Muitos pensam que 2022 demora. Em tempos normais, sim. Para uns, sim. Mas para quem tem interesse em espaços políticos, nada mais propício de que o momento atual, de prestar atenção no que prefeitos e prefeitas estão fazendo para,mais na frente, jogar a famosa bomba de efeito moral para minar terrenos políticos e, consequentemente, atrair a atenção do eleitor. Muitos municípios do Oeste potiguar já estão com "olheiros" de plantão. Qualquer canetada considerada suspeita e que seja publicada nos Diários Oficiais, com certeza, será "printada". Terá muita serventia mais adiante.
E é natural que as coisas andem dessa maneira. Nenhum prefeito ou prefeita pode achar que, somente pelo fato de ter vencido uma eleição vai ficar, digamos assim, surfando em mares tranquilos o tempo todo. Não se espera mais 100 dias para se meter o sarrafo. Esta ideia é do passado e hoje qualquer deslize é motivo para desconstrução moral e política.
Um exemplo mais claro disso e que se vê na maioria das cidades brasileiras, é o político ou política afirmar que vai fazer tudo diferente do que seu adversário faz, mas, quando ganha, apresenta a mesma coisa. É como existisse uma espécie de manual a ser seguido. Para ser mais claro: critica-se, por exemplo, o nepotismo. Mas, entra gestão e sai gestão, a parentada logo ganha destaque. Seja em cargos de comissão ou em outros mecanismos que se possa imaginar. A licitação tem sido uma boa alternativa para alguns.
Tudo isso está sendo anotado. Nada do que se apresenta agora passará em branco na eleição do ano que vem. Sim, porque é preciso planejar ações futuras. E não seria diferente em uma campanha eleitoral. Sabe aquela frase "eu tentei avisar"? Pois é... Tudo indica que vai ser muito usada de agora em diante. E o que é pior é que gestores e gestoras agem como se não precisassem de nenhuma orientação. O fato de possuírem o diploma de prefeito ou prefeita os colocaria em local de destaque. E não é bem assim.
Na administração pública atual, o que mais se preza é a transparência. A comunicação acaba, de alguma maneira, tendo papel importante para evitar problemas para uns já em 2022. O gestor ou gestora que fizer "ouvido de mercador" corre sérios riscos de perder a credibilidade que pensa ter. E mais: perderá, também, os votos que pensa controlar. Afinal, já se diz que a política muda conforme as nuvens.
A fumaça que já se percebe em alguma cidade é sinal claro de que o fogo foi aceso. E se não houver a preocupação em apagá-lo, a tendência e que ele se alastre e comprometa tudo.
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