Prefeitura Municipal de Assú

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sindicatos externam prática danosa à sociedade

Há momentos e momentos (não-momentos). Na manhã de hoje, um esses raros lances de hora e local errados, uma manifestação contradisse todos os preceitos e todas as teorias que se tem de entidades de classe organizadas, seja sindicatos ou associações. Ocorreu no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, onde Governo do Estado e Prefeitura de Mossoró assinaram parceria com a empresa A&C à abertura de cerca de três mil postos de trabalho.

Pois bem: lá estavam sindicatos (Sindserpum e representantes da CUT) para externar descontentamento contra a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Evidenciaram que ali no teatro ocorreria evento público e, por conseguinte, eles teriam todo direito de apresentar faixas e cartazes, vaias e o que achariam conveniente para o momento.

Ora, qualquer sindicato tem o direito de lutar e reivindicar por melhorias para seus filiados. Em se tratando de servidores públicos, a ação se legitima ainda mais. Ocorre que ali no Teatro Municipal não ocorreu uma mera ação pública. Envolvia um a empresa privada. Para ser mais claro: Parceria Público-Privada (PPP). Portanto, caia por terra a alegação de que o teatro seria (e é) espaço público e o evento, também público. Certamente os manifestantes não sabiam que a pauta do teatro havia sido solicitada pela empresa, que pagou a pauta. Logo, o evento passou a ter caráter privado.

A chegada da governadora Rosalba Ciarlini foi a certeza de que os poucos manifestantes ali não sabiam distinguir nem o que eles reivindicavam. Pelas faixas, o movimento se direcionavam ao Governo Federal, já que pedia respeito aos médicos cubanos, ou então à Confederação dos Médicos.

O que se externou foi que o Sindserpum e a CUT estavam contra a instalação do Call Center da empresa A&C em Mossoró e, consequentemente, pela não-criação de cerca de três mil postos de trabalho.

O que o blog quer dizer é que não se distingue mais o papel de sindicato e de instituições que representam trabalhadores com o do perfil político que seus dirigentes possuem. Tudo se tornou banal. Questões maiores se apequenaram e o que se vê é uma inversão total de valores, na qual a política partidária assume cada vez mais espaços em entidades que deveriam lutar pela igualdade e pela justa Justiça. Os conceitos pré-estabelecidos de política afloram e mostram que sindicato algum tem, realmente, interesse coletivo e que tudo o que interessa é a velha e danosa política partidária.

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