A mudança na cor do brasão de Mossoró, símbolo utilizado pela Prefeitura para designar o executivo, ganha ares de algo problemático. É que nenhuma administração pode mais personificar ou personalizar suas ações. Como uma forma de chamar a atenção e fazer ligação do ente público com a cor da sua campanha política, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) faz uso de algo que passa alheio aos olhos do cidadão comum: a semiótica.
Sim, para quem estuda as formas de
comunicação, a semiótica é um prato cheio para quem quer chamar a atenção para
a particularização no serviço público. Mesmo que seja por meio de uma cor. O
azul que ganha contorno no brasão de Mossoró esteve presente na campanha
eleitoral de Allyson Bezerra no passado.
Não se trata, portanto, de aprimorar o
brasão. Porque se fosse, deveria passar pelo crivo do Legislativo. O prefeito
não pode tudo. Tem sua ação limitada. E o que se percebe é uma clara tentativa
de unir a Prefeitura de Mossoró, por meio do brasão, à figura política de
Allyson Bezerra. Algo que não é permitido há algum tempo. Ele só encontrou uma
maneira de driblar a proibição legal. Mas não quer dizer que vá ludibriar a
Justiça. Isso é outra história
Além disso, a mudança na cor do brasão se
constitui em gasto. O prefeito tem tanta coisa para investir, mas prefere
personalizar o brasão do município.
Externando assim uma megalomania danosa ao erário. Sim, porque requer custos. A
Prefeitura de Mossoró não disse quanto vai gastar para atualizar a cor. Porque
será preciso mudar tudo.
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