Prefeitura Municipal de Assú

domingo, 14 de novembro de 2021

Exoneração de secretário de administração é consequência de sufoco causado por falta de contenção de despesas no início da gestão Bezerra

 

Não demorou muito e mais um secretário (o de Administração) do novo prefeito pediu o boné. Trata-se do advogado João Eider Furtado, que até três dias atrás era o dono da giroflex da secretaria de Administração do município. Em que pese o ritual comum e justificativa oficial quase que clichê em 99% dos casos de exoneração de secretários de se alegar questões pessoais, é nítido que no caso de João Eider outros aspectos catalisaram esse pedido de demissão do próprio secretário e a senha para decifrar este enigma está no próprio diário oficial (JOM) que versou sobre a retirada de gratificação de insalubridade na pandemia aos milhares de funcionários da secretaria municipal de saúde enquanto praticamente todas as prefeituras do estado estão renovando o período e cessão dessa gratificação.

A retirada pra lá de desgastante deste justo benefício no momento que os números da pandemia voltam a subir no estado e a galopar em outros países com a alegação do fim da ajuda financeira do governo federal indica duas coisas: 1 - deverá – logo, logo – começar mais dificuldades para executar pagamentos de prestadores de serviço e direitos a servidores como gratificações, PMAQ’s, previdência e serviços na área da saúde e demais áreas. 2- o desgaste pessoal que sofreu o secretário que com certeza possuía muitos conhecidos e amigos que estavam em pleno gozo desse direito e devem ter revelado sua revolta e insatisfação por medida tão inesperada, o que gerou um grande estresse e aborrecimento ao ex-secretário que apenas estava cumprindo ordem superior, leia-se ordem de Allysson.

Então muito provavelmente de um dia de pleno estresse e cobrança por uma medida que veio de cima pra baixo, além de conhecer os números e saber que provavelmente virão outras medidas impopulares de agora em diante com o fim da ajuda federal, o advogado João Eider muito provavelmente  optou por não ser o receptor da pressão de decisão de terceiros e resolver voltar a se dedicar a sua vida e advocacia, resultado em horas depois do polêmico anúncio já circulava na rádio peão da cidade que o secretário havia entregado o cargo.

Sobre a praxe de se apegar questões pessoais, essa é uma tônica na administração pública, não se admire se em 99% das exonerações que houver em secretarias em Mossoró, em outras cidades e até em outras esferas houver essa ‘justificativa oficial’.

Há quem garanta que em Mossoró também é bastante provável surgir em off as razões de falta de autonomia e também a discordância de lidar com afobação e destempero de superior(és).

Em alguns meses já pularam fora o secretário de ação social que sequer chegou a assumir oficialmente o cargo e ficou menos de 60 dias, o secretário de comunicação, um brilhante jornalista que foi substituído por Bruno, um jovem rapaz de vinte e poucos anos sem nenhuma formação acadêmica  na área de comunicação e que  chefiava e ainda chefia   a militância virtual  e grupos de WhatsApp dos que são destacados  para fazer defesa  em instagram e Facebook pró-Allysson  até no caso da visita ginecológica do staff da prefeitura e também de ataque a adversários e quanto mais chulo e infantil o ataque/calúnia/ difamação.

Mais: o integrante dessa claque virtual é enaltecido pelos chefes que até o momento avaliam esta com uma forma de intimidar qualquer notícia jornalística que mostre problemas na cidade e manche a administração ‘deserto de ideias’ do prefeito Bezerra.

Sem projeto algum de futuro e de desenvolvimento para a cidade, Allysson tem se contentado em tentar pegar situações corriqueiras do serviço público e tentar embalá-las com propaganda como feitos raros, como coleta de lixo com a mesma empresa que fazia a coleta da gestão Rosalba, apelidando esse serviço comum de “projeto cidade limpa” e até uma mera cirurgia ginecológica adiada pela pandemia através do decreto da governadora, uma única cirurgia e não milhares como ocorrera na última administração Ciarlini, tentou ser alardeada com grande oportunismo, apesar que não pegou bem.

No deserto de ideias, além de apostar as fichas em gastar os recursos do Finisa heroicamente conseguidos por sua antecessora, entrou como prioridade duas expulsões: a de uma indústria cerâmica que voltou a empregar muita gente e também a expulsão e deslocamento da estátua do ex-industrial do gesso e ex-governador Dix-Sept em razão dele ter sido o pai do marido de Rosalba Ciarlini.

E assim segue a situação interna e externa da administração que em discurso chegava a desdenhar da transformação que as administrações de Rosalba trouxeram para Mossoro e prometia fazer uma revolução e uma grande transformação que faria Mossoro em seis meses ou um ano passar Fortaleza e Natal em termos de desenvolvimento (economizar em promessas não combina com Bezerra) e até já se lançou candidato a governador do Rio Grande do Norte para quando terminar sua passagem pela prefeitura em evento da juventude do partido político Solidariedade (SDD). Pelo andar da carruagem novas e fortes emoções virão pela frente…

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