Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Rosalba não disse nada de novo: o DEM está perto do fim

A entrevista da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) à revista IstoÉ não trouxe nenhuma novidade. Apenas se externou algo que se comentava em calçadas, em rodas políticas: o Democratas caminha para ser extinto no Rio Grande do Norte. Não que falem opções às eleições deste ano. A questão é que o presidente nacional e estadual da legenda, senador potiguar José Agripino Maia, não está "nem aí" ao fortalecimento do partido. O jogo, como se diz no popular, é de "arraia graúda". Especificamente envolvendo Agripino e o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), que quer ser eleito governador por WO. Sem concorrente.

A tese de que o DEM não terá candidatura própria ao Governo do Estado, que não tem em sua lista de prioridades a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, pelo fato de que a estratégia é priorizar a chapa proporcional, sinceramente, é conversa para boi dormir. Até porque o filho de Agripino, deputado federal Felipe Maia (DEM), não precisa do PMDB para renovar seu mandato. Pelo contrário: a aliança proporcional engessará a chapa: tem gente de mais para vaga de menos.

Mas o que danado ocorreu? Alguma coisa, certamente. O que Agripino deixa entender que foi por causa da própria governadora, que se enclausurou e não permitiu que a ex-base aliada fosse "conselheira". Que Rosalba não permitiu espaços. No popular, Agripino quis dize que Rosalba quis "rir sozinha". Quis governar sozinha.

O que está acontecendo com Rosalba, talvez, seja culpa dela mesma. Não se concebe que nenhum governo governe sozinho. Daí a existência de auxiliares. Uns criam "Conselhos Políticos". Outros apostam em assessorias especializadas. Mas Rosalba Ciarlini realmente se fechou. Talvez por receio de que escândalos, como se viu no Rio Grande do Norte em um passado recente, voltassem a fazer parte da rotina da administração estadual.

Agora ela paga um preço alto por seu auto-isolamento. É certo que não se pode afirmar que foi um isolamento proposital: Rosalba percebeu que seus aliados não eram tão aliados assim e, obviamente, fechou "torneiras". Em outras palavras, PMDB, PR e outros partidos geriram secretarias com poucos recursos. E verba era a tônica mais vislumbrada por todos. A vitamina que reenergizava forças...

Dizer que Henrique Alves está fazendo errado é um grande equívoco. Na verdade, ele está fazendo o que Rosalba Ciarlini deveria ter feito: atrair apoiadores ao seu governo e, posteriormente, ao seu projeto de reeleição. Uns dizem que o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da governadora, "desaprendeu" da arte da fazer política. Será?

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