Prefeitura Municipal de Assú

sábado, 7 de maio de 2022

Valor para estrutura temporária de camarotes e palcos do Cidade Junina será de mais de R$ 11 mi

Alguns acreditam que a atual administração de Mossoró não tem marcas e a única coisa que transparece, mesmo que tardia e lentamente, são as obras do Finisa, cuja verba foi conseguida e trazida pela gestão anterior após uma recuperação das finanças e reestruturação que permitiu a prefeitura contratar tal operação de crédito. No entanto, já se pode dizer que a gestão Allysson Bezerra possui um padrão que ocorre desde uma contratação na saúde até a de estruturas temporárias, sendo que estas serão removidas passadas o período da festa junina.

A contratação de serviços por cinco ou seis vezes o valor pago por outros prefeitos de outras cidades e também de outros prefeitos anteriores. Exemplos não faltam para mostrar esta marca: contratação de empresa para recolhimento hospitalar. Antes custava menos de R$ 100 mil, hoje está custando meio milhão de reais. Banheiros do Cidade junina, antes era contratado por R$ 80 mil,  nesta edição custará R$ 500 mil.

Também impressiona a coincidência de valores cravados e fechados na atual administração. Há calculo técnico por trás balisando? Parece que não. Fica difícil acreditar. Esmiuçaremos abaixo essas contratações ‘polêmicas’, mas antes é preciso dizer o óbvio ululante.

Ao propor na semana passada tomada de preço de R$ 24 milhões (valor também cravado, dividido em duas tomadas, uma de R$ 11,5 milhões e outra de R$ 12,5 milhões) para estruturas de festas e shows. Saliente-se que até o último Cidade Junina tudo custava no máximo R$ 4 milhões. Allyson chamou a atenção de muitos e mais ainda: mostrou que a história de que a Prefeitura estava quebrada e não tinha dinheiro para nada, não tinha nenhuma realidade e que com o decreto da calamidade financeira conseguiu abrir a porteira para diversas contratações sem licitação.

Mesmo planejando torrar mais de 30 milhões com a farra junina (o termo ficou bastante apropriado dessa vez) e constatadas contratações de bandas com valores acima do praticado em outras prefeituras, a exemplo do cachê de Wesley Safadão, com sobrepreço de 20% ao de outras cidades, o prefeito foi mais além e, na prática, debochou da população quando, em alto e bom tom, declarou no twitter e redes sociais que o valor de quase 12 milhoes para esta contratação tinha sido fruto do zelo com o dinheiro público e que esta contratação representava uma economia de 50% aos cofres públicos.

Como assim jovem prefeito? A estrutura de 2019, por exemplo, a mesma utilizada em eventos como o Carnatal, o maior fora de época do país, não custou mais que R$ 4 milhões e ‘uns quebrados’, como diz o matuto. Todo o evento custou R$ 7,9 milhões com o mesmo número de atrações renomadas. Só para se ter ideia, o Pingo fora comandado por ninguém menos que Raí Saia Rodada em 2019. O evento, com todos os artistas nacionais e todas as  despesas  de todas as naturezas pagas de 2019, custou 33% a menos do que será o gasto da estrutura física temporária que será instalada.

Nesse Cidade Junina o gasto superará os R$ 20 milhoes facilmente. Um valor 300% mais caro do que todo o gasto de 2019, que foi o São João mais consagrado de todas as edições.

Se Alysson conseguisse manter o plano manifesto e exposto na tomada de preço de R$ 24 milhões apenas para a estrutura temporária, o cidade Junina vai passar dos R$ 30 milhões facilmente, já que de cachê de artistas ainda será mais R$ 3,6 milhões. Fora o gasto com outros polos, como Chuva de Balas e o das quadrilhas que se apresentarão.

Se o mossoroense fosse informado devidamente desses valores em uma rede social como o whatsapp, ao ver o prefeito e a comunicação oficial afirmando que está economizando 50% de um valor mega superfaturado, o mossoroense responderia no mesmo whatsapp com uma figura (emoji) desconfortante. Afirmar que está reduzindo o valor quando está aumentando em 400% (de R$ 4 para R$ 12 mihões) o preço das estruturas temporárias (banais) quando se pretendia dar estouro de 800% (pretendia-se passar dos R$ 24 milhões) é sim fazer o cidadão de palhaço. Há quem garanta e vaticine que a redução foi feita com muita irritação interna no palácio da resistência. Resta-se saber os motivos.

 

PS: As reformas da estação das artes, teatro não estão dentro desses gastos. São obras do Finisa e como tiveram valores fixados por outra gestão e não têm o mesmo padrão que essas contratações exóticas atuais. A Estação das Artes, por exemplo, tem valor de reforma de algo que ficará para a cidade de R$ 3,1 milhões. E detalhe: não ficará pronta para o São João. Mas, pelo menos após o evento, qualquer reforma ali ficará de forma permanente.

 


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