A administração de Mossoró passa a ter DNA quase 100% do
prefeito em exercício Silveira Júnior (PSD), que implica dizer que se houver
erros, ele não poderá culpar ninguém. E se existirem acertos, o mérito é todo
dele. Mas algo chama a atenção: na entrevista que concedeu ao blog, Silveira
deixou bem claro que existe distanciamento dele com a prefeita afastada Cláudia
Regina (DEM) - veja postagem abaixo. O fosso é gigantesco e pode ter respingo
político em caso de nova eleição.
De quebra, o anúncio de uma auditoria na folha de pessoal
da Prefeitura de Mossoró parece soar - aos olhos de quem está fora, como algo
que não teria teor político. Para quem acompanha a celeuma mossoroense, vem
aquele velho ditado à mente: gato escaldado tem medo de água fria. E o prefeito
em exercício pode estar atirando no que viu e acabara certando ele próprio.
Por outro lado, a Câmara Municipal parece não ter gostado
da ideia de uma devassa na folha de pessoal. Ou não. O certo é que o vereador
Tomaz Neto (PDT) afirmou hoje que nada mais justo que o Legislativo também
passe um pente fino nas suas contas. A ideia pode até ser louvável, mas pega,
de cara, Silveira pelo pé. Se ele tiver algo a temer, logicamente que as duas
auditorias não vingarão. Saliente-se que Silveira presidiu o Legislativo no
último biênio, no começo de 2013 se elegeu à presidência da Casa. Hoje é
prefeito, mas se Cláudia Regina retornar à Prefeitura, ele volta à Câmara. Mas
aí o estrago já estaria feito.
Como se vê, tudo caminha com vistas a 2014. Especificamente
para o dia 2 de fevereiro, data aprazada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
à realização de eleição suplementar em Mossoró. Saliente-se que Silveira é
candidato natural. Tomaz Neto tem se reunido e se articulado e seu nome já foi
posto como opção do PDT. Daí, auditoria vai, auditoria vem, alguém certamente
será pego pela malha fina. Ou não.
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