Empresário e bem sucedido, Jorge do Rosário ensaia candidatura à
Assembleia Legislativa nas eleições que se aproximam. Ele, que saiu de uma campanha
municipal, tomou gosto e agora resolveu defender que é preciso uma campanha
política que projete igualdade de todos na sociedade. E isso pode ser feito,
segundo ele, quando houver menos corrupção e, consequemente, redução do desvio
de verba pública. Nesta entrevista, o empresário diz que é possível tirar o Rio
Grande do Norte da crise em que se encontra e citou exemplo que está presente
na iniciativa privada. Especificamente em funcionários que são organizados e
que são desorganizados. Em outras palavras, ele defendeu que é preciso plenejar
toda e qualquer ação pública. Para Jorge do Rosário, Mossoró carece de pessoas
comprometidas com a cidade e com a região. Disse que houve perda nas eleições
estaduais de 2014. “Mossoró se sentiu muito há quatro anos atrás quando não
elegeu nenhum deputado estadual. Quer queira, quer não, na hora de brigar pelas
verbas de investimento, na hora de repartir o orçamento estadual com as
emendas, na hora de lutar para um determinado benefício que está chegando, é
necessário que a cidade e a região tenha deputados que o represente”. Leia
abaixo a entrevista.
O senhor saiu de uma campanha municipal recentemente. E já está
vislumbrando outro pleito. O que o motivou a ter interesse pela Assembleia
Legislativa?
Quando você sai de uma eleição como foi a de 2016 com quase 52 mil
votos, você entende que aquilo que você defendeu como projeto ganhou o apoio de
muitas outras pessoas. E isso cria uma responsabilidade. Ao mesmo tempo, a
gente escuta as pessoas dizendo que o sonho não deve morrer. A decisão de dar
prosseguimento ao projeto político com uma pré-candidatura a deputado estadual
não se fundamenta em desejo pessoal ou mera expectativa de poder, mas no
sentimento de seguir adiante com uma proposta de trabalho que acredito possa
ajudar as pessoas que vivem no nosso Estado.
O senhor acha que existe espaço para novos nomes em Mossoró, em
termos de representatividade na Assembleia?
Mossoró se sentiu muito há quatro anos atrás quando não elegeu
nenhum deputado estadual. Quer queira, quer não, na hora de brigar pelas verbas
de investimento, na hora de repartir o orçamento estadual com as emendas, na
hora de lutar para um determinado benefício que está chegando, é necessário que
a cidade e a região tenha deputados que o represente. Sendo assim, penso que a cidade perdeu muito
sem essa representação e penso que chegou o momento desse história ter um novo
capítulo com gente nova para agregar ideias novas, com uma nova energia e com o
objetivo de fazer diferente. Representantes que sirvam ao povo e não se sirvam
do povo.
Mossoró está ressabiada com novos nomes, já que um dos deputados
estaduais que obteve votação significativa na cidade não fez jus aos votos que
obteve. O senhor não teme essa ser hostilizado?
O novo pelo simples fato de ser novo não quer dizer nada. O novo
que defendemos é representado por pessoas que tenham uma história de vida
honrada, coerência com seus ideais e demonstre conhecimento da situação do
Estado e aponte caminhos para a retomada do desenvolvimento. O novo que gere
credibilidade.
O senhor é um homem bem estabilizado. O que o levou a se
interessar pela política?
A decisão de ter uma participação política mais ativa foi tomada
em cima de um projeto que representava mudança. Uma ruptura com o modelo de
gestão pública ineficiente e muitas vezes desonesta. Essa motivação não passa
por vaidade pessoal ou projeto de poder. Trata-se de um desejo de contribuir
com algumas ideias e suas implementações, é claro, se essa for a vontade do
eleitor. Penso que posso contribuir. Caberá ao eleitor decidir se me outorga ou
não o mandato para executar esses projetos.
Existe espaço para o tipo de política que o senhor pensa
desenvolver?
Sim, existe. O que precisamos é fechar os espaços para a política
feita por pessoas que roubam o dinheiro público, os que ganham com a corrupção,
o poder nas mãos de pessoas sem escrúpulos. E na medida em que esses vão
perdendo espaço, chegou a hora de incluir pessoas com passado limpo, com
coerência, com histórico de honradez e com conhecimento e experiência para
apresentar soluções novas e eficazes para os problemas que vivenciamos como
falta de oportunidades, aumento da violência, derrocada da economia.
Como o senhor vislumbra o caminho para o seu partido às eleições
deste ano?
As pessoas sempre me perguntam como posso conciliar a ideia do
novo com filiação aos partidos políticos que ai estão. Infelizmente no Brasil
não há opção de ser candidato sem ter filiação a um partido político. E existem
partidos com boas bandeiras, embora as pessoas que estão nos partidos possam
ter pensamentos não tão republicanos. O que acho mais importante é que o
projeto que estamos defendendo esteja à frente de partidos e pessoas. Não
podemos impedir as alianças, mas podemos lutar para que as ideias nobres não se
percam em razão de projetos pessoais. Desta forma estou filiado a um partido
que acredito que tem na maior parte dos seus integrantes pessoas comprometidas
com uma mudança verdadeira.
Diante do cenário de crise, é possível observar alguma luz para os
problemas do Rio Grande do Norte?
É claro que tem. Eu cito um exemplo na minha empresa. Tenho
colaboradores em funções iguais e que têm mais ou menos o mesmo salário. Um é
organizado, tem seu carro, sua casa e suas contas em ordem. O outro vive de
aluguel, tá com o carro atrasado e vive atolado em dívidas. Assim, existem
estados que fizeram o dever de caso e estão organizados e outros que estão
quebrados. Infelizmente o nosso está na segunda opção. O que vemos é um governo
cujas decisões são apenas sobre onde cortar, onde reduzir, onde fechar. Perdeu
a capacidade de atrair, de crescer, de dinamizar e de arrecadar. É um ciclo
apenas negativo. A luz no fim do túnel começa pela retomada da credibilidade do
Estado, na inversão do ciclo para positivo e fazer gestão pública com
eficiência e planejamento.
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