Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Prevaleceu a voz de quem tem o poder

O governador Robinson Faria (PSD) não quis correr riscos. É que, embora tenha afirmado - bem antes - que não meteria o bedelho na eleição à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o resultado do pleito acabou evidenciando que Robinson seguiu o que os demais governadores fizeram. E o que era tido como certo acabou não se concretizando: o deputado estadual Ricardo Motta (PROS) não resistiu aos avanços governistas, retirou sua candidatura e acabou votando em Ezequiel Ferreira de Souza (PMDB), eleito novo presidente da Casa.

E coube a um aliado de Robinson externar o que aconteceu nos bastidores. à imprensa natalense, o deputado estadual José Dias (PSD) revelou sua insatisfação com a "intromissão" do governador na eleição da Assembleia Legislativa. Todo mundo sabia, inclusive José Dias e Ricardo Motta, que o governador não iria ficar indiferente à eleição. Jogo de palavras foram executados e, ao final, José Dias revelou que iria se desfiliar do partido comandado por Robinson Faria no Rio Grande do Norte.

E aí está uma questão interessante: se Robinson Faria não estava interessado em correr riscos com Ricardo Motta, que apoiou Henrique Alves na disputa pelo Governo do Estado, por quais motivos o governador creditaria tanto empenho na eleição de Ezequiel Ferreira ao comando da AL? Saliente-se que Ezequiel é filiado ao PMDB, presidido no RN justamente por Henrique Eduardo Alves.

Mas Robinson Faria foi mais além: quis não apenas emplacar a presidência. O que interessava, também, seria a Primeira Secretaria, que organiza os trabalhos e a pauta. E houve tentativa de que Ricardo Motta fosse à disputa. Algo que foi rechaçado. O que se viu foi que o governador Robinson Faria conseguiu tudo: presidência e a Primeira Secretaria, que acabou ficando com o deputado estadual estreante Galeno Torquato (PSD).

Portanto, nada de novidade aconteceu. Tudo seguiu o script, velho - se diga - mas ainda em voga. Prevaleceu a voz do Governo. prevaleceu a voz de quem tem o poder nas mãos. Nada mais que isso.

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