É preciso dar a mão à palmatória e
reconhecer: a saúde de Mossoró vem, aos poucos, sofrendo alteração positiva. Falar
sobre isso, para alguns, pode até ser complicado, pois se acostumou a fazer a
crítica pela crítica. Quando algo não está bom, obviamente, é preciso falar.
Mas quando se tem melhoria nos serviços o mesmo deve ser feito. Não que seja
algum favor, de reconhecer. Mas sim pelo fato de que estaria se aprovando tais
mudanças.
Recentemente a Prefeitura de Mossoró anunciou
fechamento (suspensão temporária de serviços) da Unidade de Saúde Mental
(Uisam). E a Prefeitura, obviamente, sentiu a pressão. Criticou-se e falou-se
em retrocesso. Evidentemente que, caso fosse o fechamento definitivo, realmente
faria sentido – a crítica.
Ocorre que a Unidade foi reaberta a pouco
tempo e com ampliação no atendimento. Algo que precisava. Até pela
particularidade do seu público alvo: pessoas com algum tipo de distúrbio de
comportamento, provocado por reações diversas, as quais vão de grau psicológico
ao psiquiátrico. E, em vez de atender durante o dia, quem precisar de suporte
poderá procurar a Uisam qualquer hora do dia ou da noite. Um avanço, sem
dúvida.
É bem verdade que o cidadão está acostumado a
criticar. E faz todo sentido. Afinal, paga-se tanto imposto e pouco é
retribuído pelos governos. Os problemas da saúde não são específicos e,
fatalmente, atinge a todos os municípios brasileiros. Diga-se de passagem: é um
dos serviços mais caros para se manter. Oneroso, mas altamente necessário. Daí
se dizer que quanto mais serviços se disponibilizar ao cidadão, melhor. Mas o
difícil é mantê-los.
Tivemos a abertura da UPA do bairro Belo
Horizonte, reestruturação e ampliação da Casa de Saúde Dix-Sept Rosado, a
ampliação da UPA do São Manoel e a abertura do CAPs AD 24 horas. No caso da Casa
de Saúde, é bem verdade que esta é mantida pela Apamim – associação beneficente
que teria perdido o prumo administrativo e sofreu revés jurídico e perdeu –
temporariamente, o comando da Casa de Saúde. Obviamente que foi preciso mudar,
também, o tipo de relacionamento envolvendo a Prefeitura e o hospital, já que
os atendimentos são via Serviço Único de Saúde (Sus).
É claro que muita coisa precisa ser melhorada.
Também é evidente que é preciso reconhecer alguns avanços. Se fosse diferente,
não fazia sentido algum somente se criticar. Esta só existe quando se tem algum
problema, alguma deficiência. E é natural em toda e qualquer administração
pública. E reconhecer não é demérito para ninguém. Implica dizer que algo foi
feito. E que este algo melhorou, de alguma maneira, algum cenário que precisava
ser alterado.
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