Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 3 de abril de 2023

A UERN merece respeito

Quem apenas passou pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) apenas fala superficialmente das suas atribuições e cobra algo que, indubitavelmente, precisa ser analisado, avaliado e cientificado. A UERN não pode se dar ao luxo de atender pleitos diversos sem que esse processo ocorra, daí a necessidade de ser objeto de análise do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e do Conselho Universitário (CONSUNI). Saliente-se que existem órgãos internos que são coordenados por profissionais da mais alta estirpe acadêmica para deliberar sobre temas específicos e que envolvam a comunidade uerniana. Então, falar da Universidade do Estado do RN requer, acima de tudo, conhecimento de causa. Fugir desse pressuposto seria leviandade.

De maneira que o caso que se destaca na comunidade mossoroense, de uma candidata que foi aprovada dentro do limite de vaga para Pessoa Com Deficência (PCD), merece uma análise bem mais complexa do que um simples achincalhe moral, que é o que se faz por parte da imprensa da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte,

Quem  viveu a UERN, e não quem apenas passou por ela, sabe perfeitamente que o Departamento de Apoio à Inclusão (DAIN) não permitirá, jamais, que uma injustiça seja praticada por quem quer fazer parte da Universidade, academicamente falando. Até porque as teorias que se discutem na atualidade, voltada para deficiências diversas, são estudadas na UERN. Quem teve a oportunidade de cursar, por exemplo, alguma disciplina envolvendo a Psicologia e a Pedagogia, como a Psicologia da Educação,. vai compreender. Teóricos diversos são estudados. E, se o olhar for meramente jurídico, é preciso buscar a etimologia da palavra Justiça, bem como o seu surgimento, para compreender que nem sempre o que se pede é o que se terá. Justiça é justamente "dar a cada um o que lhe pertence."

Assim, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte precisa checar, analisar e validar o que lhe for apresentado. Até porque existem graus diferentes de deficiência. O titular deste espaço, por exemplo, usa óculos, portanto, tem deficiência visual. Mas não se enquadra no que preceitua a legislação à obtenção de algum direito. 

O que se quer dizer aqui é que não se pode, em nome da suposta garantia de algum direito, macular a imagem de uma instituição como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Talvez, na tentativa de se concretizar algum desejo particular, partiu-se para a inversão das regras. Mas não se pode, contudo, seguir por esse caminho. A UERN, assim como toda e qualquer instituição pública, segue os ditames da retidão, coerência e, acima de tudo, do respeito à dignidade das pessoas. É isso que se aprende em todo e qualquer curso. É isso que é defendido. A UERN merece respeito.

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