PDT, PC do B e PTB ficaram a “ver navios” na chapa
majoritária, já que o PT, último partido a entrar na aliança oposicionista,
emplacou o ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA),
Josivan Barbosa de Menezes, como candidato a vice-prefeito da deputada estadual
Larissa Rosado (PSB).
A definição pelo nome de Josivan saiu ontem, durante
reunião dos partidos que optaram pela pré-candidata pessebista.
Segundo o presidente local do PSB, vereador Lairinho
Rosado, a indicação do petista foi unanimidade entre os partidos. Disse que não
participou do encontro e que a opinião do seu partido foi expressa pelo
vice-presidente, ex-secretário Pedro Almeida.
Para Lairinho, o ex-reitor da Ufersa é um “grande nome”.
“Ele foi um grande reitor e tem muito a contribuir com a cidade”, disse,
acrescentando que Josivan Barbosa irá participar da elaboração do plano de
governo da pré-candidata Larissa Rosado.
“O PT já está fazendo parte da
elaboração e Josivan tem uma grande contribuição a dar. Ele é um grande nome e
dará grande contribuição ao governo do PSB”, afirmou.
DISCURSO
Antes da definição do nome a compor com a chapa do PSB,
houve um momento em que presidentes partidários externaram seus motivos e alguns
foram contrários à indicação do ex-reitor da Ufersa. Segundo o presidente do
PDT, empresário Rútilo Coelho, a questão do discurso ambíguo de Josivan Barbosa
foi apresentada como principal entrave à sua presença na chapa majoritária.
Contudo, ainda segundo Rútilo Coelho, Josivan Barbosa foi
escolhido à unanimidade dos partidos na reunião realizada na tarde de ontem.
“Foi menos traumático do que se esperava e foi dito na reunião que Josivan terá
que trabalhar o discurso”, comentou Rútilo.
A pré-candidata Larissa Rosado não participou da reunião
nem Josivan Barbosa. Somente depois que os partidos decidiram quem seria o
candidato a vice-prefeito é que ela apareceu no hotel onde o encontro ocorreu.
O ex-reitor não foi localizado, mas foi informado, posteriormente, que ele
havia sido o escolhido.
“Vencemos mais essa etapa e agora vamos discutir a
chapa proporcional. Teremos três ou quatro coligações”, disse o presidente do
PDT.
O ex-reitor da Ufersa não atendeu as ligações feitas ao
seu telefone celular. Antes da reunião, ele participou de missa na Universidade
Federal e depois disso não foi localizado.
Josivan tem experiência com o modo PSB de ser
Ao final do encontro que culminou com a indicação do
ex-reitor da Ufersa, Josivan Barbosa de Menezes (PT), à composição da chapa do
PSB, foi dito que ele teria que trabalhar o discurso. E, embora o autor desse
conselho não tenha sido identificado pelo presidente local do PDT, Rútilo
Coelho, tal tarefa se constitui em principal preocupação do marketing da pré-candidata
pessebista.
Como digerir um candidato a vice-prefeito que passou 11
meses tentando se viabilizar e, para tanto, focou na crítica àquela que acabou
se tornando sua líder?
Saliente-se aí algo que é preciso ser levado em
consideração: embora filiado ao PT há pouco mais de um ano, Josivan Barbosa
tinha experiência com o “modo PSB de ser”, já que ele atuou como cabo eleitoral
da deputada federal Sandra Rosado (PSB) nas eleições de 2010. Portanto, não
terá dificuldades em ajustar o discurso.
A questão não mora nesse ponto e, ao falar em ajuste do
discurso, o que se imagina é a maneira como o agora pré-candidato a
vice-prefeito vai se portar no ninho pessebista. É que, no auge da indefinição
petista com relação à candidatura própria, Josivan Barbosa foi claro e direto:
“Sandra Rosado não se entende nem com a filha, imagine com outras lideranças.”
Agora é ele quem terá de buscar o entendimento,
principalmente, com o eleitor. Afinal, um candidato a vice-prefeito tem que
somar e não deve viver à sombra da candidata a titular do Palácio da
Resistência. É de se esperar que um candidato a vice busque o voto e é aí o
problema: Josivan estaria preparado para enfrentar quem acreditou no discurso
antirrosadista?
Fonte: Jornal de Fato
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