Quem
mais perderá e quem mais ganhará com as novas eleições em Mossoró? Das alianças
feitas em 2012, pelo que se vê até agora, nenhuma se repetirá. O PSB perdeu o
PDT, o PT, o PSD, o PC do B. O DEM perdeu o PMDB e o PV. O PSD ganhou o PDT, PT
e o PV. O PSB ganhou o PMDB. Mas será que a nova fórmula relacionada às composições
que se especulam garantirá sucesso para algum lado? Eis a questão.
As
eleições de 2012 mostraram que nem sempre leque grande de partidos é sinônimo
de vencer. Quantidade não é qualidade. E, assim sendo, resta saber se quem conseguir
cooptar maior qualidade de lideranças irá, consequentemente, levar a melhor em
4 de maio. Se houver novo pleito. Até porque falta a decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Contudo, pelo sim, pelo não, melhor os pretensos candidatos
fazer o que estão fazendo: agregando apoios e fechando chapas.
Vamos
aos nomes: a começar por quem está na Prefeitura de Mossoró. O prefeito em
exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD) poderá optar pelo PT e PV na
composição da chapa. Até pouco tempo a presença de um petista como candidato a
vice era tida como certa. Mas houve mudança: a entrada do PV, que chegou com “gosto
de gás” e poderá indicar o vice de Silveira. Especula-se que será o vereador
Francisco Carlos.
Será
uma boa chapa? Sem dúvida. Competitiva? Bom, os números de 2012 mostram que
sim. Se os votos obtidos pelo Partido Verde, pouco mais de 19 mil votos, forem
levados em consideração...
Agora
vem o PSB, da deputada estadual Larissa Rosado. Ela é, sem dúvida, bem
conhecida do eleitor. Afinal, a cada dois anos participa de eleição e disputou,
por três vezes, a Prefeitura de Mossoró. Vai para a quarta tentativa. Desta vez
Larissa surge com um diferencial: o PMDB, que obteve votos quase igual ao PV,
pouco mais de 19 mil votos. E tem o mesmo número de vereadores que o PV: três.
Boa
chapa? Sem dúvida. Competitiva? Repete-se aqui a resposta dada ao PV. E o
diferencial também acompanha essa questão: o PMDB tende a não seguir unido. Uma
parte ficará com Larissa e outra, com Francisco José Júnior. É o caso da
ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB).
Agora
vem o DEM, com a prefeita afastada Cláudia Regina. Ela foi quem mais perdeu
nessa questão toda. Depois de decisões judiciais que culminaram com seu
afastamento do cargo, Cláudia Regina se viu envolta a uma série de ações. Algo
que a deixou, digamos, sem tempo para pensar no aspecto político e agora esse
fator surge com maior afinco: ela terá que procurar manter apoios antigos e
atrair novos (ou antigos, os que migraram para outros lados).
Em
2012 ela teve apoio forte do PMDB, que indicou o seu vice, o advogado
Wellington Filho. Agora não terá o mesmo respaldo. E surge a questão: o DEM
sairá com chapa puro-sangue? Se for, não seria nenhuma surpresa. Até porque tal
quadro aconteceu em épocas passadas. Foi assim em 2004 e em 2008. Em 200
Cláudia foi a vice de Fafá Rosado. Quatro anos depois, o DEM indicou Ruth
Ciarlini como vice, também de Fafá.
E
Ruth Ciarlini é uma dos nomes especulados à composição da chapa a ser encabeçada
por Cláudia Regina. Para tanto, Cláudia precisa obter uma liminar que lhe
garanta participar do pleito suplementar. Assim como Larissa Rosado.
E
como processos ainda tramitam em Brasília, o alvoroço que se criou em Mossoró,
os quais culminaram com a indicação de eleição suplementar, o novo pleito pode
não acontecer agora. É uma possibilidade. E, como tal, todos os envolvidos na
eleição de 4 de maio sabem disso. Não é novidade. Mas é preciso agir. É preciso
firmar alianças e pensar em chapas. Pois assim como nova eleição pode não
acontecer, pode acontecer do mesmo jeito. Daí a necessidade de se conversar e
buscar entendimentos para definição de candidatos. Até porque o calendário
eleitoral foi elaborado e está em vigor. Se valerá, é outra história. Mas se
existe, tem que ser cumprido.