O delegado responsável pela Operação
Tristitia, deflagrada nesta terça-feira, 20, Santiago
Hounie, disse que a Polícia Federal detectou desvios de aproximadamente R$ 1
milhão em uma prefeitura do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito durante
coletiva de imprensa na sede do órgão em Mossoró.
De acordo com Santiago, esse é o valor mínimo. “Foi
rastreado um desvio de aproximadamente um milhão de reais. Esse é o valor que a
gente considera como mínimo. A gente acredita que esse valor será superior”,
disse.
A operação decorre de trabalho anterior realizado pelo
Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal e que deu origem à
instauração de um inquérito policial por parte da PF e teve início em 2015. A investigação foi direcionada à Prefeitura de Baraúna.
“Essa investigação teve início em 2015 a partir de
informações recebidas pelo Ministério Público Estadual. Foram detectadas uma série
de condutas criminosas relacionadas a esses gestores do município. Foram
criadas ficticiamente situações emergenciais tudo com o intuito de promover
desvio de dinheiro público”, revelou.
Segundo o órgão, a contratação de uma empresa que
fornecia livros paradidáticos e projetos pedagógicos superfaturados está entre
os diversos fatos sob apuração. Na época, houve repasse para a prefeitura
investigada no valor aproximado de R$ 744 mil, proveniente do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB), dos quais R$ 440 mil foram desviados e
cerca de R$ 350 mil teriam sido lavados pelos gestores do município na compra
de um terreno.
A Polícia Federal ainda informa que durante a
investigação também se comprovou a aquisição superfaturada de fardamento para
alunos das escolas públicas do município, uma vez que foram adquiridas 4800
blusas de malha, pelo valor unitário de R$ 29,00, além de 1200 conjuntos
infantis (bermuda e regata), também por R$ 29,00 a unidade, totalizando R$ 174
mil, sendo que a empresa que de fato produziu as roupas (não a que foi
contratada pela prefeitura), vendia as mesmas peças àquela época por R$ 12,50
ou seja, menos da metade do preço que foi efetivamente pago.
O delegado regional da PF, Osvaldo Scalezi, confirmou que
foram cumpridos 16 de busca e apreensão nas cidades de Natal, Mossoró e outros
municípios potiguares, além de outros estados, aos quais não quis revelar.
Fonte: www.defato.com
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