Prefeitura Municipal de Assú

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Allyson tem um "fantasma" para chamar de seu

Diferentemente do que disse o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), o "caso Kadson" não é coisa do passado e tampouco foi totalmente resolvido. O blog entende que o prefeito quer evitar o escárnio moral e até jurídico e, para tanto, recorre às falácias para evitar o dano maior. O prefeito vive, verdadeiramente, a tese que se apresenta na música de Lulu Santos: "... nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia..." E, realmente, tudo passa. Tudo sempre vai passar. Até a imagem do bom gestor, ético e comprometido com os valores cristãos e morais. A casa cai e com gosto de gás, aludindo à outra canção do passado: "... Meu mundo caiu"...". E caiu bonito.

Não cola, jamais, a história de que o prefeito disse em Natal: que não sabia que seu, hoje, ex-auxiliar (Kadson) tinha condenação com o trânsito em julgado de processo relacionado à falsificação ideológica. Ora, se a equipe de Allyson expôs o sigilo fiscal do espólio de Adalgisa Rosado (viúva do governador Dix-sept Rosado), por quais motivos não saberia da condenação de um auxiliar? Quer dizer que a pesquisa jurídica se volta apenas para quem é adversário? Sinceramente, não existe a menor possibilidade de alguém acreditar nessa versão.

Resta saber se a queda vai ser aproveitada pela oposição ou se os que pensam ser opositores vão permitir o ruir completo de um escombro chamado Mossoró. Sim, porque apesar do prefeito abrir o pulmão e pousar de bom gestor, a periferia padece. Pessoas que moram no Nova Mossoró, Alto das Brisas, Rincão, Parque Universitários e outros bairros que ficam distantes dos holofotes da mídia palaciana estão penando. No popular, comem o pão que o diabo amassou e muitos moradores estão perdendo o direito de usar o automóvel. Tão grande é o descaso e que é comparado apenas com a buraqueira que permeia a periferia mossoroense.

E a situação piora, ainda mais, com a afirmação feita pelo prefeito, em Natal, de que a Prefeitura de Mossoró, teria como auxiliar o Governo do Estado a resolver o problema da BR-304. Ora, se a gestão mossoroense não está dando conta nem dos problemas da cidade, como é que vai resolver algo que é próprio do Governo Federal? O prefeito acha que o cidadão é um "Zé Mané" que deve ser ludibriado o tempo todo por palavras jogadas ao vento.

Seria melhor o prefeito resolver as questões de Mossoró para, depois, pensar em um olhar estadual. Afinal, ele não foi eleito para focar em questões estaduais ou federais. Falta explicar muita coisa que atormenta a vida dos mossoroenses. E o prefeito sabe, com muita propriedade, quais dúvidas carecem de esclarecimentos para que não pairem questionamentos acerca da sua gestão. Caso fique na onda de que nada sabe ou que nada fez, quem terá tido a ideia de, por exemplo, contratar uma empresa fantasma ou comprar uma jardineira superfaturada? 

E é por isso que o Ministério Público entra na jogada para que exista, de fato e de direito, uma administração pautada na impessoalidade, eficiência, moralidade, publicidade e legalidade, que são os princípios da gestão pública.


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