A deputada
estadual Larissa Rosado externou que sua posição em relação ao governador
Robinson Faria (PSD) é de oposição. Nesta entrevista ela critica a gestão dele
e frisa que se passaram dois anos sem que tem há havido “presença” do
governador em momentos críticos e citou áreas carentes: segurança e saúde.
Nesta conversa com o blog, a parlamentar fala sobre sua provável ida para o
PMDB, eleição de 2018 e outros. Leia abaixo:
A senhora já decidiu se vai para o
PMDB?
A conversa com o PMDB existe desde a
mudança da presidência no nosso partido, o PSB, no Estado. Não concordamos com
a forma com essa mudança foi conduzida e surgiram alguns convites. O
PMDB, é claro, nós temos muita afinidade. Eu nasci politicamento no PMDB. Fui
presidente do PMDB jovem, eleita deputada estadual a primeira vez no partido.
Nosso grupo esteve no PMDB por mais de 20 anos. Então, a conversa é amigável e
com afinidades. Mas, apesar de adiantadas, as conversas não foram fechadas.
Como a senhora analisa a vinda do
ex-prefeito de Almino Afonso, Lawrence Amorim para Mossoró, se filiar ao PMDB e
ser uma das apostas para 2018?
É natural que o
partido queira nomes novos para o seu quadro, especialmente nomes que venham
dar oxigenação. Lawrence foi prefeito de Almino Afonso por dois mandatos, fez
uma grande gestão e não vejo problema nenhum em ser apontado como um nome
para 2018. Precisamos, na política, de nomes que venham a somar, e, acredito
que ele é um nome que soma.
O seu retorno à Assembleia
Legislativa garante a Mossoró representante na Casa. Como a senhora vai
trabalhar nesses dois anos?
Mesmo sem mandato, não me abstive de
levar a voz de Mossoró às autoridades. Nesses dois anos que estive sem mandato,
fui para a rádio 93 FM onde conduzia um programa que levava os anseios da
população para mais perto de quem poderia resolve-los. Essa é a nossa forma de
trabalhar, ouvindo as pessoas. Continuo fazendo isso, agora, com mandato e é
através do apelo, do pedido, da sugestão, que estamos montando nosso mandato.
Existem algumas bandeiras que serão prioritárias, como o desenvolvimento
econômico e social do nosso Estado, muito especialmente, de Mossoró, mas, não
podemos esquecer a questão da segurança, que assusta cada vez mais o potiguar.
Mossoró, por exemplo, já contabiliza 29 assassinatos. A saúde, tão debatida e
sofrida, também será abordada por nós na Assembleia. A Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte e a necessidade do seu fortalecimento, principalmente na
luta pela autonomia financeira, terá seu espaço. Aliás, já solicitamos uma
audiência para discutir o tema. Não podemos deixar que a Uern, patrimônio do
Estado, seja esquecida pelo Governo do Estado. A geração de emprego e renda,
que interfere diretamente nas familias que mais precisam, é um tema que
debateremos bastante. Enfim, estamos atentos aos problemas do norte
riograndense e faremos com que essas questões tenham eco para que as soluções
sejam encontradas o mais rápido possível.
As eleições de 2016, em Mossoró,
unificaram a família Rosado. A senhora acha que esse fator será benéfico em
2018?
Quando começamos a conversar com o
grupo da atual prefeita Rosalba Ciarlini o nosso objetivo era tirar Mossoró do
total descontrole que se encontrava. Não conversamos às escondidas, toda Mossoró
acompanhou nossas conversas e aprovou. Estamos confiantes que a prefeita fará
uma gestão comprometida, responsável, retomando o desenvolvimento de nossa
cidade. O momento é de devolver a Mossoró a sua autoestima e, para isso,
estamos todos unidos nesse propósito. 2018 será conversado quando for
necessário, por enquanto, o foco é Mossoró.
No âmbito estadual, é sabido que o
governador Robinson Faria enfrenta dificuldades em vários setores. Como a
senhora avalia o desempenho dele?
Já se passaram dois anos e o
governador ainda não mostrou a que veio. Alardeou que seria o governador da
segurança e, infelizmente, nós estamos vivendo a pior crise de segurança do
Estado do Rio Grande do Norte. A saúde caminha a passos lentos, os hospitais
regionais estão sucateados, os servidores estão com salários atrasados e com a
autoestima lá embaixo, o que acaba por influenciar na prestação do serviço à
população. Então, de nossa parte, ele terá o apoio aos projetos que foram de
importantes para a melhoria da qualidade de vida do cidadão, mas também, a
fiscalização diária do que está sendo feito e como estão sendo empregados os
recursos do nosso Estado. Pessoalmente, torço para que o Governo se encontre e
consiga dar vazão aos problemas que acontecem no RN.
O prefeito Carlos Eduardo Alves, de
Natal, é pretenso candidato ao Governo do Estado. Diante de problemas que são
constatados na capital, a senhora vê que ele tenha condições de tentar salvar o
Rio Grande do Norte?
Bom, primeiro, eu nunca vi ou ouvi declarações do prefeito Carlos
Eduardo que concorrer ao Governo do Estado seja sua pretensão. Que ele é
considerado pela população de Natal um bom gestor, ficou claro com a sua
reeleição. Mas, como já falamos anteriormente, até pelas dificuldades que os
municípios e governos enfrentam, a questão politico-partidária deve ser tratada
um pouco mais pra frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário