Prefeitura Municipal de Assú

domingo, 26 de outubro de 2014

Henrique quis o que não podia e acabou levando o que não queria

Onde esteve o erro? Talvez encontrá-lo não represente mais nada. Afinal, as urnas já falaram. O presidente da Câmara Federal, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) - com 44 anos de vida pública e 11 mandatos de deputado - perdeu para o vice-governador Robinson Faria (PSD).

Mas e o erro? Talvez não se deva falar nisso. Afinal, o que faltou foi voto. Simples assim. Mas é preciso ressaltar alguns elementos que levaram à derrota de Henrique. E o blog vai se ater a Mossoró, que levou Robinson Faria ao segundo turno. Henrique quis demais e teve de menos. Quis unir um leque considerável de força política em torno de si, mas não soube trabalhar esse potencial junto ao eleitor.

E o que aconteceu antes disso, da defenestração que o DEM fez com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tenha sido um dos pontos pesados no resultado das urnas. O DEM tirou Rosalba do páreo para apoiar Henrique.

O eleitor não compreendeu bem a junção de ex-governadores em um palanque só. Como se ex-governadores pudessem garantir sucesso eleitoral. Já se diz que ex é ex. A força política que tiveram no passado já não vale para agora. Anos se passaram e o perfil do eleitor mudou. E houve o que se costuma dizer: o eleitor não engoliu o "acordão", algo que Robinson Faria soube trabalhar e, ao final, as urnas mostraram que ele acertou.

Para se ter ideia da rejeição da decisão tomada pelo DEM - em Mossoró o governador eleito obteve 79.619 votos contra 31.489. Uma diferença de 48.135 votos pró-Robinson Faria. Em Mossoró, terra da governadora Rosalba Ciarlini, a candidatura de Henrique não foi bem aceita. 

Além disso, teve o papel forte do prefeito Francisco José Júnior (PSD), que deu visibilidade a Robinson onde ele menos esperaria.

Em Natal, onde Henrique saiu ganhando no primeiro turno, perdeu no segundo. Henrique obteve 161.808 votos. Seu adversário ficou com 175. 435.

Em suma, Henrique quis o que não podia e acabou levando o que não queria: a derrota.

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