A ocupação desordenada de áreas da
periferia e o aterramento de locais que seriam caminho para o deslocamento das
águas da chuva se constituem em problemas graves e crônicos em alguns bairros
de Mossoró. O secretário municipal de Serviços Públicos, Carlos Clay da Silva, listou
área por trás do clube Aspecto, no bairro Quixabeirinha, além do Alto de São
Manoel e Bom Jesus, como principais focos do problema.
“São problemas
históricos, pois as pessoas aterram áreas alagadas”. E, ao aterrar, o caminho
natural das águas da chuva é interrompido, provocando transtornos e ameaçando
invadir as casas em período invernoso. Tudo decorrente do crescimento
desordenado, relacionado à construção de casas, na periferia.
Diante da situação, Carlos Clay enfatizou
que é preciso limpar algumas áreas, abrir canais e liberar o fluxo da água da
chuva. Esse trabalho é feito conjuntamente com a limpeza de determinadas áreas,
onde lixo e mato são retirados. Cerca de 100 homens estão trabalhando nas
atividades.
“Quem sofre mais são os moradores do bairro Ouro Negro. A solução
de drenagem fica em segundo plano, em consequência da construção irregular (de
casas). Não podemos (a Secretaria de Serviços Públicos) fazer nada e
trabalhamos o ano inteiro tirando lixo, desobstruindo canais”, comentou.
MAIS PROBLEMAS
Quem tem o costume de jogar entulhos e
metralha (resto de materiais de construção) em calçadas ou na rua precisa mudar
de hábito. É que o Código de Postura do Município, atualizado recentemente pela
Câmara Municipal, prevê pagamento de multa para quem obstruir via pública.
Segundo o secretário de Serviços Urbanos, o recolhimento dos entulhos ainda é
feito pela Prefeitura, mas frisou que chegará o momento em que a pessoa que os
colocou será responsável pela limpeza da área. “Tem um prazo. Há a
possibilidade de multa. A cultura das pessoas ainda é de jogar na rua mesmo”,
comentou.
E essa cultura não se aplica somente aos
entulhos de materiais de construção. Latas de refrigerante, garrafas de água,
copos e papéis são jogados por populares no Centro da cidade. Na área onde
existem cerca de 500 lixeiras afixadas em pontos estratégicos e de maior
movimentação. Carlos Clay considera tal quadro de “falta de respeito e
tolerância. A pessoa sabe que tem varrição todo dia, mas existem mais de 500
lixeiras no Centro”, afirmou.
Para o secretário, o hábito de jogar lixo
no chão deixa de ser o que muitos chamam de “falta de educação”. É algo
cultural, até porque a Prefeitura de Mossoró realizou o programa “Cidade Limpa”,
executado em 60 dias e que atingiu cerca de 10 mil residências. Também foi
feito trabalho de panfletagem. Segundo Carlos Clay, o projeto foi uma ação
conjunta com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O foco agora passa a ser
a Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal).
Fonte: Jornal de Fato
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