Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Genivan Vale:é preciso detalhar antecipação de receita

"Se o prefeito alega queda na receita hoje, amanhã a queda será maior". Com essas palavras o vereador Genivan  Vale iniciou sua posição, embora sem saber do teor completo do projeto a ser enviado pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD), o qual prevê antecipação da receita dos royalties pagos pela Petrobras à Prefeitura de Mossoró. As palavras do vereador foram baseadas nas afirmações recentes de Silveira, que afirmou retração de R$ 8 milhões na receita municipal em virtude da crise econômica. Como não se tem nenhuma luz relacionada ao fim da crise, se esta persistir, as finanças da Prefeitura de Mossoró tendem a ficar ainda mais desequilibradas, já que terá que pagar empréstimo relacionado à antecipação dos royalties.

"Diante mão, a gente precisa ver o projeto, ler e entender o objetivo do prefeito. Eu fico muito preocupado. Sabemos que o Estado paga alto preço por ter dado como garantia, de 20 anos, os royalties à construção do estádio Arena das Dunas. São 12 milhões por mês que o Estado tem que dar à construtora OAS. Esse dinheiro está fazendo falta na reestruturação dos hospitais, tem o problema da Uern, no reaparelhamento do sistema prisional", disse Genivan Vale ao blog.

Para ele, a ideia de antecipação de receita preocupa. Disse que não se tem nada oficial, já que o projeto não chegou à Câmara Municipal. Mas disse que, segundo se fala nos bastidores palacianos, Silveira Júnior estaria querendo antecipar R$ 100 milhões. "A gente fica imaginando como as outras administrações irão ficar comprometidas. Iremos esperar esse projeto chegar e ver como vamos fazer", disse.

O vereador comentou que é preciso que a sociedade fique atenta. "Porque antecipação por antecipação é muito perigoso. O próximo ano é ano de eleição. Será que o prefeito está preocupado com a cidade ou com a reeleição. Só irei emitir minha opinião quando o projeto chegar e a gente ver a intenção do prefeito", disse.

Genivan Vale comentou que a antecipação é um empréstimo. "Só que não é com um banco. É com a ANP (Agência Nacional de Petróleo), que faz levantamento do prazo, que deve ser de quatro a cinco anos, o que dá em torno de R$ 100 milhões. E a ANP cobra percentual para antecipar. As próximas administrações pagarão alto preço. Porque se ele alega queda de receita hoje, amanhã a queda é maior.", afirmou.

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