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São João de Assú

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Rosalba não disse nada de novo: o DEM está perto do fim

A entrevista da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) à revista IstoÉ não trouxe nenhuma novidade. Apenas se externou algo que se comentava em calçadas, em rodas políticas: o Democratas caminha para ser extinto no Rio Grande do Norte. Não que falem opções às eleições deste ano. A questão é que o presidente nacional e estadual da legenda, senador potiguar José Agripino Maia, não está "nem aí" ao fortalecimento do partido. O jogo, como se diz no popular, é de "arraia graúda". Especificamente envolvendo Agripino e o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), que quer ser eleito governador por WO. Sem concorrente.

A tese de que o DEM não terá candidatura própria ao Governo do Estado, que não tem em sua lista de prioridades a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, pelo fato de que a estratégia é priorizar a chapa proporcional, sinceramente, é conversa para boi dormir. Até porque o filho de Agripino, deputado federal Felipe Maia (DEM), não precisa do PMDB para renovar seu mandato. Pelo contrário: a aliança proporcional engessará a chapa: tem gente de mais para vaga de menos.

Mas o que danado ocorreu? Alguma coisa, certamente. O que Agripino deixa entender que foi por causa da própria governadora, que se enclausurou e não permitiu que a ex-base aliada fosse "conselheira". Que Rosalba não permitiu espaços. No popular, Agripino quis dize que Rosalba quis "rir sozinha". Quis governar sozinha.

O que está acontecendo com Rosalba, talvez, seja culpa dela mesma. Não se concebe que nenhum governo governe sozinho. Daí a existência de auxiliares. Uns criam "Conselhos Políticos". Outros apostam em assessorias especializadas. Mas Rosalba Ciarlini realmente se fechou. Talvez por receio de que escândalos, como se viu no Rio Grande do Norte em um passado recente, voltassem a fazer parte da rotina da administração estadual.

Agora ela paga um preço alto por seu auto-isolamento. É certo que não se pode afirmar que foi um isolamento proposital: Rosalba percebeu que seus aliados não eram tão aliados assim e, obviamente, fechou "torneiras". Em outras palavras, PMDB, PR e outros partidos geriram secretarias com poucos recursos. E verba era a tônica mais vislumbrada por todos. A vitamina que reenergizava forças...

Dizer que Henrique Alves está fazendo errado é um grande equívoco. Na verdade, ele está fazendo o que Rosalba Ciarlini deveria ter feito: atrair apoiadores ao seu governo e, posteriormente, ao seu projeto de reeleição. Uns dizem que o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da governadora, "desaprendeu" da arte da fazer política. Será?

É possível entender a Bíblia?

Edilson Damasceno

Ler a Bíblia. Algum livro, qualquer versículo. Pode até ser tarefa simples, mas a interpretação do que está escrito não é tão fácil. E essa dificuldade, de conseguir captar o que está posto, não é de hoje. O entendimento de parábolas e expressões elaboradas há mais de dois milênios ainda é o maior desafio do homem. Exemplo dessa afirmação está na frase “caminho estreito e espinhoso”, que levará ao Céu. Para a maioria, o sentido que a frase tem é a de uma vida dedicada aos ensinamentos que estão na própria Bíblia, os quais remeteriam a uma vida doutrinada pela religião centrada no Cristianismo. E é aqui que está a questão: a interferência que os dogmas religiosos tentam passar às pessoas e existe a diferença entre fé e religião.

Exemplo disso pode ser conferido no livro de Mateus, capítulo 12, versículos 30/31: “...e amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com todo o teu entendimento... amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Em outras palavras, a passagem bíblica remete à questão de que não basta apenas pensar no outro. Para que alguém ame outra pessoa, é necessário que se tenha amor próprio. Impossível, assim, vislumbrar alguém que possa amar sem saber o que significa o amor. Assim sendo, a parte “amarás o teu próximo como a ti mesmo” implica dizer que é preciso que a pessoa se conheça e se aceite. Somente assim terá como conhecer o outro e aceitá-lo.

A questão é que uns tentam interpretar a Bíblia sem a devida compreensão real do que o Livro Sagrado quer passar. Programas de televisão, em horários e emissoras distintos, evidenciam que a fé se tornou moeda. E os problemas do homem são abordados de maneira indiscriminada. Como se somente os que não seguem alguma religião fossem passíveis de sofrer alguma punição divina. É comum se observar, ao analisar o que é dito, que busca-se atrair fiéis por meio de frases de efeitos e lança-se parábolas bíblicas para se tentar provar ou atestar que o “caminho estreito e espinhoso” é o único que leva à salvação.

Contudo, não se vislumbra aqui nenhuma possibilidade de que seria possível viver sem fé. É algo inerente ao homem, e por mais que algum possa dizer que não acredita em Deus, de certa maneira, está acreditando. E ter fé é ter crença. E, assim sendo, é algo que não se pode dissociar. Mas existe diferença entre fé, religião e crença.

Mas como a religião (que segue o Cristianismo) poderia fazer diferente? Seria possível não buscar – nos problemas que todo mundo enfrenta – alguma solução metafísica ou algum caminho realista à origem destes e que não fosse algo que remetesse aos pecados? Sim, porque a leitura da realidade que se tem é a de que qualquer aperreio que você passe, tal fato seria uma espécie de provação; que seria o mal tentando prevalecer e que se você não buscar o “caminho da fé”, o destino será, fatalmente, o inferno.

O que se disse até aqui é algo que remete à questão de que não se teria como alguém viver sem o amparo da fé. Por mais que se tente ser indiferente ao aspecto religioso, é a religião que dá o sustentáculo ao emocional do homem. Independente da religião que se tenha, ou até mesmo da ausência de religião, a crença em um ser divino é inerente ao homem. Faz parte da essência da humanidade. Na Grécia Antiga, os deuses da mitologia eram essa “salvação”: Zeus, Hades, Apolo, Poseidon e outros. Com o passar do tempo, veio a leitura de mundo de maneira racional e os aspectos naturais passaram à explicação da origem de tudo: terra, fogo, vento e ar. Mais na frente, surgem teóricos que aludem a criação do mundo a uma força superior. A algo divino. E daí veio o termo Deus.

E é nesse ponto que se volta à Bíblia, que mostra aspectos de uma sociedade diferente da que se vive hoje, mas que direciona ao homem a viver com ética. A fazer o bem. A seguir pelo caminho dos justos. Mas a compreensão de tais palavras não é fácil. Para o pastor Cristóvam Reinaldo, da Igreja Batista, a leitura da Bíblia deve ser orientada para se evitar choques em quem muda de uma religião para outra. E frisou que é preciso compreender que o Livro foi escrito em contexto social, cultural e político diferente do que se vive hoje. Para tanto, disse ele, a congregação comandada por ele mantém uma espécie de curso relacionado ao ensinamento bíblico, no qual o novo convertido tem todas as orientações para que as regras bíblicas passem a guiar sua vida a partir daquele momento.

“O que nos rege é a Bíblia. Procuramos seguir o que está escrito, como uma orientação ao nosso bem. Quando a gente segue em partes, fica algo incompleto”, disse o pastor, acrescentando: “Quando se vive dentro da Bíblia, a gente tem uma vida mais orientada. Quando se escuta a palavra... Ser evangélico não é somente mudar de religião. Tem que seguir a Jesus”. Perguntado sobre a interpretação que se faz da Bíblia, o pastor informou que tudo é orientado; “quando a gente nasce, vai aprendendo aos poucos. E fazemos o ensinamento bíblico”, disse.

O pastor Cristóvam enfatizou que as pessoas enfrentam problemas sérios em suas vidas, justamente pelo fato de seguir sem alguma orientação e vão somente na base do “eu acho que posso isso e aquilo”. Para o pastor, é preciso compreender a Bíblia como um livro sagrado, já que ele foi escrito por homens inspirados por Deus.

A professora Eliane Anselmo, doutora em Antropologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) – e que pesquisa a religião –, enfatizou que não se pode generalizar e dizer que a Bíblia seria uma espécie de “guia da salvação. “Quem propaga ou a difunde são as religiões cristãs, ou seja, as que se baseiam nos ensinamentos e Jesus, que é a fonte de suas crenças”.  Ela analisou que a Bíblia é um livro com textos religiosos e de valor sagrado para o cristianismo. E divinamente inspirado.

Segundo ela, apesar de suas diversas versões ou narrativas, resultado da inacessibilidade da Bíblia entre a antiguidade e a Idade Média, criando acréscimos e até distorções, a maioria das pessoas – atualmente – interpreta a Bíblia de acordo com sua congregação religiosa. “Um de seus ensinamentos mais importantes é justamente a ideia da salvação, que se refere à salvação da alma, que estaria livre da condenação eterna após a morte. Esta salvação é oferecida por Deus, pela sua graça, e deve ser obtida através da fé em Jesus Cristo. Como esta ideia também está relacionada ao Reino de Deus, a um mundo que há de vir, dá também um indicativo de esperança, de um mundo melhor. Acredito que isto agrada as pessoas, sobretudo diante da conjuntura atual vigente, marcada por desigualdades sociais, econômicas e políticas.”

E a professora vai mais além: “Acho que as desilusões desse mundo fazem que as pessoas busquem cada vez a esfera religiosa, busquem mais intensamente uma espiritualidade, uma forma de crença. E nessa ‘disputa’, digamos assim, os cristãos, mais precisamente os dos seguimentos evangélicos, tomam a Bíblia como esse “guia”, como sua principal estratégia. Assim, a importância da Bíblia e de seus ensinamentos está para os cristãos, tal como a Torá está para os judeus, ou como o Alcorão está para o islamismo, ou ainda, tal como para os espíritas está o “Livro dos Espíritos” de Allan Kardec. A existência de um livro sagrado ou de uma fonte documental escrita é importante para uma religião, mas não é o que lhe atribui esse “status”, como acompanhamos recentemente no caso polêmico em que um juiz no Rio de Janeiro nega o caráter de religião às religiões de matrizes africanas.”

Mesmo diante de acréscimos e distorções, a Bíblia pode ser trabalhada e interpretada sem que os aspectos metafísicos (os que vão além do físico) interfiram. “É possível sim, apesar de não ser este o intuito, visto que como falei anteriormente, a Bíblia é um livro religioso, de cunho sagrado. Há interpretações literais da Bíblia, o que colaborou com os principais conflitos entre ciência e religião, assim como estudos especificamente históricos a seu respeito. Mas ressalta-se que a Bíblia não deve ser interpretada como um relato preciso da história da humanidade. Falo isso sob um olhar da própria ciência, pois para um crente, ou para alguém que crê na Bíblia como modelo de prática de vida, ela é a explicação mais verdadeira da existência humana. E nesta perspectiva, os aspectos metafísicos, no que se referem ao sentido da realidade, não podem ser excluídos”, analisou a antropóloga.

Voltando à questão da salvação, à ideia de que somente por meio do “caminho estreito e espinhoso” será possível ascender ao Reino de Deus, a antropóloga frisou que a ideia de salvação é bem diversa entre as religiões que a têm entre os seus propósitos: a condução do homem à santidade e à vida eterna, o destino da eternidade, da vida após a morte, a libertação da alma do ciclo da morte e da reencarnação etc.. “Uma necessidade de ser redimido ou de ser libertado, através do sofrimento ou de uma vida de sacrifício, de negação e renúncia dos prazeres do mundo, estão entre os meios de se conseguir essa tão almejada salvação. Daí a analogia, presente inclusive na Bíblia, de um caminho estreito, no sentido de ser difícil, doloroso ou árduo, escolhido por poucos. A salvação eterna seria assim uma recompensa para os que conseguem trilhar esse caminho.”  


E é a interpretação de versículos, o conteúdo destes, que provoca a discussão entre o saber da religião e a busca pela salvação. Um dos mais aludidos pelo aspecto religioso é o de Mateus, capítulo 30/31: “E amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com todo o teu entendimento... amarás o teu próximo como a ti mesmo”, já citado neste texto. A antropóloga Eliane Anselmo frisou que o versículo em questão é um dos que representam o Novo Mandamento na fé cristã.

“Pode-se dizer que esse Novo Mandamento é uma síntese dos ensinamentos de Jesus, de sua vida e morte. Esse mandamento é mais uma exortação que Jesus faz a seus discípulos. Mostra que seu desejo era que os discípulos - representando todos os que decidissem lhe seguir – em vez de tentar cumprir a Lei ou os ensinamentos dos profetas, expressassem seu amor. O amor de Jesus Cristo passa assim a ser um modelo para a humanidade. Assim, o amor entre os homens torna-se consequência do amor dispensado por Jesus. Nas concepções monoteístas, o amor de Deus é um conceito fundamental, um atributo divino segundo o qual Deus deseja comunicar-se bondosamente com sua criação. Esses versículos podem representar o desejo de Deus para a humanidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Pingo da Mei-Dia terá concurso de fantasia

Amanhã, ao "meidiinha" em ponto", o destino de quem gosta de diversão é a Avenida Rio Branco, para a realização do "Pingo da Mei-Dia". Embora "novato" na programação do "Mossoró Cidade Junina", o evento caiu no gosto popular desde a sua primeira edição. Trata-se de uma espécie de termômetro e que tem medido, comprovadamente, que Mossoró não pode mais ficar sem o Cidade Junina.

Trata-se de um evento junino com características de carnaval. É que a animação é tanta que muitos vão à Avenida Rio Branco com suas fantasias. E estão certos. É que haverá Concurso de Fantasia do Pingo da Mei-Dia nas categorias "Mais original" e "Mais Luxuosa", segundo informações passadas pela Secretaria de Comunicação Social.

As inscrições ao concurso serão feitas "na hora" e em um trenzinho que circulará pela Avenida Rio Branco neste sábado, 7. Para se inscrever é preciso que o candidato apresente documento de identificação e o nome da fantasia. Cada uma será identificada por número e julgada por uma comissão.

É hora de Fafá Rosado exigir do PMDB

A ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) conversou com o presidente da Câmara Federal e comandante do PMDB potiguar, deputado Henrique Eduardo Alves, na noite desta quinta-feira última. Ele garantiu que Fafá teria legenda para disputar vaga na Câmara dos Deputados. Mas a decisão de Henrique pode ter vindo tarde. È que ainda na eleição suplementar de Mossoró, soube-se que Alves teria garantido à deputada federal Sandra Rosado (PSB) que Fafá não teria legenda alguma.

E parece ainda que tal afirmação de Henrique teria sido verdadeira. Algo que corroboraria com frases ditas pela presidente mossoroense do PMDB, Izabel Montenegro. Izabel, mesmo sem citar nomes, deixou entender que a administração de Fafá Rosado na Prefeitura de Mossoró não teria sido pautada por aspectos éticos. Mesmo tendo feito parte da administração, Izabel saiu "cuspindo no prato que comeu". E alguns compreenderam que ela teria agido sob as ordens de Henrique, que queria desqualificar a ex-prefeita por Fafá Rosado não ter apoiado a candidatura de Larissa Rosado (PSB) à Prefeitura de Mossoró.

Pois bem: agora Henrique parece ter percebido que o mundo não gira em torno dele. Tudo porque Fafá teve aproximação natural com o vice-governador Robinson Faria (PSD), que também está de olho no Governo do Estado. Henrique percebeu que Robinson poderia se fortalecer ainda mais na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte... E aí tratou logo de tentar convencer Fafá de que ela seria a candidata dele à Câmara Federal.

Ocorre que Fafá Rosado não decidiu nada. Pediu tempo para pensar. O blog pensa que a ex-prefeita deveria impor alguns aspectos. E o primeiro seria ela ficar com o comando do PMDB local. Não faz sentido algum Fafá ser liderada por Izabel Montenegro. Ainda mais quando a vereadora peemedebista deixa claro que o nome de sua preferência é a deputada federal Sandra Rosado.

Além disso, Fafá deveria reivindicar alguns espaços políticos que Henrique comanda. Fala-se que o presidente estadual do PMDB não abre mão de nenhum espaço, que está todinho direcionado à candidatura do deputado estadual Walter Alves (PMDB) à Câmara Federal.

Ora, assim fosse, não faz sentido algum Henrique dizer que Fafá é sua candidata e não apresentar garantia alguma. E a ex-prefeita tem que exigir isso. É hora de colocar, como se diz por aí, o pingo nos "is".

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Rosalba e a opção de apoiar Robinson Faria

Suponhamos que o Democratas decida, em convenção, que não dará legenda à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. Suponhamos ainda que ela não ficará neutra nas eleições vindouras. E também que não fará sentido algum Rosalba seguir com o presidente do seu partido, senador José Agripino Maia, e que não apoiará o projeto pessoal do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), que quer ser eleito governador do Rio Grande do Norte.

Suponhamos que não existirá clima para Rosalba estar no mesmo palanque em que estiver Agripino e Henrique. E mais: que este mesmo sentimento possa ser ampliado para várias cidades potiguares, a exemplo de Mossoró e Pau dos Ferros.

E, seguindo nessa suposição, com quem a governadora Rosalba Ciarlini dividiria o palanque? Mesmo extra-oficialmente?

Evidentemente que quem ganharia seria o vice-governador Robinson Faria (PSD), que anda com sorriso de orelha a orelha devido aos recentes fatos da política potiguar.

Não que algo nesse sentido esteja em definição. Mas pode ser pensado e especulado. Afinal, não faz sentido algum a governadora Rosalba Ciarlini apoiar quem lhe quer "morta politicamente". 

Wilma esquece que prometeu e não cumpriu

Eita que a vice-prefeita de Natal e ex-governadora Wilma de Faria (PSB) resolveu sair da toca. À imprensa da capital, ela disse "poucas e boas" com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM): "ela prometeu, prometeu, foi irresponsável e enganou o povo." Frase de efeito, diga-se de passagem.

Contudo, Wilma não pode se jactar de ser uma política que diz a verdade, que cumpre o que diz ou o que promete. O Parque da Cidade de Mossoró que o diga, não é dona Wilma?

Falar de governo que enfrenta dificuldades é fácil. Ainda mais quando Wilma sabe que tais dificuldades foram criadas no passado. 

Além disso, as palavras de Wilma não poderiam ser outra. Afinal, ela tem que ajudar o seu candidato ao Governo do Estado, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Wilma, assim como o senador José Agripino Maia (DEM), perdeu a pecha de líder para ser liderada. O que ela e José Agripino falam segue o script criado por Henrique Alves.

E Henrique precisa que Wilma e Agripino levantem tais temas para ele surgir com promessas de "salvação da pátria". Como se fosse fazer tudo funcionar em um passe de mágica.

Ocorre que Wilma de Faria não é exemplo a ser seguido. Seu governo foi recheado de denúncias de corrupção. Das mais diversas. Prometeu muita coisa. E muita coisa deixou de ser feita. Assim sendo e pegando a deixa das palavras dela, pode-se chegar à conclusão de que Wilma de Faria também enganou o povo.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Henrique quer ser Sassá Mutema, o Salvador da Pátria

A política brasileira é o fim da picada. Os vícios, acordos... tudo isso coloca em xeque o que se chama de democracia. Partidos políticos contam com seus estatutos, diretrizes que seus filiados devem seguir... Tudo na teoria, porque na prática a coisa é outra. Vejam o que acontece no Rio Grande do Norte: o DEM tem uma governadora que caminha para ter seu direito de disputar a reeleição negado (se é que já não teve). Temos partidos de esquerda que se misturam com os de direita em nome de algo que não se sabe decifrar.

Por aqui, política é feita em nome do pai, do filho... Da sogra, do genro... E por aí vai. Muitas vezes se chega ao cúmulo de algum político dizer que o melhor é esquecer os projetos pessoais e pensar em algo coletivo. E o blog não entendeu o que disse o deputado federal Felipe Maia (DEM), filho do senador José Agripino (DEM): que é preciso esquecer projetos pessoais.

Ora, projeto pessoal é o que mais tem. Senador quer reeleger o filho, ministro quer eleger o filho à Câmara Federal. Mãe quer garantir reeleição da filha na Assembleia Legislativa e ser eleita ao Senado Federal. Um quer ser eleito governador e eleger o primo deputado federal. Outro quer ser governador, mas tem que renovar o mandato do filho na Câmara Federal...

E alguém ainda ousa dizer que é preciso esquecer projeto pessoal? Menos... Menos. 

No Congresso Nacional, onde leis deveriam ser pensadas em benefício do todo, mas são feitas para atender caprichos de poucos. Daí a existência de bancada ruralista, da educação, saúde... E por aí vai. Sem falar nos lobbys (termo que no Brasil significa troca de favores).

Mas vamos falar de algo nosso: o Rio Grande do Norte conta com um ministro e o presidente da Câmara Federal. Desde que estes assumiram tais funções, quais foram os benefícios trazidos por ele? Por quais motivos se fala agora que é preciso união para garantir alguma migalha do Governo Federal? Será que os problemas do RN surgiram agora, em ano eleitoral? Ou será que ministro e presidente da Câmara Federal passaram a enxergar melhor agora?

Desde quando se veta "projeto pessoal" para dar vazão a outro "projeto pessoal"?

Como unir, em um mesmo palanque, adversários de décadas e que dividem cidades e opiniões de eleitores?

Será que Henrique Eduardo Alves vai ser o "Sassá Mutema" do Rio Grande do Norte e vai conseguir unir bacuraus e bicudos, eternos adversários, e tudo em nome do que ele chama de "mutirão"?

É, pelo visto Henrique caminha mesmo para ser o nosso Sassá... Se ele conseguirá tal feito, o blog faz igual a Raul Gil: tira o chapéu.

OAB busca solução para esgoto aberto na Mário Negócio

A Prefeitura Municipal de Mossoró e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte serão provocados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Mossoró, para tentar encontrar uma solução para o problema vivenciado pelos servidores e internos do Complexo Penal Agrícola Doutor Mário Negócio. Além das dificuldades estruturais que afetam a unidade há anos, um esgoto a céu aberto tem piorado a situação. A OAB vem acompanhando o caso desde a semana passada.

O esgoto a céu aberto fica dentro do pavilhão do complexo fechado da Mário Negócio, tornando o ambiente ainda mais insalubre. O mau cheiro incomoda os internos que passam o dia inteiro recolhidos em celas superlotadas, além dos agentes penitenciários estaduais e policiais militares que trabalham no local. A OAB/Mossoró esteve reunida com a administração da unidade prisional, na semana passada, e hoje (4) irá se reunir com agentes penitenciários, que têm sofrido com esse problema.

De acordo com a advogada Catarina Vitorino Lima Cordeiro, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB/Mossoró, o caso tem sido acompanhado de perto pela OAB, através da CDH. “Estamos mantendo contato constante com o diretor da Mário Negócio, buscando uma solução”, explica Vitorino, referindo-se ao tenente-coronel Eliause Moreira, diretor da unidade, com quem ela e outros membros estiveram reunidos na sexta (30), logo após receberem a denúncia.


Esta semana, os representantes da Ordem tiveram novo encontro com o oficial PM, buscando encontrar uma solução. Ficou definido que a OAB/Mossoró irá acionar a Prefeitura Municipal de Mossoró e o Governo do Estado, através dos órgãos que têm atribuição para resolver o problema. “Vamos buscar a Prefeitura e o Governo para que um projeto seja elaborado e o problema seja resolvido”, disse Osivaldo Márcio César de Sá Leitão, presidente da CDH da OAB/Mossoró, preocupado com o caso.

Fonte: Assessoria de Imprensa/OAB

Leonardo Nogueira externa preocupação com setor petrolífero

A previsão de 800 demissões de funcionários do setor de exploração de petróleo, na região Oeste, foi o assunto discutido pelo deputado Leonardo Nogueira (DEM) na sessão plenária desta quarta-feira (04). O parlamentar informou que a crise do desemprego está afetando as famílias, especialmente em Mossoró, onde foram demitidos, na última sexta-feira (30), 16 funcionários. “Mesmo diante de uma crise anunciada, pois esse problema vem se acentuando há três ou quatro anos, não vejo ninguém tomar uma medida”, declarou.

O deputado declarou que colheu informações com Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho e Sindicato dos Petroleiros.  “Desde 2009, foram cerca de 5 mil demissões em todo país. A Petrobras instituiu um programa de demissões voluntárias e aqui em Mossoró cerca de 800 pessoas vão aderir. A cidade está no meio desse turbilhão de demissões e falências. Graças a Deus que a natureza foi generosa com Mossoró e nos deu opções como a fruticultura e o sal. Mas, independente disso, a locomotiva principal, o que trazia progresso para a região, é a exploração de petróleo”, disse Leonardo.

Segundo o parlamentar, as demissões vão gerar prejuízos em outros setores da economia. “O setor de hotelaria, agricultura, construção civil, entre outros sofrerão com essa crise. Hoje, em Mossoró, essa repercussão ocorre na construção civil. Temos imóveis que eram valorizados e hoje estão sobrando imóveis, porque muitos trabalhadores foram morar em outras cidades ou estão com poder aquisitivo inferior. A consequência disso é a queda dos preços das propriedades e demissões nessa área da construção”, concluiu. 


Fonte: ALRN

Alex Moacir presta conta de atuação na presidência

O vereador Alex Moacir (PMDB) enviou ao blog uma espécie de prestação de contas do período em que esteve na presidência da Câmara Municipal de Mossoró. Segue abaixo:


"Após seis meses à frente da presidência da Câmara, deixamos ontem o cargo de presidente. Agora, o professor Francisco Carlos assumirá a presidência e dará continuidade ao nosso trabalho.

Durante esse curto período, desempenhamos várias ações em prol de melhorias do Legislativo. Conseguimos organizar as finanças da Câmara. Hoje, entrego a Casa sem nenhuma conta, com todos seus impostos pagos. Sanamos todas as dívidas da Câmara com fornecedores e ainda deixamos mais de R$ 255 mil em caixa.

Melhoramos as condições físicas da Câmara, com a aquisição de móveis novos para diversos setores, como a Secretaria Legislativa, Recursos Humanos, Contabilidade, arquivo, além do próprio Plenário, que foi modernizado passando uma imagem melhor do Legislativo aos que visitam a Casa ou assistem as sessões pela televisão.

Também convocamos e demos posse aos concursados aprovados no certame promovido pela Câmara em 2012. Na nossa gestão, a presidência investiu numa política de valorização do servidor, como por exemplo, a instituição do pagamento do 13º salário a todos os servidores na data natalícia.

Ainda na nossa gestão realizamos duas edições do projeto Câmara Cidadã e firmamos convênio com três instituições de grande credibilidade junto à sociedade:

- Com o Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) para a realização de um resgate biográfico dos patronos da história de Mossoró;
- Com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), para que alunos do curso de História tivessem acesso ao arquivo das leis do município;
- E com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para a realização de ações de cidadania nos bairros mossoroenses.

Nada disso seria possível sem o apoio dos funcionários da Casa que com empenho, dedicação e competência contribuíram para a Casa conquistar bons resultados em tão pouco tempo. Quero agradecer a todos os servidores.

Reforço aqui que deixo a presidência com a sensação de dever cumprido, e reafirmo o compromisso de continuar trabalhando em prol da população. Ao novo presidente da Casa, professor Francisco Carlos, desejo que tenha serenidade para conduzir os trabalho e fazer com que o Legislativo avance cada vez mais.

Alex Moacir"


terça-feira, 3 de junho de 2014

Francisco Carlos é eleito presidente para mandato tampão

O vereador Francisco Carlos (PV) acaba de ser eleito presidente da Câmara Municipal de Mossoró para o mandato tampão, que vai até dezembro. Ele recebeu 13 votos. O seu adversário, o vereador Genivan Vale, obteve oito votos.

Para a terceira Secretaria, o vereador Genilson Alves, que integrou a Chapa 1 ao lado de Francisco Carlos, foi eleito com 12 votos para assumir a 3ª Secretaria da Casa. Ele derrotou a vereadora Izabel Montenegro (PMDB), que foi a opção de oito colegas.

O vereador Claudionor dos Santos (PMDB) não seguiu a orientação do seu partido e votou na postulação de Francisco Carlos.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Rosalba, em discurso: 'não há essa inelegibilidade automática'

Em discurso que proferiu no encontro realizado na manhã de hoje, o qual culminou com a decisão do Democratas lhe negar legenda, a governadora Rosalba Ciarlini previu o que iria acontecer. Indiretamente, mandou seu recado e citou artigos da legenda. Algo que remete à ideia que ela írá recorrer da decisão tomada para poder disputar a reeleição. Veja abaixo:


Excelentíssimo Senhor Presidente do meu partido – DEMOCRATAS
Senador da República, José Agripino Maia
Ilustres membros da Comissão Executiva dos DEMOCRATAS
Senhoras e Senhores

A minha primeira palavra nesta manhã é de cumprimentos a todos os membros, aqui presentes, da Comissão Executiva do meu Partido – Democratas, especialmente o Presidente, senador José Agripino, liderança que sempre segui, desde o início da minha vida pública.

Aqui venho de espírito desarmado, com o propósito de contribuir para a  unidade partidária e dessa forma consolidar posições que ao longo do tempo conquistamos juntos. Tem sido difícil governar o Rio Grande do Norte, porém com obstinação superamos dificuldades e conquistamos metas.

São públicos e notórios os motivos e razões da convocação desta reunião. Devo deixar claro que jamais contribuirei para cisões, ou divisionismo partidário. A minha posição é no sentido de expor fatos e fundamentos estatutários e jurídicos, visando, juntos, participarmos do embate eleitoral de 2014.

Ressaltei não contribuir para cisões ou divisionismos, pelo fato de que nas flutuações da política brasileira tive oportunidade de liderar siglas partidárias que me foram oferecidas. Em todas as ocasiões me mantive firme. Não aceitei dividir a liderança do senador José Agripino Maia, justamente numa hora em que ele presidia nacionalmente o Partido dos Democratas. Rejeitei as ofertas de Partidos e permaneci onde sempre estive.

Tais motivos me colocam perante as Senhoras e Senhores com a consciência tranquila e a certeza de que serei ouvida pelos Companheiros que não trai pelas costas, nem os levei à sobressaltos, ou inquietações.

Não desejo acusar ninguém e proclamo, inclusive, respeito pelos adversários. Desejo apenas não ser uma estranha no meu próprio Partido e poder olhar os olhos de quem aqui está presente e dizer-lhes, com sinceridade, o que penso e o que irei reivindicar nesta reunião.

Ao que sei, através da imprensa, imputam-me a incerteza de não ter declarado enfaticamente, que pretendo ser candidata à reeleição. Também se coloca que, caso pretenda à reeleição, não disporia de um arco de alianças partidárias capaz de viabilizá-la, juntamente com a chapa proporcional. Por fim, igualmente se comenta, que estaria inelegível perante a legislação eleitoral.

Para evitar delongas devo esclarecer esses e outros fatos político-eleitorais. Todos desaguam na minha candidatura à reeleição pela legenda dos Democratas, o meu Partido.

Recordo, Senhor Presidente, uma expressão de Cecília Meireles, que escreveu no poema: “Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira”.

Na vida política, como na primavera, o tempo faz rebrotar a verdade, por mais injustas e severas que tenham sido as lesões e ferimentos. Deixei-me cortar após assumir o governo do Rio Grande do Norte. Não foi por vontade própria.  Encontrei um estado falido, sem credibilidade, incapaz de exercer com eficiência as funções que lhe são atribuídas constitucionalmente. Tive que assumir posições políticas desgastantes para, inicialmente, viabilizar obras como Estádio Arenas das Dunas, as de mobilidade do Pro Transporte, a barragem de Oiticica, o maior programa de saneamento da nossa história e o RN Sustentável, em parceria com o Banco Mundial e dar as condições para o avanço na educação, aferido por institutos internacionais.

O Rio Grande do Norte tinha ficha suja perante o Tesouro Nacional. O BNDES ou qualquer outro órgão não firmaria compromissos financeiros conosco, se essa ficha suja não se tornasse limpa. Consegui limpá-la, a custa de muitos sacrifícios pessoais, porém tendo sempre em mente aquilo que Cecilia Meirelles cantou em verso: “deixar-me cortar para poder um dia voltar inteira”.

Chego inteira a essa reunião da Executiva do meu Partido. Não tenho de que envergonhar-me, nem muito menos envergonhar o meu Partido, por mais que se propaguem inverdades a meu respeito.
Como está escrito na Bíblia “estou certa de que tenho a consciência limpa e desejo viver de maneira honrosa em tudo”.

Senhoras e senhores Membros desta Executiva partidária,

Tenho a intenção, o desejo e o propósito de ser candidata à reeleição para o cargo de Governadora do Rio Grande do Norte e faço essa declaração no momento próprio e no foro legítimo que é o meu Partido, Democratas.

Por tal razão peço, humildemente, o apoio dos militantes e convencionais do meu Partido. Esse pedido começa por reivindicar que essa Comissão Executiva aprove, a título de Preliminar que arguo nesse momento, que a decisão final sobre a minha candidatura à reeleição somente seja adotada na Convenção Partidária, aliás, como recomenda a legislação e o artigo 17, dos Estatutos dos Democratas.

Tal pedido não invalida que essa Respeitável Executiva analise o quadro político-eleitoral do Estado, inclusive com sugestões e propostas, que acatarei naquilo que me couber e for possível.
Por que faço esse requerimento inicial, que, aliás, formalizarei por escrito ao Senhor Presidente, senador José Agripino Maia?

Justamente para responder aos questionamentos de que a minha reeleição estaria inviabilizada pela falta de partidos que formem uma coligação capaz de enfrentar o desafio das urnas.
Como poderia dispor de partidos pré-coligados para disputar a reeleição, diante do clima de incerteza que ultimamente se propagou no estado, dando como favas contadas a recusa do meu nome e até veto de parte dos Democratas?

O bom senso indica que seria impossível esse trabalho de convencimento partidário com esse clima. Além do mais, a formação de uma aliança passaria também pela ação pessoal do líder do partido senador José Agripino Maia e todos os Ilustres membros. Essa não seria uma tarefa individual, mas também partidária. De minha parte proponho-me a colaborar na montagem desse arco de alianças, inclusive por já existirem entendimentos em andamento, sendo necessária a demonstração de confiança e solidariedade do meu partido, sem o que a tarefa será enormemente dificultada. Não tenho dúvidas de que a partir da liderança incontestável do senador José Agripino, que tem uma história de lutas escrita no estado e a participação de todos nós, seremos competitivos, na eleição majoritária e proporcional. Não há razões para complexo de inferioridade política dos Democratas potiguares. Temos discursos e argumentos, que amealharão os votos dos nossos conterrâneos. E como disse Rui Barbosa: “maior que a tristeza de não vencer é a vergonha de não lutar!”

Outro argumento que me chegou aos ouvidos é de que o veto dos Democratas ao meu nome seria também por estar inelegível.

Não posso negar, Senhor Presidente, que uma interpretação desconhecendo o sagrado principio da “presunção de inocência”, antes do transito em julgado da condenação, conclua pela minha presumida inelegibilidade. Todavia, a justiça eleitoral já prolatou reiteradas decisões, assegurando o registro de candidatos que, porventura, tenham inelegibilidade declarada por Colegiado judicial, como seria o caso do TRE estadual.

Como se vê não há essa inelegibilidade automática, que me impeça de pleitear, como pleiteio, o direito de disputar a reeleição. Prevalecerá a presunção de inocência e a regra de que a justiça não pode retirar do eleitor o direito de votar em quem não tenha contra si – como é o meu caso pessoal – condenação judicial definitiva.

Em tais situações, o TSE tem autorizado tranquilamente o registro de candidaturas para a disputa de cargos públicos.

Ademais, só resta contra mim um processo em tramitação final no Tribunal Superior Eleitoral, no qual me acusam de ter autorizado com fins eleitorais a perfuração de um poço artesiano em assentamento de sem terras, no município de Mossoró. A prova dos autos demonstra, até no depoimento de testemunhas de acusação, que nunca estive no local, nem tão pouco a candidata dos Democratas, Claudia Regina e que o poço, não concluído, começou a ser perfurado menos de uma semana antes da eleição. Por outro lado, essa comunidade de sem terras tem pouco mais de 200 eleitores, o que demonstra a impossibilidade do presumido aliciamento eleitoral ter influído no resultado final da eleição, o que é condição indispensável para a justiça eleitoral condenar alguém por abuso de poder. Observe-se, ainda, que na liminar concedida pela ministra Laurita Vaz para que permanecesse como governadora do estado está escrito que a imputação do procedimento judicial não seria hipótese de inelegibilidade e sim de suposta multa eleitoral.

Como será possível alguém considerar-me definitivamente inelegível em tal situação jurídica e fática?

Ninguém melhor do que os Ilustres membros do meu Partido para, com bom senso e solidariedade, entenderem que essa pretensão de inelegibilidade será revertida no momento próprio, diante da evidencia dos fatos demonstrados e da solidez do direito que me protege.

Senhoras e Senhores,

Não desejo prolongar-me, pois considero que esclareci os pontos que na imprensa tive conhecimento que deveria esclarecer nesta reunião.

Ao final repito Fernando Pessoa: se achar que precisa voltar, volte. Se perceber, que precisa seguir, siga”.

Senhoras e Senhores Membros da Executiva do meu Partido: não preciso voltar. Percebo que preciso seguir, com coragem, determinação e firmeza de propósitos.

A mesma coragem, determinação e firmeza de propósitos que me levaram a disputar e vencer três vezes a prefeitura de Mossoró, ser eleita a primeira Senadora do RN e vencer a disputa ao Governo do Estado.

A mesma firmeza ao defender o nosso partido nos momentos difíceis e decidi nele permanecer, quando inúmeros convites foram formulados a ter uma nova opção partidária, com garantias em muito reduziriam os obstáculos que tive que enfrentar, mas optei pela lealdade e respeito aos democratas.

Repito “se achar que precisa voltar, volte. Se perceber que precisa seguir, siga.”

Sigo de cabeça erguida, pois sei que combato o bom combate.

Para isto, espero contar com a solidariedade do meu partido para que me dê condições de construir alianças com outros partidos e apresentar, até a Convenção, as condições que  viabilizem esse projeto eleitoral.

Agradeço a presença de todos e que Deus nos abençoe,
Rosalba Ciarlini






DEM: relação de fogo e querosene

Nenhuma novidade surgiu no encontro que o Democratas realizou na manhã de hoje. Prevaleceu o que estava escrito. Apenas se deu publicidade a algo que já foi fechado: o DEM potiguar decidiu que não dará legenda ao projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini e externou que a meta é a chapa proporcional. Ou seja: a coligação com o PMDB na chapa para deputados estaduais e federais. Como se o DEM não estivesse disposto a seguir com a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB) ao Governo do Estado. Pura balela.

E a frase mais engraçada da manhã foi dita pelo deputado federal Felipe Maia (DEM), filho do presidente nacional do Democratas, senador potiguar José Agripino Maia. Vejam só o que Felipe afirmou: "nossa história não pode se acabar em 2014, temos que recuar para voltarmos mais forte. Vamos pensar no partido. Vamos tirar os projetos individuais."

Uma verdadeira piada o que disse Felipe Maia. Todo mundo sabe que a decisão de José Agripino, de seguir com o PMDB, é baseada em projeto pessoal. Ou será que a reeleição do filho dele não é algo bastante pessoal? Ou teria algo mais envolvendo a posição do Democratas?  O blog não crê na tese de Felipe, de "recuar para voltar forte." É uma contradição sem tamanha.

Mas a governadora Rosalba Ciarlini sabia que mais dia, menos dia, isso iria acontecer. Estava na cara. A política não é tratada como instrumento de transformação social coisíssima nenhuma. É instrumento de transformação pessoal. De troca de favores. Ou existe alguém que, em sã consciência, não crê na existência de algum acordo envolvendo Agripino Maia e Henrique Eduardo Alves?

Tem muita coisa a ser dita. Essa história não acaba com a decisão tomada pelo Democratas na manhã desta segunda-feira. Podem apostar.

É algo parecido com a relação entre fogo e querosene. Basta uma faísca para a explosão. É só aguardar.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Alex Moacir tem postura elogiável

Elogiável a postura do presidente interino da Câmara Municipal, vereador Alex Moacir (PMDB). Quando muitos esperavam que ele não iria à solenidade de diplomação e posse do prefeito Francisco José Júnior (PSD) e do vice-prefeito Luiz Carlos (PT), lá estava Alex, contrariando as apostas. E ele realmente fez o que deveria. Não ficava bem o presidente do Legislativo se apequenar e Alex Moacir mostrou que é possível deixar de lado alguma divergência política e cumprir o papel atribuído a ele nestes cinco meses.

E o blog falou isso para o próprio Alex ainda a pouco. Ele disse que não tinha nada a ver não ir ao evento. Até porque, disse, uma coisa não tem nada a ver com outra. Obviamente que ele se referiu ao processo eleitoral passado. Mas ele deixou bem claro que são "águas passadas".

Alex Moacir voltou a dizer que não tem interesse em permanecer na presidência da Câmara Municipal. O blog perguntou se ele iria fazer uma espécie de prestação de contas, mas ele disse que iria pensar sobre o assunto. É que as obrigações de um presidente, guardadas as devidas proporções, também são executoras. Tem-se obrigações com servidores, repasse de encargos sociais, pagamento a fornecedores e prestadores de serviços.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Alex Moacir diz que cumpriu seu papel

O presidente interino da Câmara Municipal, vereador Alex Moacir (PMDB), descartou interesse em disputar a presidência da Casa. A eleição deverá acontecer na próxima terça-feira. "Já cumpri meu papel", disse ao blog.

Alex Moacir, contudo, avisou que não se ausentará do processo eleitoral e afirmou: "vou estar ao lado do próximo presidente."

Estão na disputa os vereadores Jório Nogueira (PSD), Francisco Carlos (PV), Soldado Jadson (Solidariedade), Flávio Tácito (DEM) e Alex do Frango (PV)

Robinson descarta conversar com Rosalba Ciarlini

O vice-governador Robinson Faria (PSD) descartou a possibilidade de conversar com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), caso o Democratas negue legenda à reeleição dela. Segundo ele, o caminho mais natural é o DEM apoiar o PMDB.

"Saí do governo democrata no começo. Estamos, PT e PSD, unidos e buscamos o PC do B", afirmou Robinson ao blog.

O vice-governador evitou maiores comentários sobre a questão envolvendo o DEM e disse que o assunto é interno.

Sobre Mossoró, Robinson Faria acredita que a vitória do prefeito Francisco José Júnior (PSD) foi um recado ao Rio Grande do Norte. Segundo ele, os "acordões políticos" não estão sendo aceitos e disse que não fala por nenhum partido.

Leonardo Nogueira diz que DEM caminha para apoiar PMDB

O deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM) disse ao blog que a reunião que acontecerá na segunda-feira, a partir das 9h, na sede do Democratas, em Natal, decidirá os rumos que o partido tomará às eleições de outubro próximo. O encontro, que vai ser coordenado pelo presidente nacional da legenda, senador potiguar José Agripino Maia, decidirá se o DEM apostará na reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ou se faz aliança com o PMDB, apoiando a candidatura do deputado federal Henrique Eduardo Alves ao Governo do Estado.

Segundo Leonardo Nogueira, 59 membros do DEM votarão. Destes, disse que cerca de 10 são suplentes.

Perguntado sobre a expectativa do encontro, o deputado estadual democrata afirmou que a diretriz sentida é a de que o DEM se coligará com o PMDB (na chapa proporcional) e apoiará Henrique Alves. "É preciso analisar se vamos apoiar algo de risco", disse.

A reunião, ainda segundo Leonardo Nogueira, deve durar às 11h30.

Portanto, falta pouco para se saber qual será a posição do DEM acerca das eleições deste ano.

A governadora Rosalba Ciarlini tem trabalhado para garantir que o seu partido lhe dê legenda para que ela possa tentar a reeleição. A tese defendida por José Agripino é a de que Rosalba estaria inelegível. Algo que os advogados dela não aceitam e têm afirmado que a governadora poderá, facilmente, obter o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa eleitoral deste ano.

Líderes do PT, PSD, DEM e PMDB prestigiam posse de Silveira

A solenidade de diplomação e posse do prefeito Francisco José Júnior (PSD) e do vice-prefeito Luiz Carlos (PT), que foi prestigiada por populares, contou com a presença de líderes que caminharam junto com os dois nas eleições suplementares de 4 de maio último.

Estiveram o vice-governador Robinson Faria (PSD), o deputado federal Fábio Faria (PSD), a deputada federal Fátima Bezerra (PT), deputado estadual Antônio Jácome (PMN) e o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). A ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) também compareceu à solenidade.

A juíza Ana Clarisse, da 34ª zona eleitoral, parabenizou os eleitos e disse que todos (a população) tem o dever de acompanhar os atos administrativos de Silveira Júnior e Luiz Carlos.

Com a diplomação, o período de condutas vedadas chega ao fim e o prefeito Francisco José Júnior poderá, a partir de agora, tomar decisões que não poderiam ter sido executadas antes, como a convocação de 150 professores e demais candidatos aprovados em recente concurso público realizado pela Prefeitura de Mossoró.

Reforma administrativa sairá depois da auditoria

O prefeito Francisco José Júnior (PSD), que foi diplomado e empossado agora a pouco em solenidade no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, afirmou que a reforma administrativa - com a extinção de subsecretarias e o retorno da Chefia de Gabinete, bem como de duas secretarias - será feita entre julho e agosto.

Mas a decisão do prefeito não foi alterada. Ele afirmou que a reforma sairá e que enviará o projeto para análise da Câmara Municipal depois que receber o relatório relacionado à auditoria na folha de pagamento dos servidores públicos mossoroenses.

Com isso, a posse do secretariado do prefeito, que ocorrerá na segunda-feira, será ainda nos moldes atuais. 

Silveira e Luiz Carlos renunciam às 11h

O prefeito em exercício Francisco José Júnior (PSD) renunciará ao cargo de vereador às 11h de hoje, em sessão extraordinária na Câmara Municipal de Mossoró, bem como o vereador Luiz Carlos (PT). Os dois foram eleitos prefeito e vice-prefeito, respectivamente, na eleição suplementar realizada em 4 de maio passado.

A renúncia é necessária e imprescindível à diplomação e pose deles, que ocorrerão à noite desta quinta-feira, às 19h, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado.

O novo secretariado do prefeito Silveira Júnior será anunciado na segunda-feira. Não se sabe, contudo, se a composição de auxiliares seguirá com o norte das mudanças já anunciadas pelo prefeito. Porém, ele pode dar posse à equipe e, posteriormente, fazer as alterações mais na frente.