Prefeitura Municipal de Assú

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Quem lucraria?

A intransigência parece ser a marca número um da administração do prefeito Francisco José Júnior (PSD). Depois de tentar fazer com que a opinião pública mossoroense fosse contrária ao protesto dos camelôs, sem sucesso, a Prefeitura de Mossoró agora quer brecar a entrada de taxistas que fazem a linha de outras cidades para Mossoró. Quem for pego circulando pelo Centro a partir do dia 10 de junho pagará multa.

Quando o blog disse que a PMM tentou colocar a opinião pública contra os camelôs, a afirmação se volta ao caso de que o problema foi criado pela própria Prefeitura, que não respondeu às indagações feitas pela Justiça, ainda no ano passado, acerca de uma saída para os camelôs que estariam ocupando determinadas calçadas no Centro.

E o próprio juiz Pedro Cordeiro fez tal afirmação em material veiculado no Jornal O Mossoroense, edição desta quinta-feira. O juiz disse que a Prefeitura, ao que parece, não compreendeu bem a decisão judicial e resolveu, por conta própria e risco, retirar todos os ambulantes do Centro. Algo que, mesmo quem não tem conhecimento das leis, já sabia estar equivocado.

Com relação aos taxistas que fazem a linha de fora para cá, cabe uma pergunta: a Prefeitura de Mossoró vai se responsabilizar por algum problema que aconteça a alguém que venha com algum problema de saúde e necessita de atendimento médico ou que tenha exames a fazer? A Prefeitura de Mossoró vai se responsabilizar por algum prejuízo financeiro que alguém tiver se a vinda desta pessoa para cá envolver pendências judiciais ou financeiras?

A Prefeitura até pode delimitar algum espaço para os taxistas de fora ficarem. Mas essa de impedir que estes deixem seus passageiros no Centro, isso cheira a algo relacionado ao transporte público que está por vir.

Alguém lucraria com a medida da Prefeitura de Mossoró?

Sim, porque tal pergunta é bem pertinente, pois as pessoas de fora que vêm para cá seriam praticamente obrigadas a utilizarem os 35 novos ônibus que passarão a integrar o transporte público. Será que tal medida está na cláusula contratual envolvendo a Prefeitura e a empresa paulista?

Por sinal, tal contrato entrou em vigor desde o dia 30 de abril que passou e até aqui não se viu nem a cor de tais ônibus.

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