Prefeitura Municipal de Assú

sábado, 4 de janeiro de 2014

Assessores precisam esquecer 'efeito lagartixa'

Qualquer político que estivesse no lugar de Silveira Júnior (PSD) na presidência da Câmara Municipal de Mossoró e, por determinação judicial assumisse a Prefeitura de Mossoró iria, inevitavelmente, querer se projetar para ser a opção em eleição suplementar. É fato. Também é fato que o prefeito em exercício está querendo fazer o melhor. Muitos até podem enxergar excessos. Outros, omissão. O blog não vê por aí: nem muito nem pouco. Ocorre o normal. Tudo segue o script como deveria ser.

É natural que auxiliares da prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) tenham ficado insatisfeitos com a saída dela do cargo. Também é natural que muitos tenham pedido para sair de seus cargos. Assim como também é natural que o prefeito em exercício monte sua própria equipe. E igualmente que ele queira dar "sua cara" a administração. Afinal, é outro prefeito. Outra visão administrativa. Outra pessoa. E, assim sendo, ele e Cláudia são diferentes. Igual aos dedos da mão: cada um tem sua particularidade.

O que o blog vê é apenas o fato do prefeito em exercício querer resolver tudo de uma só vez. E, pelo excesso de vontade de fazer, acaba pecando. É o caso da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte, bem como do aumento do patrocínio aos dois times de Mossoró, da Base Integrada Cidadã (BIC) e dos leitos de UTI pediátrica do Hospital Wilson Rosado.

São ações diferenciadas que, se fossem mais pensadas, teriam maior amplitude. O que o blog quer dizer é que o prefeito em exercício não estaria sendo devidamente orientado e passa a imagem de que não sabe dizer "não".

Em período de crise, com retração de receita e anúncio de pacotes emergenciais para cortar gastos, fica sem sentido aumentar em 30% o apoio aos times de futebol. Ao mesmo tempo, anunciar abertura de uma UPA ao valor mensal de R$ 700 mil, quando a economia fruto do pacote de cortes é de R$ 625 mil. Ainda mais quando a dívida com a UTI Pediátrica soma R$ 715 mil.

Como se vê, a matemática não bate. Os números conflitam. E por mais que o prefeito em exercício queira fazer o melhor, é preciso cautela no anúncio de serviços. Afinal, estamos falando de uma cidade com mais de 300 mil habitantes. Qualquer anúncio de melhoria gera expectativa grande. Igualmente grande é a frustração pela não-concretização do que foi anunciado.

É preciso que os assessores do prefeito em exercício deixem de seguir o modelo lagartixa - daquele que balança a cabeça para cima e para baixo, em concordância com tudo - e evitem que ele passe por constrangimento. Assessor não é para concordar com tudo. É para orientar. Fosse diferente, não fazia sentido nenhum prefeito ter auxiliares.


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