O que
houve com Larissa Rosado (PSB)? Ela obteve 63.309 votos em 2012, quando ficou
no segundo lugar à Prefeitura de Mossoró. Foi a terceira vez que ela tentou
chegar ao Palácio da Resistência. Não satisfeita com o resultado das urnas
daquele ano, ela entrou com várias ações judiciais eleitorais contra a prefeita
eleita Cláudia Regina (DEM) àquele ano e conseguiu afastá-la e posteriormente
cassá-la do cargo que exerceu por 11 meses.
Diante disso, o Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) agendou eleições suplementares, as quais ocorreram ontem. E o
resultado foi surpreendente e negativo para Larissa. Ela obteve 37.053 votos.
Uma redução de 24.256 votos. Mas o que aconteceu?
Em uma
análise superficial, a situação de inelegibilidade de Larissa Rosado, aliado ao
fato de que houve tentativa do grupo ao qual Larissa faz parte de aplicar o acórdão
idealizado pelo presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo
Alves, teria motivado a derrota dela. Algo que o eleitor local, definitivamente, não
aceitou. Ainda alie-se a isso ao fator e da insistência relacionada à compra de
voto, acusação defendida por Larissa em decorrência do pleito de 2012.
Além
disso, houve mudança considerável na formatação da chapa encabeçada por
Larissa. Em 2012 ela contou com o professor Josivan Barbosa de Menezes como
candidato a vice. Para a eleição suplementar ela teve como companheiro de chapa
o vereador Alex Moacir (PMDB), que em 2012 esteve ao lado de Cláudia Regina –
assim como o seu partido. Tudo isso foi analisado pelo eleitor, que não
assimilou tais questões.
E
some-se a tudo isso a questão de inelegibilidade de Larissa Rosado. Ela foi
declarada impossibilitada de participar de eleições até 2020 pelo Tribunal
Regional Eleitoral, que manteve condenação por abuso de poder midiático
aplicada pelo juiz da 33ª zona eleitoral, José Herval Sampaio Júnior.
O
resultado da eleição de Mossoró, com o candidato Francisco José Júnior eleito
com 68.915 votos – 311 votos a mais obtidos por Cláudia Regina em 2012, que foi
eleita com 48.604 votos. E foi esse o fator que talvez tenha mais pesado à
decisão do eleitor, que queria mostrar que não teria havido compra de votos –
principal acusação de Larissa sobre a sua principal adversária em 2012.
Fonte: Jornal de Fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário