Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O alvo é Rosalba Ciarlini

O alvo, ao que se configura, não é a prefeita Cláudia Regina (DEM), que tem arcado com todo o ônus de ter sido apoiada pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM). A mira da Justiça Eleitoral é a própria governadora. O blog pode estar redondamente enganado, mas é a leitura que se faz das recentes decisões judiciais na esfera eleitoral em Mossoró.

Todo mundo sabe que a governadora não está em alta com a cúpula da Justiça potiguar. A briga que ela trava com os outros poderes é grande. Ainda mais quando mexe com recursos que, segundo afirmam os seus representantes (Judiciário, Legislativo e Ministério Público), afetam a folha de pessoal. Daí a ideia, falsa ou não, de que a prefeita de Mossoró estaria ou entraria na briga que não é dela por simples e complicada participação da governadora na eleição mossoroense. Algo bem difícil de entender. E o leigo, tal qual o blog, não compreende bem o que se quer ou se pretende decisões judiciais, que devem ser cumpridas - mas também questionadas no próprio âmbito judicial.

E é assim, com esse pensamento que a assessoria jurídica da prefeita Cláudia Regina já anunciou que recorrerá da terceira cassação do mandato dela e do vice-prefeito Wellington Filho (PMDB). Vai, mais uma vez, defender a tese de que a prefeita não cometeu nenhum ato de infração à Justiça Eleitoral.

Até porque as decisões anunciadas versam sobre o comportamento da governadora Rosalba Ciarlini em Mossoró. Agora a bola da vez diz respeito ao uso descompassado do avião pertencente ao Governo durante o pleito eleitoral passado. Foram cerca de 60 idas e vindas a Mossoró. Nenhuma delas utilizadas pela então candidata Cláudia Regina. Todas por Rosalba.

Daí a tese explicitada pelo blog de que o alvo não é Cláudia Regina. É Rosalba Ciarlini, a governadora, quem a Justiça quer pegar pelo pé. Até para que ela possa sentir, perceber ou ter ciência de que não é a detentora do poder máximo no Rio Grande do Norte. É preciso entender que o direito do outro termina onde o seu começa. Do mesmo jeito é o poder.

Rosalba tem pecado pela autossuficiência externada ao longo de seu mandato. É certo que ela assumiu um baita abacaxi. Mas não tem como, mesmo sendo governadora, tomar decisões sem consultar outros poderes. O poder do Executivo não influi nos demais. E isto se evidencia a partir do momento em que representantes de outros poderes passam a defender o impeachment dela.

Ou querem sinais mais claros de que o alvo não é a prefeita, e sim a governadora?

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