A discussão que se faz, em Natal, e colocada pelo chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, merece desdobramento. Fernandes disse que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) poderia apoiar a prefeita Micarla de Sousa (PV) na capital do Estado. É pouco provável que isso ocorra.
Primeiro pelo fato de Micarla estar enfrentando, sozinha, o mar de queixas contra a sua administração. Até agora a governadora não se fez presente ou saiu em defesa de Micarla. E é provável que fará isso.
Por outro lado, é preciso ouvir o que vem da CCJ da Assembleia Legislativa. É lá que o deputado estadual Agnelo Alves (PDT) está, e o que sai de lá não são críticas à governadora Rosalba Ciarlini.
Não é à toa que Agnelo Alves está em silêncio. Pela experiência política e pelo poder de articulação que possui, era de se esperar uma saraivada oposicionista, coisa que não aconteceu até agora.
Daí a leitura que precisa ser feita: em vez de Rosalba apoiar Micarla, como sugeriu Paulo de Tarso, a governadora teria outra possibilidade: a de seguir com o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). De cara, Rosalba resolveria dois problemas: ter um nome forte na capital do Estado e com chances de vitória, já que precisará de suporte político em 2014. O segundo: estaria tirando do páreo a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que ensaia retorno à vida pública e na condição de candidata à Prefeitura de Natal. Wilma quer que Carlos Eduardo seja seu vice.
Claro que tudo ainda é no campo especulativo, mas os indícios de que esse quadro poderá se concretizar são fortes. O ministro da previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB), seria peça principal nesse enredo, bem como o deputado federal Henrique Eduardo Alves. Garibaldi já fez o convite para Carlos Eduardo retornar ao PMDB. Seria o primeiro passo de uma série que culminaria com o apoio de Rosalba.
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