Em 2013, quando o então Diretor do IBAMA-RN,
Alvamar Costa de Queiroz, nome indicado por Fátima Bezerra (PT) desencadeou a
Operação Ouro Branco, cerca de R$ 46 milhões foram aplicados em multas junto à
indústria salineira do Rio Grande do Norte. Atualmente, esse valor acumulado é
superior a R$ 80 milhões, que correm na esfera administrativa.
Como reflexo da Operação Ouro Branco, em
2017, foi entregue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo Ministério
Público Federal (MPF) a representantes de 32 indústrias salineiras que atuam no
Estado, apontadas em um relatório conjunto do Ibama e Idema, prevendo, entre
outros pontos, a necessidade de recuo das áreas ocupadas pela atividade
salineira.
Levantamentos preliminares apontam que o
recuo reduzirá, em alguns casos, até 40% a produção das salinas, que serão
obrigadas a reduzirem, consequentemente, a sua força humana de trabalho,
demitindo trabalhadores que encontram nessa atividade a sua única fonte de
renda para manter o sustento e a dignidade da família.
Caso essa medida, patrocinada pelo Ibama de
Fátima Bezerra, se concretize, isso pode ser o fim da atividade salineira no
Rio Grande do Norte, um setor que emprega atualmente 80 mil postos de trabalho
(diretos e indiretos). Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2017 o
setor salineiro começou a aparecer em segundo colocado em volume de
exportações, perdendo apenas para o melão. Só com exportações, caso o setor
comece a perder força, o Estado deixará de arrecadar em torno de US$ 12
milhões, por semestre.
Em 2015, o então Diretor Alvamar Costa de
Queiroz, indicado por Fátima Bezerra, foi exonerado do cargo, mas o estrago
deixado pelo PT para o Rio Grande do Norte já foi grande o suficiente, com
reclamações em vários outros segmentos dos setores produtivos do Estado.