Prefeitura Municipal de Assú

sexta-feira, 22 de março de 2024

Suposto desvirtuamento administrativo coloca Russas/CE em evidência

O momento é propício para o surgimento de todo tipo de observação. Uns mais, outros menos. Na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, na cidade de Russas, vem a informação de que por lá a coisa não estaria tão correta, administrativamente falando. Algo que, se for levado à frente e ao conhecimento do Ministério Público Estadual, Federal e se a própria Câmara Municipal fizer à sua parte, muita coisa pode surgir e, obviamente, melhorar a vida das pessoas. De muitas, e não de poucas.

Russas tem 72.928 habitantes, segundo o Censo do IBGE divulgado no ano passado. Por lá a situação estaria beirando o caos devido à ausência de ordem ética e moral. E, com isso, existe a possibilidade real de se perder o conceito de administração pública, de política na sua essência, e percebe-se a concretização do que a teoria denomina de “politicagem”, que se dá quando ocorre o beneficiamento particular em detrimento do coletivo.

De acordo com documentos, inclusive fotográficos, a administração pública estaria sendo tratada como espécie de “puxadinho” da casa do prefeito. Nesse “jeitinho brasileiro” que coloca em xeque a efetividade e a seriedade do serviço público e o bom gerenciamento da verba igualmente pública, a oposição estaria percebendo uma prática nociva à coletividade: pai, mãe e demais parentes são beneficiados com um aparato que, em tese, era para estar a serviço do cidadão de Russas.

Pela declaração de bens informada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ocasião de sua candidatura e posse, o prefeito Sávio Gurgel (PDT) não deveria permitir o usufruto da estrutura pública. Ele tem um patrimônio estimado em pouco mais de R$ 2 milhões. Com isso, a oposição trabalha com a sistemática relacionada à evidência de um suposto desvio de conduta ética, uma vez que estaria acontecendo desvirtuamento do que é certo e errado na esfera pública.

Tudo em virtude, dentre outros aspectos, um contrato de locação de automóveis pela Prefeitura de Russas. Os veículos, parte deles, estariam atendendo as necessidades de familiares do prefeito: pai, mãe e adjacentes. E, para piorar a situação, um dos carros estaria à disposição da Chefia de Gabinete, ocupada pelo pai do prefeito, mas era pago com verbas federais (a locação do veículo). Especificamente com dinheiro direcionado para a Secretaria Municipal de Assistência Social (Setas) para o desenvolvimento de ações coletivas e direcionadas à população de baixa renda.

Essa realidade acontece bem aos olhos de todos os cidadãos e ocorre à revelia da Câmara Municipal, que é o órgão que tem a obrigação de investigar se a administração pública está gerenciando corretamente a verba pública. Como o Legislativo se mostra silente, implica dizer e pensar na existência de conivência que poderia envolver parlamentares que estariam sendo beneficiados com tais irregularidades graves e que põe em risco todos os conceitos que envolvem a administração da coisa pública.

Tudo, como já foi dito, ainda no clima de pré-campanha. E, se de fato, o desvirtuamento da gestão pública for real, cabe, de fato, à Câmara Municipal investigar. Afinal, foi para isso que vereadores são eleitos.

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