Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Realidade escancara falsa verdade defendida pela gestão mossoroense

Mossoró está com todas as condições favoráveis a ocorrência de surtos de dengue, zica, chikungunya, além de viroses diversas e próprias do período de chuvas. A Prefeitura Municipal segue distante da solução dos problemas que afetam diretamente as pessoas e em praticamente todos os bairros e também na zona rural. A sorte é que o vetor que possibilita o surgimento de doenças ainda não ocorreu e se isso acontecer a cidade de Santa Luzia corre o risco de ficar completamente à própria sorte.

As críticas que surgem contra a administração municipal não são frutos do acaso. Há uma razão para que as insatisfações populares comecem a ganhar corpo e assumir contornos políticos em virtude do que alguns chamam de omissão do poder público mossoroense. Por conta disso, e somente por isso, existe a preocupação acerca dos problemas que afetam as pessoas.

Ao circular pelos bairros da cidade a cena parece ser a mesma. Muda-se apenas o endereço: lixo, buracos e muita lama se avolumam e expõem a fragilidade da gestão que dizia ser a diferença e que iria transformar a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. E realmente houve a mudança: Mossoró saiu de um patamar de razoabilidade administrativa para o quase caos.

Vejam só o que aconteceu no domingo, quando moradores do bairro Nova Mossoró, cansados da ausência do poder público mossoroense, protestaram na entrada do bairro e bloquearam a BR-304 com queima de pneus.


A medida apresenta o drama por qual passam as famílias do Nova Mossoró, que se veem em meio a lama, lixo e mato sem que a Prefeitura de Mossoró chegue junto ou que haja uma ação enérgica da parte de quem está no poder.

O caos e o abandono se alastram por todo canto. Na zona urbana, por exemplo, a falta de cuidados e manutenção com os equipamentos públicos pode provocar tragédia. É que neste final de semana que passou uma pessoa sofreu descarga elétrica por conta de um fio caído na praça dos Esportes. Caso não haja atenção e reparo, alguém corre o risco de morrer ali.

Aliado aos problemas estruturais – já que a gestão atual não concretizou o que defendeu no seu começo – a crise moral e ética ronda o Palácio da Resistência e triplica a insatisfação popular: os alagamentos continuam provocando dores de cabeça aos moradores da periferia, obras que deveriam ter sido concluídas e entregues estão inacabadas e falta-se com respeito aos servidores públicos quando direitos lhes são negados.

Os recursos do Finisa deixados pela gestão anterior acabaram há quatro meses. Daí a preocupação sobre como os recursos estão sendo administrados. A falta de transparência implica em mais uma crise: a legal.

As redes sociais da Prefeitura de Mossoró já começam a ser invadidas pela opinião popular, que apresenta a real face do abandono do Executivo às necessidades do povo. 

Falta sensibilidade administrativa e sobra espaço para a contínua megalomania: Mossoró acabou de vivenciar a maior greve da sua história, dos professores.


Falta medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde, além do básico no Hospital Psiquiátrico de Mossoró Dr. Milton Marques de Medeiros (antigo Hospital São Camilo de Léllys).


A crise existe há algum tempo, mas a gestão atual prefere negar a realidade e apostar todas as fichas em contar uma história adversa à realidade. E, para isso, deixa entender que a vulnerabilidade social das pessoas, a falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde e a funcionabilidade da administração como um todo, tudo isso não importa e o que vale é a propaganda, que sai a um valor altíssimo, de que a cidade está bem cuidada. Quando, na verdade, a realidade por si só escancara a falta de veracidade no que é dito pela Prefeitura de Mossoró.

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente artigo, professor Edilson Damasceno. É notório que o prefeito "blogueirinho" gosta mesmo é de holofotes. Já a administração dele deixa muito a desejar. Muito mesmo.