamos, juntos, fazer uma grande Carnaval para todos os mossoroenses”, disse.



Participaram também do lançamento do Carnaval 2013, os vereadores Francisco Carlos, Alex do Frango, Celso Lanches, Alex Moacir e Ricardo de Dodoca, além dos secretários municipais da Comunicação, Julierme Torres, do Desenvolvimento Social, Patrícia Leite, o subsecretário do Trabalho, Turismo, Indústria e Comércio, Segundo Paula, e o Oficial de Relacionamento Institucional, Petras Vinicius.



CONCURSOS – As inscrições para os concursos do carnaval de Mossoró seguem até o dia 31 de janeiro. Os interessados devem se dirigir à Sala de Eventos da Secretaria da Cultura, localizada na Rua Pedro Alves Cabral, 01, Bairro Aeroporto.



Serão realizados os concursos de Rei e Rainha, Fantasia Luxo e Originalidade, Blocos de Frevo, Tribo de Índios, Maracatu e Escolas de Samba. Segundo consta no Edital, poderão se inscrever, além de representantes das agremiações carnavalescas, pessoa física não vincula da a grupos carnavalescos desde que preencha os critérios do concurso.



Confira o edital dos concursos de carnaval na edição do dia 11 de janeiro de 2013 no Jornal Oficial de Mossoró (JOM), disponível no site www.prefeiturademossoro.com.br



NÚMEROS – A festa do Carnaval de Mossoró conta com 35 agremiações, entre escolas de samba, blocos, índios, maracatus e troças. Entre bailes e prévias carnavalescas serão realizados 25 eventos.



PROGRAMAÇÃO -



Baile Municipal - Escolha do Rei e da Rainha e Concurso de Fantasias
01/02, às 20h 
Ginásio Poliesportivo Pedro Ciarlini



Baile da Saúde Mental
01/02, às 09h
Hospital São Camilo



Baile das Mariposas
01/02, às 0h
Clube Carcará



Resolva Sua Vida
02/02, às 16h
Rua Amaro Duarte (Nova Betania)



Baile de Máscaras
02/02, às 21h
Requinte Buffet



Ilha Folia
(02/02) às 20h
Rua General Pericles (Ilha de Santa Luzia)



Camarote Pablo Ryth
02/02, às 20h
Rua Benício Filho (Ilha Santa Luzia)



Vitrine de Carnaval
02/02
Das 10h às 16h
Praça Rodolfo Fernandes



Só no Sapatinho
02/02, às 16h
Rua Croack de Sá (Bom Jardim)



Mamãe Dolores
03/02, às 17h
Rua Dracon de Albuquerque (Abolição I)



É ou não é
03/02, &agr ave;s 15h
Rua Epitácio Pessoa (Bom Jardim)



Batendo o Centro
06/02, às 19h
Praça Cícero Dias
(Teatro Dix huit Rosado)



Petifolia
06/02, às 15h
Av. Alberto Maranhão (Barrocas)



Baile Reviver
07/02, às 20h
Oba Restaurante



Carnajucas
07/02, às 20h
Rua Silva Jardim (Doze Anos)



Concurso de Ursos
07/02, às 16h
Praça Rodolfo Fernandes



Carnaval da Melhor Idade
07/02, às 15h
AABB



Desfiles de Agremiações Carnavalescas
08/02, às 20h
Av. Nestor Saboya (Estação das Artes)



Filois Folia
08/02, às 18h
R. Pedro Rodrigues da Silva (Alto do Xerem)



Os que Fikaram
09/02, às 12h
Rua São Jerônimo (Sta. Delmira)



Carnacafona
de 09/02 a 12/02, às 17 h
Bar e Restaurante "O Extra"



Zé da Porteira
10/02, às 17h
Rua Afonso Pena (Bom Jardim)



Maria Espaia Brasa
12/02, às 17h
Rua Melo Franco (Santo Antônio)



Sapo da Lagoa
12/02, às 15h
R. Olavo Bilac, 393 (Ilha de Santa Luzia)



CarnaCocota
12/02, às 15h
R. Antônio Rodrigues do Monte, 01 (Redenção)



Carnabuco
13/02, às 19h
Praça Cicero Dias (Teatro Dix-Huit)


Fonte: Secretaria de Comunicação Social

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Analfabetismo político

A jornalista Dora Kramer, colunista de O Estadão, meteu os pés pelas mãos e evidenciou que estava fazendo uma autocrítica ao afirmar que alagoanos e potiguares não possuem "massa crítica" por elegerem Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, respectivamente. Ora, ora... A notinha da colunista é maldosa, infame e preceitua discriminação pura.

Tomando como base o jornal em que ela trabalha, que é sediado em São Paulo, Dora evidencia desconhecer a realidade do próprio Estado. A eleição de Paulo Maluff, por exemplo, à Câmara Federal, seria o quê mesmo? Dizer que seria pelo fato de São Paulo ser "território dominado e desprovido de massa crítica"?

O que falar da eleição do palhaço Tiririca, também por São Paulo, para ocupar vaga na Câmara Federal? Ausência de massa crítica?

Parece que Dora Kramer não conhece a realidade da política brasileira. E ainda: se o RN e Alagoas são estados desprovidos de massa crítica, o que dizer sobre quem elege Maluf, Celso Pitta, Tiririca e tantos outros?

Certamente, se pesar na balança, o analfabetismo político é bem maior. Ou não?