Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Um final de quem se deixa conduzir

O blog tem evitado ocupar espaços nas redes sociais neste período. Pouco surge de novidade e nem sempre é salutar escrever mais do mesmo. Fica parecendo pirraça. Coisa de menino buchudo, como se diz pelo interior. Mas, diante da falta de novidade, vamos lá escrever mais do mesmo. Parece até disputa majoritária de cidade pequena, onde candidatos à reeleição se apresentam como soluções de algo criado por eles próprios e ainda falam em continuidade nas mudanças. Só se for pra arruinar de vez o município. E olhe que pelas bandas da região Oeste é a praga que mais tem.

Mas vamos ficar por Mossoró mesmo: o prefeito Silveira Júnior (PSD) desistiu da candidatura. Nada de novidade, até porque todo mundo já sabe. Mas o que não se sabe ainda são os reais motivos da desistência. Em vídeos que circulam pelas redes sociais, o prefeito falou que resolveu abrir mão da disputa para evitar que a Prefeitura viesse a ser comandada pela coligação que ele chama de "acordão", em alusão à ex-governadora e ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Que sua candidatura só iria beneficiar Rosalba.

E é aí que a coisa não bate. Como é que um candidato deixa de lado seu projeto político para evitar que outro postulante seja vitorioso? Ao que o blog entende, candidatura se combate com candidatura. Projeto se combate com projeto. Política, do mesmo modo. Vai ver o que o titular deste espaço aprendeu, ou pensa ter aprendido, não foi lá essas coisas. Vai ver que um político que se candidata e, ao final do processo eleitoral, percebe que seu adversário vai ganhar, simplesmente sai de cena... Vai ver que seja o certo a se fazer e que não será mais preciso, sequer, haver mais candidatos.... Essa não dá para entender. Nem aqui nem na China.

De que adiantou ter o maior leque de apoio partidário e mais cerca de 200 candidatos a vereador? De que valeu tudo isso? Absolutamente nada.

Silveira pensou que conseguiria manter os 68 mil votos que obteve na eleição suplementar realizada em maio de 2014. Aquele cenário era outro. A cidade tinha saído de uma eleição anterior e esperava o fim de um problema que afetou todos, de maneira geral. E mesmo assim, naquele período Silveira teve o respaldo de lideranças que foram escanteadas por ele posteriormente. Cite-se a ex-prefeita Fafá Rosado e o ex-deputado estadual Leonardo Nogueira.,

Com a vitória nas urnas, Silveira tomou gosto e mal saiu de uma eleição e se meteu em outra: se candidatou à presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). Saiu dessa e encabeçou outra, indiretamente, ao apoiar maciçamente (diga-se de passagem que foi bem depois do processo ser iniciado) a postulação do então vice-governador Robinson Faria ao Governo do Estado.

Uma distância de tempo muito curta entre uma eleição e outra. E, nesse pouco espaço, mal teve como se dedicar à administração. E seu pecado começou justamente aí. Ele deixou que decisões fossem tomadas por terceiros. A imagem que se tinha do prefeito interino caiu por terra e o que se viu resultou na mensagem que ele apresentou na noite da segunda-feira que passou, quando anunciou que não era mais candidato à reeleição.

Silveira pecou, e feio, na comunicação. Deixou-se ser isolado. A tática de focalizar alguma coisa, a qual ninguém ainda sabe qual foi, não surtiu efeito. Promessas foram apresentadas e nenhuma se concretizaram: Santuário de Santa Luzia, camelódromo...

Obviamente que quem está no cargo e pleiteia a reeleição tem a obrigação de se projetar. Mas isso não aconteceu. A projeção proporcionada por sua Comunicação foi o inverso. Algo que veio a ser ajustado recentemente, com a ida da jornalista Luziária Machado para a Secretaria Municipal de Comunicação Social. Mas o estrago já estava feito. E grande demais para ser consertado.

O certo é que Silveira tinha tudo para ser a nova liderança política da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. Mas não soube aproveitar a oportunidade. Preferiu se deixar ser conduzido a conduzir algum projeto. E o que se viu foi uma série de desencontros e desatinos administrativos: kit de limpeza para as mães, timbre da Prefeitura em caixões para pessoas de baixa renda, além de outras ações que foram negativas e contribuíram, consideravelmente, para o fim melancólico de um projeto político que tinha tudo para dar certo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O preço

O choro da primeira-dama mossoroense Amélia Ciarlini, ao anunciar sua desfiliação ao PSD e afirmar que queria uma audiência com o governador Robinson Faria (presidente estadual do PSD), além de lembrar que a vitória de Robinson ao Governo do Estado teve apoio incondicional do prefeito Silveira Júnior (PSD), acabou expondo a fragilidade da candidatura do marido à reeleição.

É que Amélia se queixou do abandono político dispensado pelo governador ao prefeito. Para quem acompanha o desenrolar da campanha em Mossoró, o vídeo está sendo visto como "reconhecimento" da derrota. O blog não vê dessa forma. E trata o tema apenas como normal e dentro da realidade política da cidade. Era de se esperar que, mais dia ou menos dia, fato como esse acontecesse.

Silveira praticamente procurou o isolamento. Não se governa sozinho. E nem sozinho se caminha. O erro maior talvez nem seja do prefeito. A primeira-dama se queixou da falta de conhecimento das pessoas sobre as "obras" do marido. Ora, como as pessoas vão tomar conhecimento de algo que não é publicizado?

O Governo Federal, quando quer propagar alguma obra, compra espaço na mídia para informar o que está sendo feito E Silveira queria o que? Que rádios e jornais dissessem que ele estava fazendo alguma coisa, assim do nada? Empresas de comunicação são empresas privadas e precisam, obviamente, de lucro. Se a Prefeitura tinha o que mostrar, que comprasse espaço e divulgasse. Pelo visto, percebeu-se que a tática adotada não surtiu efeito. Reparos disso e daquilo não é obra. Isso se chama manutenção do que existe. E, convenhamos, não se deve louvar isso. Nada mais é do que obrigação.

O mesmo vem sendo dito, em outras palavras, na propaganda gratuita na televisão. Diz-se que "Francisco" investiu no corredor cultural e alude-se que colocação de lâmpadas led ou melhoria na iluminação do Memorial da Resistência teria sido uma das cinco "obras". Poupe-me" Isso não é obra, Nem aqui e nem na China. E cadê que se fala na melhoria do Corredor Cultural propriamente dita? Até agora nadica de nada. As cerâmicas continuam se desprendendo no Teatro Municipal Lauro Monte Filho...

Mas voltemos ao tal vídeo: a primeira-dama deixou claro que seu "rompimento" ou desfiliação do PSD seria por conta do "abandono" de Robinson a Mossoró. É que Robinson Faria ainda não deu "com as caras" por estas bandas. Teme ser atingido pelo percentual negativo que ronda a administração municipal. O governador deve ter seus motivos. O blog não vai entrar nesse mérito. Cabe ao governador dizer da sua ausência e se justificar.

Como o blog disse mais acima: Silveira colhe o que plantou. Sua comunicação foi totalmente centrada com o único objetivo de evitar que ele se comunicasse. Coisa que não existe em canto algum. Assessoria de imprensa é pra facilitar o entrosamento do assessorado com a imprensa. Algo que não se viu. O ensinamento que fica é que o próximo prefeito ou prefeita não recorra à mesma tática, pois esta não vinga. É altamente danosa. O resultado está aí: Silveira hoje não está na disputa pela Prefeitura. No máximo, luta para ficar na terceira colocação.

sábado, 20 de agosto de 2016

O blog bugou com o retorno de Rodolfo Fernandes

Quando se faz leitura de imagens, frases e se projeta algo em algum marketing, é preciso pensar nos efeitos que tal criação pode gerar. E, olhando o que o candidato Francisco (?) pôs nas ruas, fica a questão: como é que Mossoró vai avançar se o marketing deixa entender que a cidade deve voltar no tempo, especificamente em 1927? Outra coisa que não se encaixa, no refletir de "tico e teco" do blog, é o "abrir mão" de um nome conhecido. Por quais motivos Francisco (?) quer deixar de lado 'Silveira Júnior"? Não seria mais ele chamado Francisco José da Silveira Júnior? A quem o eleitor ou cidadão deve se referir? A Francisco, cujo nome surge a cada eleição para passar a imagem de fé e pegar carona no Papa Francisco e na humildade de São Francisco de Assis ou a alguém que diz ter experiência de 16 anos como vereador e que ficou conhecido pelo sobrenome?

Outra coisa que o blog refletiu foi o uso da expressão "Sempre resistir. Recuar, Jamais". Frase que consta do espetáculo "Chuva de Bala no País de Mossoró" e é atribuída ao prefeito de 1927, Rodolfo Fernandes. O marketing estaria tentando fazer alusão acerca do retorno de Rodolfo Fernandes? Se essa for a ideia, estaríamos inseridos em um contexto inimaginável, materialmente falando. No máximo que se pode vislumbrar seria a possibilidade do candidato Francisco ser a reencarnação do prefeito de 1927. E estaria aí em uma miscelânea religiosa que confunde tudo, pois uniria espiritismo e o evangelicismo, pois o candidato a vice-prefeito é evangélico.

Passar essa imagem ao eleitor, ao ver do blog, seria complicado. Principalmente na questão do avançar para retornar ao passado. Mas pode ser que a base do marketing seja a que a ciência nos apresenta: volta-se ao passado, analisa-se o presente e projeta-se o futuro. Mas e a tal frase? E a história da reencarnação? E, como já foi dito, o cidadão que não tem acesso às leituras, ficaria com a cachola em parafuso diante de tanta informação em única peça política.

Mas vai ver que a leitura que o blog faz não tem ligação com coisa alguma. Vai ver que o marketing do candidato Francisco está correto e que realmente é possível imaginar o retorno de Rodolfo Fernandes para impedir que alguém invada a cidade e peça 400 contos de réis para não provocar morte de muitos. Vai ver que é possível unir fé e política ou que será possível voltar ao passado e esquecer o presente, aliando um retorno ao futuro.

O titular deste espaço ficou bugado com essa história. Melhor assistir ao filme "De volta para o futuro" para tentar compreender o sentido de algo com alguma coisa.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Temporada de caça aos votos começou

O dito popular, de que "peixe morre pela boca", quando aplicado ao cotidiano das pessoas e dos que querem conquistar votos, casa perfeitamente com a realidade de Mossoró. Dias passados, quase no final da tarde, surge um grupo de mulheres que estava a serviço de determinado candidato a prefeito justamente na casa do titular deste espaço.

Conversa vai, conversa vem, ficou bem evidente a tentativa de desqualificar a posição de eleitores que pensam diferente de tal grupo. Obviamente que as mulheres foram devidamente orientadas para "vender o peixe" do seu patrão. O papo esquentou e uma delas alterou a voz. Algo bem típico de quem é contrariado e quer impor sua verdade à base do grito. Algo que não cola. Não com o blog. Grito por grito, a palavra mais alta que pode ser dita está no silêncio, no desprezo e na indiferença. E talvez foi o grito silencioso que incomodou quem quer se sobressair.

Ora, em pleno século 21 ainda tem gente que quer fazer os outros de idiota. Foi-se esse tempo. Dizer por dizer, todo mundo diz. O difícil é dizer e comprovar. Algo que, definitivamente, as mulheres não foram devidamente orientadas. A culpa não é delas. É de quem diz uma coisa em público quando outra totalmente diferente é falada pelo coração. Assim não dá e é impossível enxergar verdade nessa incombinável dualidade.

Difícil acreditar em quem diz que vai fazer sem nada ter feito. É o básico para não acreditar na verdade que se quer vender. Ainda mais em política, área bem complicada para se unir algo complicado e que envolve o sentimento coletivo. E ali, na calçada, apenas uma constatação: a temporada de caça aos votos começou.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Pressa no ataque

Com o início da campanha eleitoral, na terça-feira que passou, todos os candidatos (a prefeito e a vereador) colocaram seus blocos nas ruas. O objetivo é o mesmo para todos: vencer. Pela atipicidade que se tem em Mossoró, que teve uma pré-campanha quente, seria natural que a coisa esquentasse ainda mais. Mas não é.

Quando se tem uma campanha repleta de acusações e "requetamento" de notícias para tentar minar o terreno do adversário, isso implica dizer que quem recorre a tal artifício não teria o que apresentar ao eleitor. Daí que assessores e "aceçores" mais atrapalham do que ajuda. Pelo que se vê nas redes sociais, tem gente que simplesmente esquece o básico do básico para apenas expor ao patrão que está fazendo seu "serviço". A agressão surge de maneira descontrolada. Algumas vezes com palavras de baixo nível. E vem a lógica: se assessores fazem isso é porque o chefe ou "chefa" pensa o mesmo e não o faz com receio de algum julgamento. Principalmente o popular. Mas já é possível fazer ligação de uma pessoa com outra, pois as informações sobre vínculos funcionais constam das próprias redes sociais.

E chega-se à conclusão de que o que vale é partir para o tudo ou nada antes mesmo da campanha se desenrolar. Pelo que se percebe, não querem nem esperar a tradicional descida da Avenida Presidente Dutra.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Milagre da multiplicação?

Vamos pensar: o prefeito Silveira Júnior perdeu as estribeiras e partiu para o ataque contra o JORNAL DE FATO, chamando o diário mossoroense de "jornaleco de merda" pelo fato de publicação de material jornalístico focalizando o avanço patrimonial dele em 557%. Isso com relação ao espaço compreendido entre duas eleições distintas: de 2014 e a deste ano. Em 2014, conforme informação prestada por Silveira à Justiça Eleitoral, ele tinha R$ 194.043,00 em bens patrimoniais.

imagens extraídas do blog do Magnos Alves

Agora, com o registro de candidatura solicitado à Justiça Eleitoral, Silveira informou ser dono de patrimônio estimado em R$ 1.080.816,43. Algo, matematicamente falando, fabuloso para quem não teria nenhuma despesa. Mesmo assim, e levando-se em consideração que Silveira está na função pública de prefeito há 27 meses, e levando-se em consideração que o salário dele, enquanto gestor, é de R$ 22 mil, teríamos aí algo a questionar.

Multiplicando-se 27 meses pelo valor do salário dele, chegaríamos ao total de R$$ 594 mil. Somando-se ao valor patrimonial que ele declarou ser dono em 2014, se teria o montante de R$ 788 mil. Mas é preciso levar em consideração que ninguém, em sã consciência, crê que quem trabalha em função com dedicação exclusiva, não tenha nenhum gasto. Assim sendo, não se concebe a teoria exposta pelo prefeito, que gravou vídeo e publicou nas redes sociais para explicar que tinha 16 anos de vereador, que seu salário como parlamentar seria bom e que também teria outros ganhos, inclusive de produção de eventos.

Disse ainda que o patrimônio dele está devidamente informado à Receita Federal. Que foi dono do Xerifes, de uma agência de publicidade e que trabalha desde os 13 anos de idade... Sim, tudo bem... Mas nada disso consta da declaração que ele informou à Justiça Eleitoral. Ninguém tem acesso à declaração do Imposto de Renda. Esta é inviolável e só quem tem acesso é a Justiça. E mesmo assim a coisa não é tão simples, pois tem a história do sigilo fiscal e tributário.

Mas isso não vem ao caso. Silveira pode ter quanto ele quiser. A pessoa trabalha pra poder usufruir do esforço. E se houve espaço para interpretação equivocada, como o prefeito afirmou, talvez o erro tenha sido de sua assessoria.  A leitura que se pode fazer é com base no que está disponível na Justiça Eleitoral. Caso haja outra forma de explicar melhor esse avanço patrimonial, seria de bom alvitre que se apresentasse à população. Caso contrário, teríamos o primeiro caso concreto, depois do que a Bíblia nos apresenta, relacionado à multiplicação milagrosa de alguma coisa.