Prefeitura Municipal de Assú

sábado, 10 de abril de 2021

Os 100 dias governo Allyson Bezerra

A marca de 100 dias de governo é emblemática e tradicional na cobertura política e análise de governos. O que o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) fez nestes 100 dias? Esta pergunta é repleta de respostas e nenhuma se mostra positiva para a atual gestão. A promessa de que dias melhores viriam, de que Mossoró passaria por uma grande mudança, uma revolução, que iria conhecer o jeito ideal, moderno e eficiente de se administrar caiu por terra. Nada, absolutamente nada do que foi dito na campanha eleitoral do ano passado chegou a ser, efetivamente, concretizado. Perdeu-se entre o real e a fantasia.

Contudo, estes 100 dias mostrou, realmente, o quão perdido o prefeito esteve. Cometeu gafes memoráveis, como, por exemplo, a de acusar a gestão anterior de não lhe passar o acesso contábil da prefeitura, quando bastaria ele fazer um registro (login) junto à Caixa Econômica Federal para ter acesso a esses dados. Esse fato externou, da parte dele, despreparo e evidenciou que sua equipe também seria igualmente despreparada.

Além disso, a história de uma dívida multimilionária não convenceu nem ao prefeito em si.  Ele quis passar a ideia de que a Prefeitura de Mossoró estava quebrada e precisava reforçar a necessidade de decretar calamidade financeira. Contudo, essa versão não pegou bem e aos olhos do povo o que ficou nítido uma prática nada republicana, tal iniciativa seria justificada para contratar sem licitação, especialmente contratos de combustíveis, um de cerca de R$ 1 milhão e outro da ordem de R$ 4,9 milhões .

A ideia dessa dívida se mostrou tão estapafúrdia que apenas uma suposta dívida que a prefeitura  teria com o extinto bandern, (dívida que não existe porque o banco acabou)  na ordem quase R$ 10 mi. Somente os juros fariam esse débito ser na casa de centenas de milhões de reais. E isso foi contabilizado, mas  definitivamente, não convenceu.

O que marca também os 100 dias da gestão Allyson Bezerra diz respeito à letargia e uma negativa forte no início de vacinar a população nos finais de semana ao contrário de outros municípios (quase todos). O prefeito não se mostrou, em nenhum momento, sensível às necessidades de quem estava à mercê – e ainda está – do novo Coronavírus e arriscando sua vida como idosos e pessoas com morbidade.

E foi preciso haver reação da população, da oposição e a crítica final que fez o prefeito mudar de discurso e dizer que era possível vacinar foi uma postagem da ex-prefeita Rosalba Ciarlini sobre o problema. Duas horas depois desse fato o prefeito fez uma live, prometendo vacinação nos finais de semana. Tal fato fez muitos mossoroenses atribuírem até mais a Rosalba do que o próprio Allysson a mudança de itinerário. Ele apenas evidenciou com isso que não estava fazendo esforço algum antes, nem planejamento para atender aos grupos prioritários com a vacina contra a Covid-19.

Em linhas gerais, os 100 dias são marcados por um prefeito que gosta de fazer muita mídia e  marketing sobre pequenas coisas e obrigações corriqueiras de uma prefeitura como limpar ruas. Diga-se de passagem: a limpeza urbana mostra-se pior nestes 100 dias . Inaugurou  obras, as quais mais de 90% foram feitas  pela gestão anterior. Allyson se mostra craque em fazer estardalhaço sem necessidade. E chega ao ponto de ser deselegante com sua mania de aparecer. Tanto que em placas que constam dos equipamentos públicos entregues deixados praticamente prontos por Rosalba,  o prefeito colocou seu nome surge em letras maiores do que os homenageados que dão nome ao posto de saúde e à creche em questão. Uma descortesia aos homenageados.

Para completar a série de gafes dos 100 dias de gestão, teve a festa de aniversário feita para a primeira-dama Chinthia Raquel Pinheiro realizada no Salão dos Grandes Atos do Palácio da Resistência, além de gravação de mensagem alusiva ao Dia da Mulher, também pela primeira-dama dentro da Prefeitura. Dentro do partido Solidariedade é dado como certo o lançamento da esposa candidata a deputada estadual e tais iniciativas seriam um preâmbulo desse projeto. Mas, para tal, usa a estrutura do poder público municipal. Muito papo e pouca ação.

Para concluir, os 100 dias de gafes, o prefeito praticamente esconde as obras do Finisa, que se configura como um “presente de ouro” deixado por Rosalba Ciarlini ao seu sucessor. Recursos para 40 obras conseguidos pela antecessora. Mas muitas obras estão paradas e/ou foram arrasadas, bem como calçamento de ruas com emendas do Deputado Federal Beto. Existem queixas concretas de salários em atraso, como o pessoal que trabalha na Almeida Castro que não recebe o repasse da Prefeitura há dois meses e também de funcionários terceirizados. Esses 100 dias tem a marca de muita história mal contada e o silêncio de 90% da imprensa. Nenhuma ação efetiva. Nenhuma reforma. Nada de grandioso como ele prometia em seu discurso. Até agora, só decepção. Hoje , chega a notícia, enfim de uma nova mudança de Allysson, a do brasão oficial da Prefeitura que terá um destaque maior da cor azul. Artifício de velha política em pleno 2021. 

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