Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 22 de setembro de 2015

PMM desconta imposto de servidor e não repassa ao Sindiserpum

O titular do blog esteve pela manhã desta terça-feira na Câmara Municipal. De cara, recebe uma folha com alguns números, os quais são intitulados de "Dívidas". O documento estava com o vereador Genivan Vale e, obviamente, entregou cópia ao blog. Uma verdadeira dança numérica, com valores de R$ 40 mil a R$ 15,8 milhões. Este último está ligado à PreviMossoró, objeto de pedido de afastamento do prefeito Silveira Júnior (PSD). Algo que dificilmente ocorrerá, pois o prefeito tem maioria e, definitivamente, a Câmara não está ali para representar o povo, e sim para ser responsável à inibição de qualquer possibilidade de questionamento ao inquilino do Palácio da Resistência. É fato inconteste.

Um dos números, listados pelo vereador Genivan Vale, um deles chamou a atenção. Não pelo valor. Mas pelo motivo de estar ali: o imposto sindical, que é cobrado de todo e qualquer servidor público, com desconto no contracheque, cujo valor não estaria sendo repassado ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum).

Com tal informação em mãos, o blog foi conversar com o vice-presidente do sindicato, Gilberto Diógenes. E ele confirmou: a Prefeitura de Mossoró está deixando de repassar R$ 350 mil de imposto sindical desde abril passado. O total do débito é de R$ 350 mil. Os valores foram reafirmados por Eliete Vieira, diretora financeira do Sindiserpum. Mas e por qual motivo a Prefeitura não repassa? perguntou o blog. E a resposta não poderia ser outra: "pergunte ao prefeito", disse Eliete.

A sindicalista afirmou que o Sindisepum tem buscado, desde abril, o pagamento relacionado ao imposto sindical, o qual já foi quitado pelos servidores. Mas os valores não foram repassados pela Prefeitura de Mossoró. "Temos tentado convencer o prefeito sem procurar a Justiça e temos cobrado. Mas sempre se alega a crise. Mas é algo que já foi descontado do salário dos servidores", disse.

A questão é que o assunto vai ficar, mais uma vez, sem a resposta da Prefeitura de Mossoró. Parece que a ordem que reina no Palácio da Resistência é não "dar trela" às denúncias que envolvem dinheiro. E mais: a Prefeitura trabalha com a teoria de que não deve apresentar explicações, como se a verba utilizada em toda e qualquer ação fosse particular. Algo que é equivocado. Trata-se de verba pública e a PMM deve, sim, prestar todos os esclarecimentos. Tantos quantos forem necessários. Afinal, é patrimônio público.


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