A ordem natural das
coisas políticas, definitivamente, mudou. O PMDB, de coadjuvante no cenário
nacional, passou a ditar as regras do jogo, deixando meio mundo de gente
estarrecido com a desenvoltura de sua fome pelo poder.
De 2010 - quando chegou
à vice-presidência com Michel Temer - para cá muita coisa mudou. De "pau
mandado" passou a mandar. E ai de quem não seguir, cumprir ou atender o
que a legenda quer. Que o diga a presidente Dilma Rousseff (PT).
Depois daquele programa
de TV, no qual os peemedebistas de "peso" apareceram e alardearam que
seriam o "futuro" do Brasil, que isso e aquilo. Isso em 26 de
fevereiro que passou
Dessa data para cá, o
que se viu foi que realmente alguma coisa mudou. E para pior. Especificamente
para o País, que se viu praticamente dividido entre ricos e pobres, entre
esquerda e direita. Como se o discurso de esquerda e direita ainda tivesse como
ser praticado.
Como se o PMDB, hoje,
não fosse atrelado à política esquerdista e como se o PT não fosse, do mesmo
modo, obrigado a mudar o discurso de transformação social. Do dia 26 de
fevereiro para cá, o que se tem percebido é que muito do que acontece na
política brasileira teria o dedo do PMDB.
Não fosse assim, não
faria sentido algum a presidente Dilma Rousseff extinguir a Secretaria de
Articulação Política, que tem o objetivo de estreitar o diálogo entre o Palácio
do Planalto e o Congresso Nacional, e entregar a função, bem como todos os
poderes, ao vice-presidente Michel Temer.
Assim como também não
faria sentido Dilma resolver, de boa vontade ou não, abrir mais espaços aos
peemedebistas no Governo. Entende-se perfeitamente que o que está em jogo não
seria apenas o fato de se ter dois discursos de Dilma: um na campanha e outro
depois que foi reeleita.
O que está em jogo não é
a tentativa dos tucanos de propagar o defenestrável terceiro turno. O que se
discute aqui é que o governo do PT está sendo estraçalhado por um aliado que
quer o óbvio: poder. Nem que para isso ponha o próprio governo na contramão da
história e pressione, com toda a sua força política (algo que realmente o PMDB
tem, já que comanda a Câmara Federal e o Senado), para fazer valer o óbvio:
quer mais e mais.
A fome dos peemedebistas
já está mais do que evidente. E parece que não tem cargo nenhum que possa saciá-la.
Ao que se configura, somente o posto de presidente da República poderá acabar –
se é que existe esse verbete para os peemedebistas – com a animosidade que se
percebe em pronunciamentos dos parlamentares, seja na Câmara Federal ou no
Senado, da base aliada da presidente Dilma Rousseff.
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