Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Nem João Dehon acreditou no que disse na TV Mossoró

Nem o chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Grossos, ex-prefeito João Dehon da Silva (PMDB), acreditou nas próprias palavras, ditas agora a pouco durante entrevista concedida à TV Mossoró, no programa Observador Político. O homem gaguejou mais do que ninguém, e isso é o primeiro sinal de quem está falseando a verdade.

Primeiro, é bom que se diga que em nenhum momento aconteceu audiência pública na Câmara Municipal para discutir a saída de 36 servidores concursados de seus respectivos cargos. O que aconteceu foi uma convocação feita pelo secretário municipal de Educação, Marcos Bezerra, no dia 6 de fevereiro - segundo dia da Semana Pedagógica - para que os professores concursados comparecessem à Câmara Municipal, às 19h, para ouvir as "explicações" da assessoria jurídica do Executivo sobre a exoneração deles.

No tal encontro, o assessor jurídico chegou com uma verdade pronta e acabada, afirmando que 36 servidores concursados estavam fora do serviço público por supostas falhas detectadas na convocação destes. Disse ainda que a questão política seria resolvida diretamente pelo prefeito José Maurício (PMDB), em uma clara visão de que os que se sentissem prejudicados que se submetessem aos caprichos do prefeito.

Em segundo lugar, pelo tempo em que o decreto assinado pelo prefeito José Maurício Filho foi elaborado, chega-se à conclusão de que a equipe dele passou os 10 primeiros dias do mês de janeiro debruçada sobre a papelada relacionada ao concurso público. Especificamente sobre quem eles queriam exonerar. Até porque muitas pessoas ligadas ao atual prefeito passaram no certame e não foram mexidas.

Ainda cabe dizer que o decreto assinado pelo prefeito e publicado no Diário Oficial do Estado em 16 de fevereiro (se o blog não está enganado), está datado de 10 de janeiro.

No dia 6 de fevereiro, perguntou-se ao assessor jurídico se eles já sabiam quem seria exonerado, mas a resposta foi negativa.

O chefe de Gabinete da Prefeitura grossense afirmou também na TV Mossoró que o Executivo teria enviado projeto à Câmara para regularizar a situação dos 36 servidores exonerados. Afirmação também com verdade ausente. O projeto que tramita no Legislativo prevê a contratação de mais de 250 pessoas. Algumas para a educação, exatamente para suprir a necessidade das vagas que ficaram, daqueles que foram demitidas.

Como se vê, até para omitir a verdade é preciso veracidade. E nem o próprio chefe de Gabinete acreditou nas palavras que ele próprio disse. Quanto mais quem está sendo vítima de sua perseguição.

O interessante nessa história toda é que o prefeito José Maurício não aparece com sua versão. Crê-se que ele não coaduna com a história. Afinal, ele é quem vai amargar o prejuízo político por ter destruído a vida de 36 famílias. Sim, porque quem passa em concurso público recebe a garantia de futuro. E esta garantia foi subtraída violentamente pelo prefeito ou por alguém interessado em atingir politicamente os servidores.

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