Por ampla maioria, os
trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás, lotados nas bases da
companhia sediadas no Rio Grande do Norte, decidiram referendar a realização da
greve, por tempo indeterminado, a ser deflagrada a qualquer momento, em data a
ser indicada pela Federação Única dos Petroleiros – FUP. As sessões
deliberativas destinadas a apreciar a proposição foram concluídas nesta
sexta-feira, 11, com a realização de uma concorrida assembleia, na sede
administrativa da Petrobrás, em Natal.
Em todos os debates,
os trabalhadores analisaram a conjuntura econômica e política nacional e os
reflexos na Petrobrás, assim como a nova estratégia negocial da empresa, que
tenta impor um modelo segmentado, por subsidiárias, a fim de enfraquecer o
movimento e abrir caminho para a diferenciação de direitos. Convencidos dos
equívocos da orientação gerencial que vem sendo imposta à Companhia, os
trabalhadores rejeitam o Plano de Negócios e Gestão – 2015/19, aprovado pelo
Conselho de Administração, repudiando o corte de investimentos e a venda de
ativos.
Antes de falar em
salários ou outros ganhos econômicos, os trabalhadores querem garantias de que
a Petrobrás será mantida como empresa integrada de energia e não como um
negócio segmentado, que adota a mesma lógica das petrolíferas privadas. Isto,
porque, no entendimento da categoria, o que a atual gestão vem buscando é a
transformação da companhia em uma empresa focada na produção e exportação de
óleo cru, extraído do pré-sal, sem qualquer preocupação com a promoção e
geração de mais empreendimentos e empregos de qualidade nas demais regiões do
País.
Por isso, na pauta
reivindicatória encaminhada à Direção da Petrobrás, ainda no mês de julho, além
da recomposição de efetivos, política de SMS e da garantia de que não haverá
qualquer retrocesso nos direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos
últimos 12 anos, a categoria cobra a manutenção dos níveis de investimentos,
inclusive em campos maduros; preservação de ativos; incorporações de unidades
controladas e subsidiárias, e a discussão sobre a estrutura organizacional,
entre outros pontos.
Nesta sexta-feira, 11, a direção da FUP se
reunirá no Rio de Janeiro, para debater e traçar os novos passos e estratégias
da construção da greve nacional dos petroleiros, que pode ser deflagrada a
qualquer momento, por tempo indeterminado.
Fonte: Assessoria
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