Prefeitura Municipal de Assú

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Cláudia e Silveira: cada um no seu quadrado

Para toda ação, uma reação. Bastou a prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) iniciar uma série de agenda informal na periferia, tipo que fazendo o reconhecimento da área e conversar com populares no bairro Santo Antônio, que veio uma espécie de aviso. Evidentemente que pode ter sido algo não pensado, mas a ideia que se passou foi de que o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD) quis, no popular, mostrar que é ele quem está na giroflex do Palácio da Resistência. E a reação ao qual o blog se refere se volta ao anúncio de que a Prefeitura de Mossoró amarga dívida de R$ 16.260.732,54 na área da saúde.

A divulgação dos números ocorreu na tarde desta quarta-feira, quando o prefeito Silveira Júnior recebeu a imprensa para entrevista coletiva. Do montante, R$ 8 milhões são de dívidas com fornecedores e o restante, pouco mais de R$ 7 milhões, com prestação de assistência (leia-se serviços).

E é aí que está o fato político: para quem se dizia ser aliado e liderado, Silveira deixou entender que a vez é dele e não abre mão. Que caberia a ele, somente a ele, decidir o que deve ser feito. Inclusive tornar público a diferença entre ele e a prefeita afastada Cláudia Regina.

Sim, porque depois de hoje, todas as possibilidades de ele vir a ter o apoio de Cláudia Regina caem por terra. Afinal, como é que ela iria apoiar um candidato que deixou entender que o buraco financeiro da saúde vem da administração dela? Embora Silveira não tenha feito tal afirmação, a leitura que se fez foi justamente essa: que a dívida anunciada é de antes. Antes dele ter assumido a Prefeitura em três vezes, sendo que na terceira ele permanece até hoje (46 dias).

O que se consegue captar disso tudo é a divisão. Não existe mais líder e liderado. Agora é um por um. Cada qual siga seu caminho.

Bem diz o ditado que política, futebol e religião não são bons temas para se discutir. Ainda mais quando o primeiro tema envolve o futuro de alguém ou de um grupo.

Assim sendo, o blog faz uso de um velho jargão: não convide para a mesma mesa a prefeita afastada Cláudia Regina e o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior. O mínimo que pode haver, caso dividam o mesmo espaço, é cada um ficar na sua. Calados. Não se tem mais possibilidade de harmonia. É só.

Fafá Rosado recepciona Agripino em Tibau

E a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) está em alta. Depois de receber o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), em sua casa de praia em Tibau na última segunda-feira, quando obteve dele a convocação à disputa por uma vaga na Câmara Federal nas eleições de outubro deste ano, ela recebe amanhã o presidente nacional do Democratas, senador potiguar José Agripino Maia.

A recepção de Fafá a José Agripino está prevista ao meio-dia. O senador virá a Mossoró para resolver problemas pessoais e agendou, depois de resolver as questões, visita à ex-prefeita. Em Tibau ele encontrará Fafá, o marido dela, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), e, certamente, lideranças regionais.

Certamente o tema 2014 pautará a conversa, bem como a possibilidade de eleição suplementar em Mossoró. Neste sentido, a prefeita afastada Cláudia Regina poderá participar do encontro informal em Tibau.


Silveira vai mostrar a dívida da saúde

O prefeito em exercício de Mossoró, Francisco José Silveira Júnior (PSD), convidou a imprensa para entrevista coletiva às 14 desta quarta-feira. O encontro ocorrerá no Salão dos Grandes Atos da Prefeitura de Mossoró.

O tema que centralizará a coletiva será a saúde. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Comunicação, o prefeito em exercício mostrará os números relacionados às dívidas da Secretaria Municipal de Saúde, cujo resultado foi feito por auditores comandados pela secretária Leodise Cruz.

A saúde tem sido a prioridade de Silveira, conforme ele tem afirmado. Contudo, a área enfrenta problemas diversos, desde a falta de profissionais à material de expediente, como receituário simples e complexo. O prefeito tem, certamente, direcionado ações para sanar os problemas. Mas não tem sido fácil. Afinal, a saúde é, concretamente, o setor que mais se apresenta de maneira deficitária. Não só em Mossoró. O retrato mostrado pela mídia nacional mostra que a questão é nacional.

"Serei candidata", afirma Cláudia Regina

Manchete principal da página 3 do Jornal de Fato desta quarta-feira: "Se houver eleição suplementar, eu serei candidata". Dita pela prefeita afastada Cláudia Regina (DEM), que resolveu sair da reclusão para fazer o que sabe: política. E faz sentido.

Se Cláudia Regina foi cassada pela Justiça Eleitoral e se a deputada estadual Larissa Rosado teve os direitos políticos suspensos por oito anos e tem dito, indiretamente e por meio de terceiros, que será candidata em caso de nova eleição, por quais motivos Cláudia não poderia ser candidata também?

O direito não é para todos? Se uma tem direito, obviamente que a outra também terá. É a lógica, já que as duas estão na mesma situação. Obviamente que a de Larissa é bem mais delicada, pois não poderia se candidatar em 2014. Mas podendo disputar eleição suplementar em Mossoró, como seus assessores afirmam, certamente estaria apta ao pleito seguinte. Para renovar o mandato.

Mas, lendo a entrevista publicada na edição de hoje do Jornal de Fato, a frase que motivou a manchete foi mesmo direcionada ao aspecto de Larissa Rosado. O teor da conversa de Cláudia Regina com o jornalista Jotta Paiva foi sereno. Obviamente que ela externou o que seus eleitores querem ouvir: que confia na Justiça e que retornará à Prefeitura de Mossoró.

No mais, é esperar que Cláudia Regina mantenha a postura iniciada na tarde/noite de terça-feira e permaneça nas ruas. Sim, porque se ela recuar, a imagem que passa é que estaria acuada e presa às decisões judiciais. Algo que não combina com o perfil que ela tem passado.

Se houver nova eleição, isso fica para depois. Cláudia Regina entendeu que precisa continuar regando as árvores que lhe renderam frutos para, se necessário, ser o que todos esperam dela: liderança e principal eleitora de Mossoró em caso de pleito suplementar. Caso retorne à Prefeitura, espera-se dela a continuidade de ações iniciadas, por ela e continuadas pelo prefeito em exercício Silveira Júnior (PSD), bem como que outras ideias surjam para melhorar a vida das pessoas, já que esse é o princípio basilar da política.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Cláudia Regina retoma perfil popular

Cláudia Regina abraça popular no Santo Antônio (foto: Carlos Costa)
Para bom entendedor, nenhuma palavra é o bastante para se compreender. E foi assim, agora a pouco, que o blog sentiu tal afirmação: a prefeita afastada Cláudia Regina (DEM), que está em visita ao bairro Santo Antônio e adjacências desde a tarde desta terça-feira, deixou entender que o seu perfil não seria o de ficar reclusa ou deixar transparecer que estaria acuada. Ela resolveu enfrentar a situação de frente. Seja lá qual for o resultado que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontar, Cláudia - mesmo preferindo não esboçar palavras que a maioria da cidade espera ouvir - deixou claro que a partir de agora voltará a ocupar o espaço que o povo lhe conferiu. Em outras palavras, a rua é o seu destino. O calor humano.

Por volta das 17h30 desta terça-feira o blog recebeu a informação, via celular, que Cláudia Regina estaria em área próxima à Unidade Básica de Saúde Sinharinha Borges, localizada no Barrocas II. E, como toda informação precisa de checagem, o titular deste espaço foi conferir. De imediato, uma movimentação em frente à determinada casa da Rua Riachuelo. Não demorou e Cláudia regina chegou.

Abraço vai, abraço vem, o blog a questionou se ela teria algo a falar, ou muita coisa, já que Cláudia Regina se manteve em silêncio durante todo esse tempo. E a resposta veio de um sorriso e de uma frase: "aqui é meu lugar." Na tradução do politiquês, Cláudia Regina entendeu que não pode deixar de estar perto de quem a elegeu e que, por mais dura que seja a realidade, é preciso encará-la. Como dizia um personagem de Chico Anísio: "rosto a rosto."

Cláudia Regina estava na companhia de ex-auxiliares: Petras Vinícius, Alexandre Lopes, Betinho Segundo e Julierme Torres, dentre outros.

Claro que, em se tratando de uma mulher popular, com perfil político de quem prefere estar ao lado de quem gosta, Cláudia Regina repetiu - sem palavras, o que a governadora Rosalba Ciarlini chegou a dizer recentemente: "gosto de estar ao lado de quem gosta de mim."

Assim sendo, seja benvinda, Cláudia Regina. Mossoró é, realmente, o seu lugar. Independente de qualquer resultado e em qualquer situação, nada melhor do que encarar a situação como realmente deve ser: de frente e de cabeça erguida.

Nos próximos dias o Tribunal Superior Eleitoral deverá julgar os processos que aguardam a posição da ministra Laurita Vaz.

‘A luz vermelha acendeu’

O secretário municipal de Administração e dos Recursos Humanos, Sebastião Almeida, afirmou que o limite prudencial relacionado à Lei de Responsabilidade Fiscal e específico à folha de pessoal, ultrapassou em 0,16%. Isso implica dizer que a Prefeitura de Mossoró precisa buscar ou utilizar mecanismos para equilibrar o que preceitua a LRF. Por lei, o Executivo tem que exonerar servidores comissionados, reduzir gastos e, caso não baixe o percentual ultrapassado, em último caso poderá exonerar servidores efetivos. Mas pelas palavras do secretário, não será preciso chegar ao ato extremo de demitir funcionários concursados. Até porque a redução de pessoal já se deu por meio da rescisão de contrato de empresas que forneciam mão-de-obra terceirizada. Mas, mesmo assim, o problema persiste e deve ser acentuado com a entrada de novos servidores, aprovados recentemente em concurso público. Para observar onde precisa mexer, é preciso que a Prefeitura saiba onde existem gargalos e a única saída será fazer uma auditoria na folha de pessoal. Mas não será algo fácil, pois a empresa Falconi, que já presta serviços à prefeitura, apresentou fatura de pouco mais de R$ 700 mil e prazo de seis meses para apresentar os dados. Segundo Sebastião Almeida, o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior tem pressa em obter essas informações e a alternativa pode vir da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que já foi contactada. Nesta entrevista, o secretário fala deste e de outros temas. Confira abaixo:


A Prefeitura rescindiu contrato com empresas de locação de veículos recentemente. Constatou-se alguma irregularidade?
Não. Irregularidade mesmo não posso assegurar. Eu, como secretário de Administração, não me sentia bem estar andando em um Corolla. Coloca-se sempre que a situação do município é difícil, financeiramente falando, não justificava aquele carrão. Já mexi muito com serviço público e não é a primeira vez que passo por um cargo na Prefeitura e achava que não estava correto o secretário de Administração ter um Corolla à sua disposição. A gente chega pela manhã e só vai embora à noite e o carro ficava parado. Numa conversa com o prefeito Silveira Júnior, manifestei meu desejo de devolver o carro à empresa e se isso era possível, já que tinha contrato e processo licitatório feito. E o prefeito disse que também tinha vontade de devolver um, já que estavam falando que o município tinha carro parado no Gabinete e ele estava andando em um carro luxuoso, uma Hilux. E nasceu naquela conversa o desejo de se fazer esse trabalho, de entregar carros luxuosos que estavam servindo à equipe principal. Conseguimos, em uma primeira rodada, devolver 13 veículos, entre Corollas, Línea, Doblôs, Cobalt, L-200, Hilux... Isso foi importante, porque a sociedade está vendo tudo o que está acontecendo, não foi retaliação à empresa coisa nenhuma. Foi entender que no momento não cabe esse tipo de coisa.

Além de rescindir contrato com empresa de locação de veículo, a Prefeitura suspendeu contrato de mão-de-obra de pessoal terceirizada. Isso teve suposição de irregularidade, inchaço de pessoal...?
Muita coisa está sendo vista. O que o prefeito acha que não cabe nesse momento, está sendo feito. Moralizando o serviço público. Voltando ao transporte, os 13 veículos saíram e o serviço não perdeu a qualidade. Nada deixou de ser feito porque os veículos foram devolvidos. Outros ainda serão devolvidos. E com relação a pessoal é a mesma coisa. Tudo o que foi feito não é que se tenha observado irregularidade. Não precisa, vamos dispensar. É isso que está sendo feito.

Seguindo essa linha de pessoal, algumas Unidades Básicas de Saúde e o CAPSI Infantil alegam falta de pessoal para a execução de serviços essenciais. Como o senhor está vendo essa situação?
Isso é muito restrito da saúde. É um pessoal muito específico. Não sei nem lhe dizer agora o que foi que aconteceu, se teve gente que saiu dessas Unidades. Na gestão do prefeito Silveira, ele tem feito claramente, dado sinais claros de que a saúde tem sido prioridade. Basta ver que o que ele vem dizendo com relação à abertura da UPA do Belo Horizonte. Não sei lhe dizer se tivemos baixa de pessoal de empresas terceirizadas na área da saúde. Só sabemos dizer que existe uma crise muito grande na saúde em Mossoró.

E que passa, obviamente, pelo setor de pessoal...
Acredito que todos os setores. Tenho uma filha que é funcionária concursada da saúde, é dentista e trabalha na UBS Chico Porto. E ela reclama realmente que existem carências. Não é coisa que surgiu agora. As dificuldades já se arrastam. E a vontade do governante é sanar tudo isso. O prefeito Silveira tem toda a vontade de faze isso, mas ele está há pouco tempo e não tem sido fácil.

O município realizou recentemente concurso público e poderá realizar um processo seletivo simplificado para contratação temporária em áreas específicas. Como está o limite com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal? O Município se permite ter mais gente?
Não permite. Temos, toda terça-feira, no Gabinete do Prefeito, a reunião do Conselho Econômico, que é composto pelo prefeito, secretário de Administração, a Controladora do Município, a Procuradora-Geral, secretários da Saúde, Planejamento, Fazenda... E temos discutido questões assim, do limite prudencial. E o limite já ultrapassou. Na última reunião, a secretária Zuleica, do Planejamento, apresentou o limite ultrapassado em 0,16%. A luz vermelha acendeu. Voltando a uma pergunta desta entrevista, de pessoal e de gente que tem que sair, essa conta tem que ser feita. Se precisamos fazer concurso para sanar situações de necessidades, como nomear se o limite prudencial já está sendo ultrapassado? É preciso que saia gente mesmo, de terceirizada, porque não conta como servidor e sim de contratação. Talvez, com isso, se tenha a justificativa maior. De mexer para encontrar o limite e contratar servidores que tenham acesso por meio de concurso público.

Para sair do limite prudencial, uma saída seria trabalhar e fortalecer a arrecadação. Mas como fazer isso em momento de crise?
Você está mexendo com todas as áreas e essa pergunta era boa para José Hélio, o secretário da Fazenda. É complicado, em uma hora emergencial e em uma gestão pequena e curta, como está sendo a do prefeito Silveira Júnior, a gente encontrar saída para todas as necessidades que existem. Já existiam, existem hoje e existirão. Isso caminha com quem está à frente. Não sei o que dizer, o que fazer agora para alcançarmos em termos de receita. Só sei dizer que a situação é difícil mesmo e a gente tem tentado, de todas as maneiras, encontrar saídas que possam nos levar a um trabalho que chegue à população com satisfação, porque a população merece e espera do governante isso. Coisas que chegue. A população é quem paga os impostos e é a receita que vem do cidadão. É difícil.

Quando se fala em limite prudencial, que o município já estaria extrapolando, pensa-se em uma alternativa: analisar onde estaria o excesso. O prefeito falou em auditoria na folha de pessoal. Porque a auditoria não foi iniciada?
Porque não se pode começar e terminar daqui a pouco, uma auditoria em uma folha de pessoal de uma Prefeitura que tem seis mil servidores. Em um primeiro instante, quando o assunto foi abordado com o senhor prefeito, pensamos em uma empresa competente, que é a Falconi, que já presta serviço ao município e que já faz esse tipo de trabalho por aí afora e que está fazendo hoje em Natal. Nosso primeiro pensamento foi esse. Essa resposta, a gente quer para já. Não podemos esperar meses e meses, porque isso cai no descrédito. Anunciou, faça. Divulgue. A gestão do prefeito Silveira Júnior tem sido muito desse jeito, de dar a resposta imediata. A empresa tem sede em Belo Horizonte, foi contactada e um profissional veio para nos explicar. Isso demandou uma semana. Isso foi colocado, a empresa voltou e com mais uma semana precisava voltar dentro da reunião do Conselho Econômico. Mas a empresa não pôde vir e veio na terceira semana agora, trazendo a posição, todo o trabalho que ela colocou e que precisa ser feito para uma auditoria. Mas o custo cobrado pela empresa nos assombrou. Nós voltamos à estaca zero. Não é uma coisa que nós mesmos podemos fazer. É um trabalho complicado, minucioso. A empresa voltou para aguardar novo contato, mas o Município já está contactando a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que já faz esse trabalho. E ontem (quinta-feira), no finalzinho da tarde, fui informado que a Fundação Getúlio Vargas já respondeu que faz o trabalho. Não sei dizer se será a Falconi, a Fundação Getúlio Vargas ou outra empresa. Só posso lhe dizer que nós temos o maior interesse que isso aconteça, e que aconteça rápido. Porque a sociedade mossoroense sempre quis saber isso. E acredito, por ser um assunto de muito interesse de vocês da mídia, da sociedade, das instituições, saber o que é que existe na folha do município. Posso dizer que começaremos agora um censo para saber quantos servidores temos, o que eles fazem, onde estão, qual a carga horária. Uma coisa que caminha paralela à auditoria. Queremos saber onde estão os seis mil servidores do Município. É outra coisa boa que a sociedade quer saber e que isso já vamos fazer aqui, porque nos cabe. Quanto à auditoria, estamos dependendo da empresa, porque demanda recursos financeiros e isso é o que tem de menos. Mas a auditoria vai acontecer.

Quando o prefeito falou em auditoria, pensou-se que pelo fato de a Falconi estar prestando trabalho ao município, a auditoria faria parte das atividades já desenvolvidas...
Não fazia. Por isso que a auditoria não começou. Na relação de trabalhos que a Falconi e para os quais a empresa foi contratada, não consta auditoria em folha. Por isso, a empresa apresentou uma conta nova de 700 mil e tantos reais para um trabalho de seis meses. Achamos que foi muito dinheiro e muito tempo. Precisávamos que fosse pouco dinheiro e um tempinho curtinho para que pudéssemos ter essa resposta que a sociedade está querendo. Foi isso o que aconteceu.

Qual o tempo que a prefeitura tem em mente para ter essas informações em mãos?
Acredito que até a próxima semana teremos essas informações para falar, quem é que vai fazer, quando começa, quando termina... Quais as fases que existirão no trabalho.

Fonte: Jornal de Fato


domingo, 19 de janeiro de 2014

Fafá Rosado recebe Henrique Alves em Tibau

E o clima de eleições suplementares em Mossoró ganha os alpendres de Tibau. Depois da deputada federal Sandra Rosado (PSB) reunir lideranças em sua casa na cidade-praia para, dentre outros assuntos, discutir alianças, agora é a vez da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB). Ela recebe nesta segunda-feira, para almoço, o presidente da Câmara Federal e presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves.

Certamente o tema novas eleições em Mossoró será discutido. Ainda mais com a possibilidade de Fafá Rosado não seguir com o PMDB caso a legenda siga com o PSB, como vem sendo ventilado. Nesse campo especulativo, Fafá não teria como se aliar com Sandra e tende a apoiar a candidatura de Francisco José Silveira Júnior (PSD).

Contudo, o PMDB se apresenta com um nome viável às eleições suplementares, que é o vereador Alex Moacir. Apesar da especulação de que os peemedebistas teriam fechado com o PSB, isso não é certeza. Até porque ninguém se manifestou positivamente neste sentido.

Caso o PMDB tivesse fechado com o PSB, o presidente da Câmara Federal não iria almoçar na casa da ex-prefeita Fafá Rosado e o caminho certamente seria a residência de Sandra Rosado.

Evidentemente que a presidente mossoroense do PMDB, vereadora Izabel Montenegro deve participar da reunião. Assim como o vereador Alex Moacir. Afinal, Alex está em evidência.

A conversa de Henrique com Fafá também deve versar sobre 2014. Dizem que a suposta aliança PMDB/PSB minaria os terrenos políticos de Fafá. Mas o blog não vê tal situação e volta a afirmar: se o PSB estivesse fechado com o PMDB, Henrique não pisaria os pés na casa de Fafá Rosado amanhã. É a lógica.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Cláudia Regina deve 'sair da toca'

É hora da prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) sair da clausura. Todo santo dia Mossoró vive suspense e especulação diversa sobre o futuro político dela, se retornará ao cargo ou se haverá nova eleição. Cláudia deve tentar vencer o "fantasma" que ronda o seu afastamento e encarar a situação do jeito que lhe é peculiar: de frente.

Assim sendo, Cláudia Regina deveria ocupar espaços na imprensa local para desabafar. Sim, pois o blog crê que ela tem muito a dizer. Desde a primeira cassação até a última, bem como dos percalços políticos provocados por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A prefeita, assim fazendo, amenizaria a angústia de seus eleitores. Afastaria a tese que circula nos intramuros da política mossoroense, de que ela estaria acuada e com medo de enfrentar o mundo. Algo que, sinceramente, o blog não crê.

Em caso de nova eleição, que tenha. E Cláudia Regina precisa encarar essa possibilidade e assumir o papel que, por via de regra e das circunstâncias, a colocariam no patamar de principal eleitora de Mossoró.

Fafá e a possibilidade de apoiar Silveira

Uma coisa é certa: em caso de nova eleição em Mossoró, a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) já tem posição: não vai apoiar qualquer candidatura encabeçada pelo PSB, comandado pela deputada federal Sandra Rosado. As duas são primas, mas adversárias ferrenhas no campo político e com rusgas evidentes na esfera pessoal. Daí não se ter como uni-las em um mesmo palanque. E aí vem a dúvida relacionada ao seu partido, que estaria se alinhando com Sandra.

O blog só vê um quadro para que Fafá Rosado siga com o PMDB, que é o de candidatura própria. Fora esse, não se vislumbra nenhuma possibilidade da ex-prefeita seguir com o seu partido em uma suposta aliança envolvendo PMDB e PSB.

E quem ganha com isso é o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD), que ganharia o apoio da ex-prefeita "de graça". Sim, porque não se teria como Fafá apoiar um candidato do DEM, por exemplo. É que os líderes peemedebistas têm dito que não faz sentido o PMDB ter rompido em nível estadual com o DEM e se aliar ao partido da governadora Rosalba Ciarlini em Mossoró. É o que dizem. Se isso se concretizará em caso de nova eleição, é outra história.

O certo é que Fafá Rosado está observando o cenário hora posto. E o que ela observa, crê o blog, caminha no sentido do que foi dito aqui: em caso de eleição suplementar e se o PMDB estiver alinhado com o PSB, a ex-prefeita tenderia a apoiar a candidatura de Silveira à Prefeitura de Mossoró.

Limite prudencial da PMM ultrapassa em 0,16%

A auditoria na folha de pessoal da Prefeitura de Mossoró, anunciada recentemente pelo prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD), e que a princípio se pensou ser alguma jogada de ordem política para pegar algum pretenso adversário em uma provável eleição suplementar, tem outra razão de existir. O blog pensou cá com os seus botões e chegou à conclusão de uma coisa: quando alguma análise na folha de pagamento é pensada não é em vão e certamente algo deve estar esquentando os miolos do prefeito. E algo que resulta em improbidade administrativa.

E, pincelando essa curiosidade surgida, o blog foi atrás das respostas. E veio. Demorou, mas chegou. A Lei de Responsabilidade Fiscal é o que estaria motivando a "devassa" na folha de pagamento. Não precisa ser expert para saber que quando se tem retração arrecadatória e as receitas não se concretizam como se projetam, e como Mossoró perdeu pouco mais de R$ 80 mil no exercício orçamentário de 2013, daí surge o fio da meada para a explicação plausível acerca da intenção de Silveira Júnior.

A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara. Claríssima. Em outras palavras, o que o blog quer dizer é que cabe a Silveira, que é o prefeito atualmente - e se a prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) estivesse no cargo ela teria que tomar mesmíssima decisão - procurar saber onde existem problemas que possam evitar que a luz vermelha do limite prudencial da LRF continue acesa.

Os balancetes que mostram avanço no limite já estão prontos e os números foram mostrados pela secretaria municipal do Planejamento, Zuleica, na terça-feira passada durante reunião do Conselho Econômico da Prefeitura de Mossoró. E, de acordo com que o blog foi informado, os dados passados por ela são preocupantes: a Prefeitura já teria ultrapassado em 0,16% o limite prudencial e algo precisa ser feito para evitar problemas maiores.

Quando o blog fala em problemas maiores se refere, obviamente, à exoneração de servidores concursados. Uma medida extrema e algo que, crê o blog, o prefeito em exercício não tomará. Mas algo precisa ser feito para evitar que tal decisão seja pensada, tais como a redução de gastos e exoneração de cargos em comissão.

O blog conversou com o secretário municipal de Administração, Sebastião Almeida, e ele confirmou as informações. E disse que a auditoria apontará onde e como o prefeito em exercício fará para resolver o problema. Recentemente houve rescisão contratual da Prefeitura com empresas que ofertavam mão-de-obra terceirizadas, mas ainda não se sabe se tal medida surtiu efeito. Obviamente que recursos foram economizados. Mas o limite prudencial ainda preocupa.

Para completar o problema, a empresa Falconi cobrou R$ 700 mil para realizar auditoria. Valor que, para Sebastião Almeida, "assombrou". Diante disso, o prefeito em exercício autorizou que outras empresas fossem contactadas e o secretário de Administração informou ao blog que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) poderia ser a opção.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Para ser aberto, basta orçamento ser aprovado

Diferentemente do que se discutiu nos bastidores, acerca da abertura antecipada do orçamento e exclusivamente para a área da saúde, o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD) não precisaria pedir autorização á Câmara Municipal. Ao Legislativo compete aprovar, ou não, o Orçamento Geral do Município (OGM) e inserir emendas - pelos vereadores. Ao prefeito, a execução orçamentária.

E isso independente do início dos trabalhos legislativos, previsto para o dia 15 de fevereiro próximo. Em outras palavras, o preito não cometeu nenhuma irregularidade. Pelo contrário: a abertura do orçamento da saúde se fez necessário pelo fato do setor precisar de atenção especial e redobrada.

Afinal, o cidadão que necessita de medicamentos e de atendimentos especializados não poderia esperar para fevereiro. Além disso, é preciso agilizar licitações.

Alardeia-se que foi a primeira vez que isso aconteceu. Mas não se sabe. O orçamento pode ser aberto a qualquer momento, desde que tenha sido aprovado pela Câmara Municipal.

Portanto, nada de errado aconteceu.

PMDB define que Alex Moacir é o candidato

Ao menos dois nomes já estão postos para disputar a Prefeitura de Mossoró em caso de novas eleições: o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD) e o presidente em exercício da Câmara Municipal de Mossoró, vereador Alex Moacir (PMDB). A postulação de Silveira não é novidade e ele segue no intuito de se viabilizar e agregar maior número de apoio em torno de seu nome. Já obteve do PT.

A definição de Alex Moacir ocorreu no final de semana passado, quando a presidente local do PMDB, vereadora Izabel Montenegro, foi catedrática ao afirmar que ele é o nome para ser candidato a prefeito ou, se for o caso, a vice-prefeito.

A afirmação de Izabel foi feita ao blog do jornalista Carlos Skarlack (www.blogdoskarlack,blogspot.com). Na entrevista, Izabel fala na possibilidade de aliança com o PSB, presidido pela deputada federal Sandra Rosado. E a própria Sandra também falou nesse sentido. Mas não existe nada fechado. Até porque o nome do PSB, a deputada estadual Larissa Rosado, está impossibilitado de participar de eleições até 2020. E se ela obtiver alguma liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será uma candidatura de alto risco.

O certo é que o PMDB e o PSD estão no páreo. Se é possível aliança envolvendo PMDB e PSB, ninguém sabe. Ou até mesmo o PSB apoiar o nome de Alex Moacir. Também ninguém sabe. Pode haver entendimento envolvendo o PMDB e o PSD? Poderia, mas é algo que envolve, também, o comando estadual das duas legendas. E o próprio Alex Moacir já afirmou que seguirá o que os líderes peemedebistas decidirem. leia-se o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves, e o ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho.

O blog vem enfatizando que o nome de Alex Moacir não deve ser descartado. O PMDB local sabe perfeitamente que o vereador detém de bons índices de popularidade, a qual vem desde o período em que ele esteve à frente da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

Alex Moacir, a exemplo dos demais pretensos à disputa majoritária local, se houver nova eleição, tem se movimentado. Tem conversado e ouvido.

Depois da reunião realizada em Tibau, na casa da deputada federal Sandra Rosado - que na verdade foi uma espécie de confraternização alusiva ao aniversário de um ano do filho de Larissa Rosado - o blog foi informado que o prefeito em exercício Silveira Júnior teria ficado em alerta. Tanto que ele teria manifestado interesse em conversar com Alex Moacir. Talvez para estreitar as ligações e debater assuntos de cunho político.

Projeto de Francisco Carlos garante ensino de língua espanhola

O espanhol é o segundo idioma mais falado no ocidente, com mais de 400 milhões de pessoas adotando-o como língua materna, servindo cada vez mais nas relações sociais e de troca econômica entre os países do Mercosul e NAFTA.  O domínio dessa língua por brasileiros, portanto, é importante do ponto de vista social, econômico e cultural.

O Projeto de Lei apresentado pelo vereador Professor Francisco Carlos e já aprovado pela Câmara Municipal de Mossoró no final ano legislativo de 2013, dispõe sobre a oferta do ensino de língua espanhola das escolas da Rede Municipal de Ensino de Mossoró, nas turmas do 6° ao 9° ano do ensino fundamental.

A disciplina deverá ser ministrada exclusivamente por professor devidamente habilitados por meio de formação superior em Letras com habilitação em Língua Espanhola, devendo a Prefeitura Municipal de Mossoró promover o preenchimento de vagas no seu quadro de docentes, como decorrência deste projeto.

O professor Francisco Carlos asseverou que “essa é mais uma ação do nosso mandato em defesa do ensino público de qualidade”, concluindo que, agora, espera a sansão pelo executivo e a tomada de medidas que possam tornar efetiva essa ação que, segundo ele, “contribuirá para melhoria da qualidade do ensino e da formação dos nossos alunos da rede municipal de ensino”.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Pessoal para a UPA do Belo Horizonte será da Prefeitura

Sebastião Almeida, secretário de Administração
A abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, que segue fechada desde a sua inauguração, em 28 de dezembro de 2012, é prioridade para o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD). A demanda de serviços é alta, assim como será a de aquisição de equipamentos e a lotação de pessoal. Daí existir pressa para se cumprir o prazo para abertura da UPA, 28 de fevereiro próximo. E, nessa pressa, é preciso dinheiro. E é aí que entra o Orçamento Geral do Município (OGM) 2014, que prevê uso de R$ 599,9 milhões para este ano. Como o setor da saúde tem apresentado maiores atenções, o prefeito determinou ao Conselho Econômico que estudasse antecipar abertura do orçamento para a área. O que ocorreu na sexta-feira passada, sendo que os recursos já vão estar disponíveis a partir desta segunda-feira.

Com R$ 550 mil já assegurados para a abertura da UPA do Belo horizonte, sendo R$ 300 mil que o Governo do Estado recebe mensalmente do Governo Federal e não faz o devido repasse à Prefeitura de Mossoró porque a UPA não está em funcionamento e mais R$ 250 mil que foram assegurados pelo secretário estadual de Saúde Luiz Roberto Fonseca – que pediu plus de R$ 1,2 milhão ao Ministério da Saúde – a Prefeitura de Mossoró agora deve centrar sua atenção em outro problema: pessoal para trabalhar na nova Unidade de Pronto Atendimento.

O repórter conversou com a secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, na tarde da sexta-feira passada. Ela interrompeu uma reunião para atender à equipe de reportagem do JORNAL DE FATO. E essa questão de pessoal, segundo ela, já está sendo trabalhada e que o norte virá da auditoria que será realizada na folha de pagamento da Prefeitura de Mossoró.

Segundo Leodise, a definição dos servidores à UPA se dará a partir do dimensionamento da folha de servidores e das lotações. “Vamos verificar se teremos servidores para cumprir a escala na UPA. Caso contrário, encaminharemos o fato ao prefeito e à Secretaria de Administração para as medidas cabíveis: se haverá concurso ou contratação provisória. De forma que a UPA deverá abrir ao final do mês de fevereiro, segundo garantias do prefeito”, afirmou.

E o secretário municipal de Administração, Sebastião Almeida, descartou duas possibilidades: a de contratação provisória e a realização de concurso público. Esta última, segundo ele, não se teria tempo suficiente para tal, já que a UPA será aberta até o dia 28 de fevereiro. Ele afirmou que o pessoal que será lotado na Unidade de Pronto Atendimento do Belo Horizonte sairá dos quadros de servidores do Município.

“Temos discutido muito esse assunto e a vontade de abrir a UPA é grande. Vamos arranjar pessoal na Prefeitura mesmo. Vamos apertar. Até porque não dá para fazer concurso de uma hora para outra”, disse Sebastião Almeida. Ele disse ainda que a auditoria na folha vai possibilitar que se tenha um levantamento acerca da possibilidade de remanejamento de pessoal. E confirmou ao repórter que a auditoria deve ser rápida. Até porque o prazo para abrir a UPA está apertado.


Entrevista/Leodise Cruz

‘O ponto não é para caçar servidor’

Leodise Cruz, secretária de Saúde
Com relação à questão de pessoal à UPA, como será o levantamento?
A partir do dimensionamento da folha de servidores e das necessidades, vamos verificar se teremos servidores para cumprir escala na UPA. Caso não, encaminharemos ao prefeito e à Secretaria de Administração para medidas cabíveis: se haverá concurso ou contratação provisória, de forma que a UPA deverá abrir ao final do mês de fevereiro, segundo garantias do prefeito Silveira Júnior.

Esse levantamento sairá da auditoria e da checagem de ponto eletrônico?
A princípio, o ponto eletrônico não está funcionando, mas isso não significa dizer que o funcionário não esteja trabalhando ou que não deva estar trabalhando. Todas as gerentes e diretoras de UBS foram convidadas a conhecer a nova secretária e foi dito a todas que o servidor tem que dar o seu expediente. Não estamos discutindo carga horária de trabalho. Estamos discutindo apenas a obrigação do servidor que está recebendo seu salário e que não está afastado, nem de licença médica ou prêmio. Que ele esteja presente na Unidade. A partir disso, a diretora é responsável pelo apontamento do funcionário na sua UBS. Isso independe do ponto eletrônico. O ponto será implantado com tranquilidade e não precisa alvoroço. O ponto não vai amarrar servidor da carreira. O ponto é responsabilidade da diretora. O servidor responde por seus atos. Se a diretora diz que o seu servidor está, e caso o servidor não esteja e a população – que deve denunciar na Ouvidoria e na imprensa, que o servidor não está presente, vai responder por uma informação indevida.

A partir de quando o ponto vai funcionar?
Isso a gente não pode precisar, mas será o mais rápido possível. É uma determinação judicial. Não é uma vontade política. Não é uma vontade técnica. O ponto não é para caçar servidor. Até porque eu também sou servidora, pois voltarei para a minha função. Estou temporariamente na Secretaria, interinamente resolvendo as questões de gestão. O ponto, mais cedo ou mais tarde, será efetivado porque é uma questão judicial e isso foi colocado de forma clara para as diretoras. Não é uma vontade nossa, não é vontade do prefeito. Até porque todos sabem que quando assumi, em 3 de janeiro, os pontos já estavam nas unidades. É só uma questão de operacionalização das informações para que venha a funcionar. Até porque não é correto a gente responder agora, que estamos na gestão, que tenhamos gastado R$ 80 mil para instalar esses pontos e eles fiquem escorados nas paredes. Se gastamos, vamos ter que pagar e colocar para funcionar.

Se não colocar em funcionamento, quem responderá será a senhora...
E eu não posso responder. Sou servidora igual a todos e não posso pagar por algo que não tenho culpa.

Com relação aos medicamentos?
Estamos fazendo esse levantamento, de auditoria, de compras... Não só de medicamentos. O serviço de saúde não são só medicamentos. Precisa de muitas outras coisas e estamos vendo outras questões. E se estavam faltando há algum tempo, não é do dia para a noite que vamos resolver, mas posso garantir. Estamos negociando com fornecedores para manter o funcionamento das Unidades. Vai faltar alguma coisa? Vai, porque tem coisas maiores que não depende de nós. Inclusive de compra de medicamentos, pois as indústrias estão fechadas. É período de recesso. Mas o que podemos fazer, estamos fazendo. Antecipamos a questão do orçamento. O prefeito abriu só para a Saúde. Fato inédito em Mossoró. O orçamento da saúde foi prioritário e aberto antecipadamente.

Fonte: Jornal de Fato

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Orçamento da saúde, de R$ 140 milhões, é aberto

O Conselho Econômico da Prefeitura Municipal de Mossoró autorizou abertura do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde antes do Orçamento Geral do Município (OGM)/2014, que ocorrerá somente depois do início dos trabalhos na Câmara Municipal - previsto para fevereiro. A decisão atende determinação do prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD).

A saúde tem orçamento projetado em R$ 140.666.986 (Cento e quarenta milhões, seiscentos e sessenta e seis mil, novecentos e oitenta e seis reais). A pressa à abertura do orçamento da área é para atender agilidade que o prefeito quer em relação à ativação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, que deve acontecer até o final do mês de fevereiro próximo.

Por sinal, antes o blog havia dito que o prefeito em exercício estaria equivocado em falar em abrir a nova UPA, pois os números anunciados por ele não batiam. Ocorre que na manhã de hoje o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, apresentou uma informação que a imprensa não sabia: o Governo Federal repassa R$ 300 mil à nova UPA, cuja verba não é direcionada à Prefeitura de Mossoró em virtude do não-funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento.

Além disso, o secretário estadual de saúde disse que pediu plus de R$ 1,2 milhão ao Ministério de Saúde. R$ 250 mil desse dinheiro serão destinados à nova UPA, que de cara já tem garantidos R$ 550 mil. Somados aos R$ 500 mil que o Ministério da Saúde repassará à Prefeitura após três meses de funcionamento, tem-se aí um total de R$ 1.050.000,000 (Um milhão e cinquenta mil reais). Dinheiro suficiente para manter a Unidade.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Guerra de militância evidencia divisão política

Uma verdadeira batalha vem sendo travada no mundo virtual. Militantes de duas figuras políticas de Mossoró protagonizam um cenário que remete à realidade que se escondia nos bastidores do cenário político municipal e que quem acompanha o xadrez local já tinha percebido algum tempo: não existe o menor clima de parceria política envolvendo a prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) e o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD).

A cada informação lançada nas redes sociais por assessores de Silveira vem o contrapeso da militância de Cláudia. A ideia que passam é a de que existe uma guerra política em plena ebulição. E não é de agora. Quem acompanha notícias pelo Facebook certamente já percebeu que informações sobre obras e serviços executados ou garantidos por Cláudia Regina pipocam diariamente.

Contrapõe a tática da assessoria do prefeito em exercício, cuja assessoria trabalha a tese de que em um mês de administração interina ele já teria o que mostrar.

A militância rebate e divulga montagem de foto e texto, tal qual já foi feito com Cláudia Regina, na qual diz "deixe o homem trabalhar." Um repeteco do que se viu sobre a prefeita afastada em fotos e adesivos: "deixe a mulher trabalhar."





É a onda virtual tomando conta da política mossoroense. Em uma discutida nova eleição, já se tem um quadro imaginável de como será a batalha: Silveira e Cláudia Regina estarão em lados opostos. Não se tem clima para aliança ou apoio.

Mas é algo que só o tempo dirá.

Caso a prefeita retorne ao cargo, Silveira - em tese - não seria tão aliado assim. Afinal, qualquer decisão que ele venha a tomar de agora em diante passa a ter caráter político e, consequentemente, o afasta da base aliada. E o discurso que ele tinha antes - de ser liderado da prefeita e aliado administrativamente - cai por terra. Afinal, agora ele é o prefeito. Embora interinamente. E o retorno de Cláudia certamente deixará pra traz tal discurso.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Auditoria e ponto eletrônico: prenúncio de muita zoada

Muitas emoções devem marcar o início do funcionamento de pontos eletrônicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Mossoró. Paralelamente, a auditoria na folha de pessoal também deve corroborar a gritaria que virá das UBS. O blog se refere, obviamente, a quem é sefvidor público efetivo para o cumprimento de jornada semanal de 40h e o saldo fica bem inferior.

Não precisa ser expert em auditoria ou 'bam, bam, bam' em administração pública para saber que existe discrepância enorme entre a jornada de trabalho estipulada com a que é cumprida.

E o blog adianta de onde virá o "arranca-rabo": dos médicos. Caso a secretária municipal de Saúde queira constatar tal informação, basta circular por algumas UBS para saber de tal quadro. Especificamente nas localizadas em bairros periféricos.

São médicos concursados que deveriam cumprir 40 horas/semana, mas não cumprem a jornada. Não são todos, obviamente. E o blog não seria leviano para generalizar. Mas o que se diz aqui é uma espécie de praxe, já que o cidadão que depende do serviço público se vê obrigado a esperar dias para ser atendido em algumas Unidades Básicas de Saúde em virtude da não-ida de médicos, que se dividem entre as UBS e outros locais de trabalho, público ou privado.

A auditoria, se conseguir captar tais detalhes, causará furdunço grande. Aliado ao fator do ponto eletrônico, a zoada certamente será igualmente grande.

Resta saber como o prefeito em exercício Francisco José Silveira Júnior (PSD) se comportará diante de tal situação. Sim, pois se houver pressão nos médicos, a ideia que se tem é que alguns podem fazer birra e pedir exoneração. Pior, então, será para o cidadão.

O certo é que o abacaxi está pronto. Se o prefeito vai ter coragem de descascá-lo, isso não se sabe. O jeito é esperar.

Silveira envia nota sobre decisão da operação Sal Grosso

O prefeito em exercício Francisco José Júnior enviou nota acerca de informações relacionadas à decisão do juízo da Vara da Fazenda Pública de Mossoró, a qual versa sobre a "Operação Sal Grosso", que teria constatado abusos envolvendo vereadores. Segue a nota:

"A respeito da matéria publicada na manhã de hoje (08/01/2014) em alguns veículos de mídia, afirmando, em relação ao gestor interino municipal de Mossoró, que “Prefeito e vereadores são condenados em ação de improbidade” e ainda: “Ministério Público divulga que Silveira Júnior, parlamentares e ex-parlamentares terão a suspensão de direitos políticos por prazos de oito a dez anos”, venho de público, dizer que reputo completamente equivocadas, em relação à minha pessoa, as informações acima mencionadas.

E faço tal afirmação com base na própria sentença prolatada pelo juízo da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Mossoró na Ação Civil de Improbidade Administrativa (processo nº 0600482-25.2009.8.20.0106), cujo teor não foi bem observado por parte de quem, precipitadamente, se ocupou em propagar na mídia, de forma distorcida, a realidade ali existente.  

Ora, por primeiro se diga que em instante algum a mencionada decisão impõe pena de inelegibilidade ou sequer chegou a cogitar tal medida em relação ao então vereador e agora prefeito interino Francisco José Lima Silveira Júnior. Aliás, a sentença absolve-me de um suposto ato de improbidade administrativa.  
                                                     
Diz a sentença:
'...Inicialmente, em relação aos demandados Francisco Dantas da Rocha, Francisco José Lima Silveira Júnior e Renato Fernandes da Silva, não vislumbrei em suas condutas a prática de ato de improbidade administrativa, nos termos apontados na exordial. Com efeito, quando analisado atentamente o material probatório documental e testemunhal contido nos autos, percebe-se que não houve conduta ilícita ou dolo nas suas condutas que permitam aferir a prática de conduta ímproba pelos mesmos.

Em relação à situação dos demandados Francisco Dantas da Rocha e Francisco José Lima Silveira Júnior, o que ficou demonstrado foi que estes não tiveram a intenção de se locupletar da ausência de descontos dos créditos consignados em suas remunerações. Ao contrário, tão logo perceberam a irregularidade, tomaram as providências para sanear a situação.

...Dessa maneira, em relação a estes dois réus descabe sancionamento por ato de improbidade administrativa, ante a ausência de conduta dolosa ou culposa, mas cabe apenas se lhes impor a obrigação de ressarcimento ao Erário das verbas que não foram descontadas dos seus contracheques, em atenção à vedação do enriquecimento sem causa contida no art. 884 do Código Civil, abrindo-se a estes demandados, todavia, a possibilidade de comprovar na fase de execução desta sentença, mediante documentação hábil para tanto, a eventual devolução de tais valores, caso já o tenham feito.'

A única sanção imposta a mim – de cunho pecuniário, tão somente –ressarcimento ao erário mossoroense do valor de R$ 10.551, 59 (abatidos os valores eventualmente devolvidos apurados em sede de liquidação). Esclareço  que no ano de 2005, solicitei diretamente à Câmara Municipal de Mossoró, que procedesse ao desconto na minha remuneração dos valores referentes a uma operação bancária realizada junto à Caixa Econômica Federal, restando ao meu sentir, há muito tempo compensados/restituídos tais valores, não havendo nenhuma obrigação de minha parte, nesse aspecto, de reparação junto ao poder público.

Vejam ainda o que argumentou o Ministério Público em suas razões finais a meu respeito:
'... no caso destes dois demandados nitidamente se percebe a ausência de qualquer elemento anímico de dolo ou de culpa a nortear a sua atuação no caso presente. O que se percebeu foi justamente o oposto, ou seja, a clara irresignação destes réus com a situação irregular em que se encontravam, tendo ambos inclusive, adotado uma postura proativa e fazendo de tudo ao seu alcance para evitar que a ausência dos descontos se perpetrasse durante o tempo'.

Dessa maneira, para reposição da verdade, solicito a publicação dessa nota, como forma de informe correto ao público, evitando-se assim a disseminação de notícia inverídica.

Convicto estou de que esse episódio não abalará a imagem de homem público íntegro e probo que venho edificando a cada dia, no decorrer do tempo juntos aos meus conterrâneos.
Que Deus continue nos guiando pelos caminhos do bem.
                                                        
Francisco José Lima Silveira Júnior"


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Grupos continuam se articulando

E, por mais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha cancelado as eleições suplementares que seriam realizadas em Mossoró no dia 2 de fevereiro próximo, os grupos políticos da cidade continuam se articulando. E não é pouco. O PT, que havia optado por candidatura própria, mudou de opinião. Em reunião realizada na noite da segunda-feira última os petistas decidiram participar e apoiar a administração do prefeito em exercício Francisco José da Silveira Júnior (PSD).

Tal mudança implica dizer que, em havendo nova eleição, PSD e PT marcharão unidos. Talvez com os petistas indicando o candidato a vice de Silveira, que certamente tentará se manter na Prefeitura de Mossoró.

A decisão segue os script: o PT não tem condições de pensar em voo alto em Mossoró. Perdeu a chance de sair do chão em 2012, quando estava em alta com o nome do ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), professor Josivan Barbosa de Menezes. Agora, com ele inelegível, o PT voltou ao que era. Aliás, já havia regredido ainda em 2012, quando aceitou compor chapa com o PSB.

E o PSB também se movimenta. Fala-se que a deputada estadual Larissa Rosado poderia disputar o Executivo por meio de liminar. Algo complicado. Assim procedendo, a prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) também teria o mesmo direito. Se Larissa for, Cláudia também vai. Como o blog não crê nessa possibilidade, os pessebistas estariam centrados em dois nomes: a deputada federal Sandra Rosado e no vereador Lairinho Rosado. Mas algo pode acontecer e o partido de Sandra poderá, de repente, apoiar uma terceira pessoa. Até mesmo Silveira. Tudo é uma incógnita.

O PMDB, por mais que se diga que a vereadora Izabel Montenegro seria o nome à disputa ou que o médico Cure Medeiros seria alçado à condição de candidato, o blog não crê em tais hipóteses. O nome mais viável continua sendo o vereador Alex Moacir. Izabel não teria como abarcar partidos em torno de um projeto executivo. Até porque ela não teria tempo para se dedicar à uma campanha, já que é presidente do Baraúnas. Contudo, ela é quem comanda o PMDB local. Mas isso não lhe credenciaria á disputa majoritária.

Fala-se que poderia haver entendimento entre PSB e PMDB. É possível, mas bem complicado. Existem choques de interesses políticos e partidários. E até pessoais envolvendo as duas legendas. Mas é algo que não pode ser descartado. Caso acontecesse, o PMDB perderia a chance de chegar à Prefeitura.

Mas ainda tem o DEM, que certamente apresentará candidato em caso de nova eleição. O Democratas comporta bons nomes, entre eles a engenheira Kátia Pinto e a assistente social Patrícia Leite. Tem ainda o ex-vereador Chico da Prefeitura. Este último, crê o blog, até teria interesse, mas faltaria o básico: apoio de todos.

Afinal, estamos falando em eleição suplementar. E por mais que se queira menosprezar a prefeita afastada Cláudia Regina, é ela quem terá papel importante. Até maior do que a governadora Rosalba Ciarlini. 

Também não se pode menosprezar a figura da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB), que já adiantou que não apoiará o PSB em possível aliança do seu partido com a deputada federal Sandra Rosado.

Como se vê, tudo caminha para a mais profunda indecisão. A partir, obviamente, da posição que terá a ministra Laurita Vaz, que apreciará recurso da prefeita afastada Cláudia Regina, que pleiteou o retorno dela ao cargo até o julgamento final dos processos judiciais eleitorais.

E até se ter esse julgamento, crê o blog, o tempo passará. Até porque o TSE vai centrar seus esforços nas eleições de 2014. De cara, e se retornar ao cargo, Cláudia Regina ganharia algum tempo. Mas não terá nenhuma garantia de que permanecerá prefeita de Mossoró. Isso só o TSE dirá. Tudo depende dos argumentos apresentados por seus advogados e do entendimento que a Corte Superior Eleitoral terá.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Assessores precisam esquecer 'efeito lagartixa'

Qualquer político que estivesse no lugar de Silveira Júnior (PSD) na presidência da Câmara Municipal de Mossoró e, por determinação judicial assumisse a Prefeitura de Mossoró iria, inevitavelmente, querer se projetar para ser a opção em eleição suplementar. É fato. Também é fato que o prefeito em exercício está querendo fazer o melhor. Muitos até podem enxergar excessos. Outros, omissão. O blog não vê por aí: nem muito nem pouco. Ocorre o normal. Tudo segue o script como deveria ser.

É natural que auxiliares da prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) tenham ficado insatisfeitos com a saída dela do cargo. Também é natural que muitos tenham pedido para sair de seus cargos. Assim como também é natural que o prefeito em exercício monte sua própria equipe. E igualmente que ele queira dar "sua cara" a administração. Afinal, é outro prefeito. Outra visão administrativa. Outra pessoa. E, assim sendo, ele e Cláudia são diferentes. Igual aos dedos da mão: cada um tem sua particularidade.

O que o blog vê é apenas o fato do prefeito em exercício querer resolver tudo de uma só vez. E, pelo excesso de vontade de fazer, acaba pecando. É o caso da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte, bem como do aumento do patrocínio aos dois times de Mossoró, da Base Integrada Cidadã (BIC) e dos leitos de UTI pediátrica do Hospital Wilson Rosado.

São ações diferenciadas que, se fossem mais pensadas, teriam maior amplitude. O que o blog quer dizer é que o prefeito em exercício não estaria sendo devidamente orientado e passa a imagem de que não sabe dizer "não".

Em período de crise, com retração de receita e anúncio de pacotes emergenciais para cortar gastos, fica sem sentido aumentar em 30% o apoio aos times de futebol. Ao mesmo tempo, anunciar abertura de uma UPA ao valor mensal de R$ 700 mil, quando a economia fruto do pacote de cortes é de R$ 625 mil. Ainda mais quando a dívida com a UTI Pediátrica soma R$ 715 mil.

Como se vê, a matemática não bate. Os números conflitam. E por mais que o prefeito em exercício queira fazer o melhor, é preciso cautela no anúncio de serviços. Afinal, estamos falando de uma cidade com mais de 300 mil habitantes. Qualquer anúncio de melhoria gera expectativa grande. Igualmente grande é a frustração pela não-concretização do que foi anunciado.

É preciso que os assessores do prefeito em exercício deixem de seguir o modelo lagartixa - daquele que balança a cabeça para cima e para baixo, em concordância com tudo - e evitem que ele passe por constrangimento. Assessor não é para concordar com tudo. É para orientar. Fosse diferente, não fazia sentido nenhum prefeito ter auxiliares.