Você certamente já ouviu algum candidato, em tom jocoso ou de desespero político, justamente para se apresentar como novidade, partir para a agressão. E, com essa particularidade, confirma a teoria de que é o novo travestido de velho. Sim, porque a imposição do que ele pensa ser certo e a falta de respeito dele para com a prefeita Rosalba Ciarlini e outras mulheres como Ludmilla Amorim apenas mostram que o candidato Allyson Bezerra está recorrendo ao que o passado já mostrou ser danoso à história da humanidade.
O
curioso é que Allysson jamais fez ou faz alguma crítica à Robinson Faria,
Francisco José Júnior (que fez campanha para sua reeleição) ou Bolsonaro,
apesar de atacado apenas internamente o presidente e sua escolha para a Ufersa ao ter telefonado para a reitora da Ufersa Ludmilla Amorim (mais uma mulher) e
ter em tom quase ameaçador ou de pressão, ter dito que a vida dela se tornaria
um inferno se ela não renunciasse a reitoria da Universidade. Coincidentemente ou não, uma série de protestos e ataques públicos que resultaram em processos contra
ela ocorreu em seguida.
E
externa o pior lado que existe na política: o de atacar quem está a frente de
seus objetivos pessoais, que aliado ao despreparo e o desejo de se destacar de
forma obsessiva e megalomaníaca evidenciam
que o representante do Solidariedade, caso chegue à Prefeitura de Mossoró, não
respeitaria a sociedade de maneira geral. É o que a lógica aponta: se falta com
respeito para com adversárias, certamente não respeitará o cidadão comum.
O
tom agressivo nas palavras ditas pelo candidato nas redes socais choca
exatamente pelo fato dele ser uma figura pública. E, como tal, tem que servir
como espelho, de modelo a ser seguido, pela sociedade. E olhe que ele é
deputado estadual. Será que é assim que um homem deve tratar, politicamente, um
adversário? Será que é assim que um candidato deve tratar uma candidata? Será
que é assim que um homem deve tratar uma mulher? Com grosseria, arrogância,
petulância, prepotência? É assim que você, cidadão, quer ser tratado por um
deputado estadual que quer ser prefeito? Sim, porque se ele trata um adversário
desta maneira, nada garante que ele diga impropérios contra você mais adiante.
Um
candidato que externa toda a sua carga de ódio contra uma mulher, uma
adversária, por si, já mostra que não estaria preparado para administrar uma
cidade como Mossoró, que apresenta particularidades administrativas e, por
isso, exigem que o seu gestor seja uma pessoa equilibrada e capaz de sanar os
problemas que afetam a todos. Não será com gritos, arroubos e arrogância que se
resolverá alguma coisa. É preciso controle e, acima de tudo, respeito. Algo que
estaria faltando ao candidato Allyson. E essa constatação se faz quando se
analisa o que ele escreve nas redes sociais, direcionando todo o seu ódio
contra a prefeita Rosalba Ciarlini.
O
candidato Allyson Bezerra quer atribuir à candidata Rosalba Ciarlini tudo de
ruim que acontece em Mossoró. Externando assim toda a carga de misoginia
presente em suas ações, caracterizando também o que existe de pior em uma
sociedade patriarcal: pensa que é superior às mulheres. E olhem que o candidato
do partido Solidariedade não está apenas tentando se impor sobre a prefeita, e
sim sobre as demais candidatas que colocaram seus nomes para avaliação popular.
Em
pleno século XXI a sociedade se deparar com certos tipos de comportamentos
mostra, apenas, que os velhos hábitos da política sempre voltam. E confirmam o
que já foi dito: o velho se traveste de novo apenas para ludibriar quem não
entende das práticas machistas e misóginas que macularam a história da
humanidade.
O
candidato Allyson pensa que tudo pode dizer. Mas não é bem assim. Quem pensa
que tudo pode, verdadeiramente, não tem poder para nada. Fosse diferente, por
quais motivos ele estaria, agora, tentando inferiorizar a força da mulher na
política? Qual o sentido de menosprezar o empoderamento feminino?
Se
o candidato Allyson Bezerra deixar o rancor, o ódio e o destempero sair do seu
coração, certamente enxergará que Mossoró está em boas mãos e também concordará
que a prefeita Rosalba Ciarlini tirou a cidade do caos administrativo, fruto de
alguém que ele apoiou no passado e que agora ignora completamente. E cabe um
questionamento: será que alguém que não confirma o próprio passado político tem
condições de garantir futuro de alguém?
Nenhum comentário:
Postar um comentário