Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 7 de março de 2016

Será que Silveira tem tempo administrativo?

A falta de habilidade administrativa e política do prefeito Silveira Júnior (PSD) evidencia algo danoso a todo e qualquer projeto que envolva reeleição. Ele praticamente escanteou quem poderia lhe dar respaldo e agora tenta correr contra o tempo para, se possível, entrar no jogo pré-eleitoral. Algo que o blog vê como tardio. Silveira não tem tempo administrativo para recuperar a imagem, péssima, por sinal, propagada por total despreparo de sua comunicação.

E o que se vê é uma suposta pré-candidatura (de Silveira) naufragada antes mesmo de começar a dar as primeiras braçadas no rio chamado política eleitoral. Percebe-se claramente que ele não tem fôlego para encarar mais uma disputa. Falta consistência. E, com isso, a ex-prefeita e ex-governadora Rosalba Ciarlini tem sabido utilizar, a favor dela, obviamente. Tanto que ninguém ainda ouviu, leu ou viu nenhuma entrevista de Rosalba sobre 2016. Ela sabe perfeitamente que o cenário lhe é favorável.

Além disso, Silveira perdeu espaços consideráveis e atualmente o empresário Tião da Preste tem aparecido como novidade. Ele tem despertado interesse de fatia do eleitorado que se cansou ou ficou decepcionado com os dois prefeitos - o interino e o efetivo. Silveira até tentou recuperar o estigma de interino, mas tal projeto não vingou. Ainda mais quando ele direcionou auxiliares para assumir comando de partidos políticos. É o caso da secretária de Saúde, Leodise Cruz, que toma de conta do Partido da Mulher. Como se não existissem problemas na área e ela, agora, ficasse dividida entre temas administrativos e políticos. Será que haverá sintonia entre as duas atribuições ou serão ações distintas? Não seria melhor ela pedir pra sair e ficar somente com a parte política, já que a saúde tem se mostrado, verdadeiramente, o calo da atual gestão?

Ainda tem a ex-deputada estadual Larissa Rosado, que continua com sua liderança em evidência. Mas será que o seu agrupamento político teria condições de ir para mais um embate eleitoral? Tudo depende, evidentemente, de como as coisas se comportarão a partir de junho. Ou antes. Larissa sabe perfeitamente que poderá voltar à Assembleia Legislativa caso algum deputado seja eleito prefeito. É o caso de Vivaldo Costa, que lidera pesquisas de intenção de votos em Caicó. Certamente Larissa vai analisar tudinho antes de partir para o confronto.


Se um cair, todos caem

Se um for pego, todos cairão. É assim que o blog vê a questão relacionada ao uso da verba de gabinete da Câmara Municipal de Mossoró. Se existe alguma ilegalidade, como deixou transparecer a análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE), esta (a ilegalidade) teria existido em todos os gabinetes. De A a Z. Sem exceção.  Assim posto, era quem propaga que apenas o vereador Genivan Vale tem algo a explicar. Engana-se quem pensa assim. Todos os vereadores, por tabela, serão obrigados a apresentarem suas versões ao TCE. Ou será que foi apenas Genivan que utilizou o dinheiro?

O blog crê que não é bem assim que a discussão caminha. Todos os vereadores receberam dinheiro para gastarem com seus gabinetes. Inclusive o presidente da Casa, Jório Nogueira. Ou só quem gastou foi Genivan?

A coisa não está nada boa pelas bandas da Câmara Municipal. O blog foi informado que o domingo foi de reunião intensa e calorosa por lá. Daí se pode perceber a teoria já posta acima: se um cair, todos caem. É a lógica. A regra.

sábado, 5 de março de 2016

TSE deveria instituir carteira de torcedor

Toda unanimidade é burra. Não é de hoje que tal frase é repetida, reiteradas vezes, para tentar externar a ideia de que não existe apenas um lado da moeda. Que toda verdade pode ser falseada e que toda mentira teria sua verdade. Mas o que se vê pelo Brasil, em todos os lugares, é que se a pessoa não seguir determinada teoria política não estaria do lado certo. Que não seria inteligente. Que simplesmente estaria contra o avanço, contra a democracia e contra a igualdade. Seja ela qual for.

A discussão em torno do Partido dos Trabalhadores (PT), que está sendo acusado de liderar suposto (sim, porque ainda não foi totalmente provado) esquema de corrupção e desvio de recursos públicos, se equipara aos velhos tempos das cores vermelho e azul, do pastoril. E também a torcidas de cidade pequena, especificamente onde existem apenas dois times de futebol.

Discutir política na atualidade é difícil. O cidadão tem que seguir o que a maioria (sim, tem quem pense que se trata de maioria) quer discutir. E o que é pior: tem que concordar com teorias que acabam contrariando toda possibilidade do contraditório.

São professores, formadores de opinião e outros profissionais que enveredam por um caminho estranho quando se trata de ouvir o que o outro tem a dizer. Algo que, definitivamente, não está acontecendo agora pelo simples fato do ex-presidente Lula ter sido levado para depor acerca da operação Lava Jato, cujas investigações apontam indícios de desvio público e que o ex-presidente teria se beneficiado pelo esquema.

Não há nada contra isso. Na Constituição não tem nada que impeça que haja desconfiança sobre a conduta ética de presidentes e ex-presidentes. Pelo contrário: afirma-se e reafirma-se que todos devem ser investigados em caso de suspeitas de desvio de condutas ética e moral. Isso em outras palavras, obviamente.

Mas os que ensinam, os que debatem política em sala de aula ou que fomentam a economia, de um lado a outro, insistem na teoria de que apenas um aspecto deve ser levado em consideração. Algo que é danoso para a compreensão de que todos seriam iguais ou que nem todos deveriam ter o mesmo tratamento.

Será que Lula é melhor do que o cidadão que é acusado de roubar uma galinha? Será que Lula está acima da lei e que sua conduta ética e moral não pode ser questionada? Os mesmos questionamentos podem ser feitos para seus opositores. Todos são, definitivamente, certos?

Seria melhor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabar com o título de eleitor e distribuir carteiras de torcedor para os cidadãos. Sim, porque do jeito que a coisa está, a discussão política deixou de ser baseada na ética e na moralidade para descambar em torno de uma simples partida de futebol, na qual torcedores xingam tudo e todos apenas para ver o seu time ganhar.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Quem é o motorista fantasma da PreviMossoró?

É incrível como se tenta administrar o patrimônio público como se fosse alguma extensão doméstica, de casa. O caso do carro da PreviMossoró cabe bem nessa questão. O veículo tem multas que totalizam quase R$ 3 mil, sendo uma por embriaguez ao volante. Em nota, a diretoria da Previ reconheceu as multas. E só. Reconhecer o erro não basta. Tem que prestar outras informações: quem dirigia? O que o veículo estava fazendo no Ceará? Por quais motivos a Prefeitura de Mossoró permite que um carro oficial seja usado para fins particulares? Tudo isso tem que ser respondido. Afinal, o dinheiro que paga salários e tudo o que deveria funcionar é o cidadão.

Assim sendo, quem foi exonerado? Sim, porque a nota emitida pela PreviMossoró fala em exoneração de quem estava dirigindo e não pagou a multa. O interessante é que na mesma nota o órgão fala que não dispõe de motoristas. Entende-se que o diretor que estava dirigindo o veículo foi exonerado? Sim, pode ser. Mas o tal diretor continua na direção. Seja da Previ ou do veículo, já que por lá não se tem motorista.

Algo realmente conflitante. A Prefeitura de Mossoró cobra tanto do cidadão. Isso de impostos. E na hora que é cobrada, principalmente a dar explicações, vem a notícia que o caso do carro da PreviMossoró está "encerrado" e que a diretoria não falará mais nada. Como assim, cara pálida?

Se a medida adotada pela PreviMossoró é não dar mais explicações, entende-se que existe algo escondido. E pode ser bem maior do que uma simples multa. Mas não é tão simples. Afinal, um carro oficial foi parado na Lei Seca e o seu motorista (até agora fantasma ou imaginário) estaria embriagado ou com teor de álcool no organismo acima do permitido.

Se ninguém dirigia, estamos diante de um caso típico para estudo da paranormalidade. Afinal, quem é o motorista fantasma da PreviMossoró?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Reeleição de Silveira tende a fracassar

Por quais motivos o prefeito Silveira Júnior (PSD) sondou o ex-reitor e empresário Milton Marques de Medeiros? Por quais motivos fez o mesmo com padre Charles, diretor do Colégio Diocesano? Para quem defende a continuidade da atual administração, o próprio prefeito está externando que não deverá ser candidato a reeleição. Fosse diferente, não fazia sentido algum haver convites ou sondagens para que líderes (empresariais e religiosos) topem disputar a Prefeitura de Mossoró.

O blog entende que Silveira não será candidato. Não tem condições. Ou melhor: não reúne as condições para tentar permanecer sentado na giroflex do Palácio da Resistência.

É só analisar seus atos. Presentes e passados. Quem quer ser candidato não deixa faltar o básico em termos de saúde. E está faltando em Mossoró. Um exemplo é a Insulina. E se Silveira diz que está cuidando das pessoas, algum auxiliar não entendeu bem o significado da palavra "cuidar". Principalmente das pessoas.

O blog crê que Silveira vai continuar insistindo na teoria de que será candidato. Tudo para tentar obter o poder de indicar o nome que vai substituí-lo na chapa. Se terá sucesso, isso é outra história. O certo é que o presidente estadual do PSD, governador Robinson Faria, está acompanhando tudo o que se passa por estas bandas. Mesmo ausente. De corpo e de ações.

Por isso que se fala que o presidente da Câmara Municipal, vereador Jório Nogueira, seria o substituto de Silveira nas eleições deste ano. Resta saber se será um bom negócio.

Cadê o Ronda Quarteirão, governador?

O Governo do Estado precisa deixar de engodo e mostrar serviço. Principalmente na área da segurança pública. Não tem "satanás" que suporte neguim defender o tal "Ronda Cidadão". Tal projeto não saiu da gaveta. E se saiu, certamente está em algum quarteirão bem longe do Rio Grande do Norte. É só pensar um pouco que se chegará à conclusão de que existem dois RN's: um na visão governamental e outro vivenciado pelo cidadão. E neste último, a bala come sem dó.

A começar pela crise no sistema prisional. A situação é de caos total. Por quais motivos o Governo do Estado não informa quantos presos foram recapturados do total de quase 300 que fugiram dos presídios potiguares?

E mais recente: dos assassinatos cometidos durante o Carnaval, quantos assassinos foram presos? Quantos foram para a cadeia em virtude do crime organizado? A coisa não está pra brincadeira. Somente este ano mais de 170 pessoas foram mortas. E ainda tem quem acredite no "sucesso" do Ronda Quarteirão?

Puro engodo.

Falta insulina nas Unidades Básicas de saúde

Há três meses que pacientes que procuram as Unidades Básicas de Saúde de Mossoró para buscar insulina do tipo Lanpus têm a mesma resposta: não tem. Do mesmo jeito que não existe fitas ao teste de glicose e agulhas para os testes de insulina. E as pessoas que procuram as Unidades Básicas são carentes se veem obrigadas a comprarem o medicamento. Para quem é pobre, o valor cobrado pela ampola é bem salgadinho: R$ 116,00. Com  algum desconto, fica por R$ 90,00.

Agora imaginem aí a pessoa precisar da ampola três vezes por semana e ter que desembolsar uma dinheirama para não morrer. Sim, porque se o medicamento deixar de ser tomado, certamente haverá complicação por conta da diabetes. E o risco de morte é certo.

E ainda tem gente que não enxerga a situação de caos que existe em Mossoró.

Saliente-se que a saúde de Mossoró é plena. Recebe verba específica para a área. E não se vê uma prestação de contas sobre quanto entra e quanto sai, bem como onde cada centavo é investido. E quando alguém cobra, é taxado de perseguidor, disso e daquilo.

Para piorar a situação, a Secretaria Municipal de Saúde informou, segundo material que foi publicado no portal www.defato.com, que as insulinas serão compradas somente em março. Até lá muita gente vai morrer. O blog crê que existe uma tremenda inversão de valores nessa história toda.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Jório pode ser a 'salvação' do PSD mossoroense

Vamos colocar a cachola pra pensar? As recentes afirmações do ex-deputado federal Betinho Rosado, presidente estadual do PP, e do deputado federal Beto Rosado, de que a sucessão mossoroense passa por um diálogo com o governador Robinson Faria e que o PSD não está excluído do rol de conversas para composições às eleições deste ano, colocam uma especulação - das grandes - sobre o agrupamento político liderado pelo prefeito Silveira Júnior (PSD).

É sabido que Silveira não está em boa situação administrativa e, por consequência, sua aprovação política/popular deixa a desejar. Assim sendo, um eixo desse emaranhado de frases soltas se encaixa perfeitamente em algo que começou a ser discutido ainda no ano passado. Especificamente em um almoço, do qual participaram o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado e o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, vereador Jório Nogueira (PSD).

O que o blog está querendo dizer é que Jório Nogueira pode, perfeitamente, ser o nome do PSD estadual às eleições de Mossoró. Em uma outra linguagem: o PSD pode perfeitamente indicar o candidato a vice-prefeito da ex-governadora Rosalba Ciarlini, provável candidata do PP à Prefeitura de Mossoró.

Difícil? Obviamente que não.

É só raciocinar direito: o governador Robinson Faria está ausente de Mossoró. A onda de negatividade que ronda o prefeito Silveira Júnior seria o motivo do afastamento de Robinson da cidade que, segundo ele, lhe garantiu a vitória.

Esse afastamento seria proposital? Pode ser. Robinson pode, perfeitamente, estar se distanciando para, na hora oportuna, fazer o que presidentes estaduais de partidos fazem: ditar as regras do jogo. Todo mundo sabe que Silveira enfrenta dificuldades para emplacar projeto de reeleição. A situação dele é bem complicada.

Daí que Jório Nogueira surge como possibilidade para o PSD continuar em alta na política municipal.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Por quais motivos os empresários amedrontam?

Por quais motivos o projeto "Mossoró Melhor" passou a ser, de uma hora para outra, tão criticado? Assessores do prefeito Silveira Júnior não escondem a tática, a ordem passada: queimar toda e qualquer iniciativa que possa ameaçar algum projeto político. Se os nomes em discussão, especificamente do empresário Tião da Prest, não representam nenhum problema, por quais motivos está se dizendo que os empresários não têm voto? Ou que seria, em outras palavras, apenas um ensaio mal sucedido para as eleições deste ano?

A velha e manjada tática de desqualificar adversários já não cola. Todo mundo sabe que se trata de um planinho que vem sendo executado para tentar conter o avanço do projeto "Mossoró Melhor".

Todo mundo sabe que não foi à toa que os empresários conseguiram construir seus empreendimentos: com esforço, planejamento e dedicação. Algo que pode ser uma das alternativas para a Prefeitura de Mossoró, já que não se vê esses requisitos em andamento na atual administração.

Bem disse o vereador Francisco Carlos, quando afirmou que o prefeito mossoroense se preocupou em fazer a parte política antes para, depois, pensar no administrativo. E a cidade está como está. Será tarde para recuperar o tempo perdido? Não se sabe. Contudo, pelo tempo administrativo que ele terá este ano, dificilmente o "Novo Governo" vai render.

Além dos empresários, já se percebe que tem "silveirista" apontando que a ex-governadora Rosalba Ciarlini enfrentará dificuldades judiciais. E falou-se até que ela teria que explicar algo relacionado ao Idema. Se o caminho for por aí, o prefeito também terá que explicar muita coisa. A começar pelo escândalo na Semob, o qual resultou na "Operação Desmob".

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Boa sorte aos novatos, veteranos e aos cidadãos

Qual a novidade da mudança das cadeiras anunciada agora a pouco pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD)? Tirando a entrada da jornalista Luziária Machado na Secretaria de Comunicação e a saída do também jornalista Jota Paiva da pasta, além do rodízio feito pelo prefeito na PreviMossoró, bem como em outras áreas, uma se sobressaiu: a queda da professora Ieda Chaves da Secretaria Municipal de Educação. Em seu lugar, Silveira nomeou a também professora Glaudionora Silveira, que estava na Chefia de Gabinete.

Como se sabe, a Prefeitura de Mossoró enfrenta seu pior momento. E o pior dos piores se volta especificamente à área da educação. É que vereadores oposicionistas alardearam que a Lei de Responsabilidade Educacional estaria sendo desrespeitada pela Prefeitura de Mossoró. Um ponto específico representaria tal afirmativa: o não-pagamento do 14º salário aos professores. E basta um pontinho para que toda e qualquer lei seja descumprida. Isso poderia caracterizar algo bem maior, administrativamente. E em termos de punição. Mas a Câmara Municipal não tem interesse em punir ninguém. Muito menos quem estiver na giroflex do Palácio da Resistência.

Assim sendo, Ieda Chaves, crê o blog, pagou o pato pelo fato da Prefeitura de Mossoró estar em baixa com o pessoal da Educação.

A saída de Ieda, inclusive, havia sido cantada e decantada pelas calçadas. Falava-se que ela iria sair para ser candidata à Câmara Municipal. Algo que o blog não crê. Ieda certamente deve ter outros planos.

O certo é que uma outra área específica não mudou: a Secretaria de Saúde ficará com a mesma titular, Leodise Cruz. Isso significa dizer que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) vão sofrer um bocadinho a mais. O resto do ano, para ser mais claro.

É que, não duvidando da capacidade dos que entraram, dos que saíram ou dos que permanecem: a situação da Prefeitura de Mossoró não será resolvida de uma hora para outra.

E explica-se: o prefeito passou um tempo danado "ausente", dedicando maior parte do seu tempo às questões políticas. Vejamos: ele foi eleito em maio de 2014. Naquele mesmo ano se empenhou nas eleições ao Governo do Estado. Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Depois encampou outra luta: a da presidência da Federação dos Municípios do RN. Tempo demais para alguém administrar uma cidade do tempo de Mossoró.

E quando se tem um tempo administrativo menor que o tradicional, ninguém pode se dar ao luxo de participar de eleições consecutivas e, por consequência, desprezar o objetivo maior da sua primeira vitória, que foi ser gestor da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.

A jornalista Luziária Machado terá que se desdobrar para mudar a imagem de um governo que transparece ser centralizador, egocêntrico. A Comunicação da PMM perdeu tempo com "arenga" paroquiana. E o resultado é o que todos sabem.

Boa sorte aos novatos. Aos veteranos. E boa sorte ao cidadão!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Robinson Faria também esquece Mossoró

Não bastasse a situação de abandono aos cidadãos, por parte da Prefeitura de Mossoró, o Governo do Estado segue no mesmo ritmo. E olhe que o governador Robinson Faria (PSD) afirmou, reiteradas vezes, que devia sua eleição à segunda maior cidade do Estado. Imagine se não tivesse essa dívida...
A falta de atenção do governador para com Mossoró é gritante. Uma verdadeira aberração eleitoral. E olhem que o prefeito de cá é do mesmo partido de Robinson. Não se pode nem dizer que está havendo birra política. Os dois, Silveira e Robinson, são da mesma legenda. Portanto, deveria haver sintonia.

O que danado está acontecendo para Robinson Faria escantear Mossoró?

O Hospital da Mulher, de acordo com denúncias veiculadas recentemente na imprensa, estaria sendo sucateado e os médicos estariam comprando produtos e medicamentos com o próprio dinheiro. Onde já se viu isso?

E o governador já havia afirmado, por meio de nota oficial, que não tinha a intenção de fechar o Hospital da Mulher. Agora foi a vez da ameaça de fechamento se direcionar ao Hospital da Polícia Militar.

Robinson está deixando a cidade abandonada. Tal qual a administração municipal. 

Mossoró vive seu pior pesadelo. E ainda tem gente que não crê no que se diz. Isso com relação ao abandono da cidade, onde as ruas estão esburacadas e cheias de lixo. É só dar uma circulada pela periferia para ter essa certeza.

Aliás, o PSD está com a faca e o queijo na mão: tem o Governo do Estado, a Prefeitura de Mossoró e a Câmara Municipal. Em vez de ação conjunta para combater mazelas, vê-se ação contrária à coletividade. O Legislativo perdeu o prumo de vez e, a exemplo do que se vê nas redes sociais, se transformou em mero "balançador" de cabeça, para cima e para baixo, concordando com tudo que o Palácio da Resistência manda.

Qual a prioridade da Prefeitura de Mossoró?

A crise se instalou de vez na Prefeitura de Mossoró. E não foi por falta de aviso. Desde 2013 que se dizia que a situação não estava boa, que a arrecadação vinha sendo frustrada por meses consecutivos. Isso ainda na gestão da ex-prefeita Cláudia Regina (DEM). Ela fez uma reforma administrativa para adequar o Executivo à nova realidade. Vinha dando certo. Mas seu projeto foi tolhido por força da decisão da Justiça Eleitoral. De lá para cá, muita coisa aconteceu.

Secretarias foram criadas. Exemplifica-se o da Segurança Pública. E, quem pensou no tal organograma deveria ter ido além do balançar a cabeça afirmativamente com tudo o que se quer. Afinal, secretários e assessores são para auxiliar em alguma ação. Não apenas para concordar com tudo. O resultado é o desastre que está aí. Antes os prédios públicos dispunham de segurança. Hoje, estão praticamente ao léu. Prova disso é o mais recente assalto cometido por bandidos na Unidade Básica de Saúde Ildone Cavalcante, no bairro Barrocas. Alguém precisa de mais provas? O blog crê que esta só basta.

Falou-se em projetos mirabolantes, como a construção do Santuário de Santa Luzia. Como se não existissem outras prioridades em Mossoró. Como se tudo estivesse funcionando e o cidadão, por consequência, fosse bem atendido em todas as áreas.

Para que se tenha ideia do quadro atual, na UBS Ildone Cavalcante, por exemplo, o blog foi informado que a diretora saiu mendigando luvas e outros materiais para que os dentistas pudessem realizar seus trabalhos. Para que os usuários fossem atendidos. E ainda tem neguim dizendo que a quando se critica alguma coisa é por motivos meramente pecuniários. Tenham santa paciência.

O momento requer análise. De se eleger prioridades. Por sinal, a atual administração deixa entender que a prioridade é aquela que surge de última hora. Foi assim com a retirada dos camelôs do Centro da cidade. A Justiça aprazou um tempo. Até agora a Prefeitura não fez nadica de nada. Tampouco fiscaliza para que novos ambulantes se instalem na cidade. Veio ainda o Santuário de Santa Luzia, o qual se fez um estardalhaço e com direito a lançamento da pedra fundamental. Foi dito que nos primeiros dias de 2015 o primeiro tijolo estaria assentado. Passou 2015 e 2016 já entrou. Nada do tijolo. O que restou foi lembrança de uma palavra. Nada mais.

Agora, diante disso tudo, vem a crise que afeta o bolso do servidor público. É sabido que quando alguma coisa não vai bem, é preciso repensar estratégias. Planejar. Algo que, ao que parece, não ser o forte de Mossoró. A começar pelo que se vê pelas janelas do prédio onde funciona a Secretaria de Planejamento e da Controladoria: um amontoado de caixas, deixando entender que ali nada se encontra. Ou melhor: o que se busca.

Para piorar ainda mais a situação, alguns assessores chegam ao cúmulo de anunciar que Mossoró está no "caminho certo", que a "gestão coragem" está fazendo o dever de casa. É preciso compreender que nem todas as casas estão sendo atendidas. Que nem todas as mesas são fartas. E se a coisa continuar do jeito que está, quem faz o serviço público funcionar, mesmo aos trancos e barrancos, vai entrar em colapso. Sim, porque servidor algum continua em pé com o estômago vazio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Confiança traída

Uma frase que lida pelo titular deste espaço em algum canto chamou a atenção. Despertou a curiosidade para tentar compreender a complexa relação entre cidadão e qualquer administrador público, que é eleito, obviamente, sob os auspícios de promessas que serão executadas no decorrer do mandato. Analisando o quadro vivenciado no Rio Grande do Norte e, em especial, na segunda maior cidade potiguar, chega-se à conclusão de que se enquadra perfeitamente no atual cenário. Eis a frase; "a traição começa com a confiança."

Em algum momento o cidadão potiguar se sentiu traído pelo governador Robinson Faria, que prometeu segurança de primeiro mundo. Anunciou, na campanha, o "Ronda Quarteirão". Mas o que se vê é um assalto a cada quarteirão. A cada esquina, um olhar de receio do cidadão. De medo. De pavor. A insegurança tomou conta do RN.

E para o governador recuperar a confiança, o blog entende que ele terá que ralar muito. Foi-se o tempo em que palavras eram capazes de apresentar algum resultado. É hora de ação. Ou melhor: a hora está passando. E com ela, o sentimento de que talvez o Estado tenha feito a escolha errada.

No caso de Mossoró, do mesmo modo. O cidadão está cansado de "levar peia". Se procura uma Unidade Básica de Saúde, falta medicamentos. Se vai desopilar em alguma praça, a marginalidade ronda sem piedade. Se precisa de transporte para se deslocar para outra cidade em busca de suporte médico mais avançado, não tem carro.

Mossoró parece. O cidadão, coitado, enfrenta o pão que o diabo amassou. Está distante, muito longe, de ver aquelas palavras ditas na campanha eleitoral de maio de 2014 serem concretizadas. Entra mês, termina mês e o lengalenga é o mesmo: a Prefeitura de Mossoró está em crise e depende do "bom proveito" ou da "boa execução" de cortes de gasto intermináveis e que não apresentam resultado algum.

É dose para quem depende do serviço público. Para quem espera resposta concreta. E nada surge. A luz no fim do túnel fica cada vez mais distante.

Para o prefeito Silveira Júnior recuperar a confiança do cidadão será complicado. Ele preferiu centralizar as ações em um eixo administrativo que não rendeu bons frutos. Dizem que ele tem tempo para mudar o quadro. Mas o blog acha difícil. Se em pouco mais de dois anos nada foi feito, não será agora que haverá transformação. Coisas do tempo. Do tempo administrativo. Mas, como se diz por aí, quem quer consegue. E se o prefeito agora quer mudar, quer instituir um "novo governo", não custa nada tentar. Mas acreditar, quem há de?


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

MP denuncia Silveira por desvio de verba

O Ministério Público do Rio Grande do Norte ofereceu a denúncia ao Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) contra o prefeito de Mossoró, Silveira Júnior (PSD), sob acusação de desvio de recursos da chamada “verba de manutenção de gabinete” quando este, à época, exercia o mandato de vereador na Câmara Municipal de Mossoró.

O documento aponta que ele está incurso 23 vezes no artigo 312 combinado com o artigo 69, ambos do Código Penal.

Segundo a denúncia, entre janeiro de 2005 a julho de 2007, o denunciado desviou, em proveito próprio, recursos financeiros liberados mensalmente aos parlamentares da Casa Legislativa a título de “verba de gabinete”, destinando, para si, dinheiro público reservado ao custeio das despesas necessárias ao funcionamento do gabinete parlamentar.

O montante desviado foi de R$ 75.924,67 que, atualizado monetariamente até dezembro de 2015, totalizam R$ 155.100,15. De acordo com o documento entregue ao TJRN, os valores eram repassados ao gabinete do então vereador por meio de cheques nominais a um familiar que ocupava o cargo de chefe de gabinete e era o indicado para retirar os cheques mensais relativos à verba de gabinete durante os exercícios de 2005 a 2007.

Os cheques em questão eram liberados para o gabinete do então vereador Silveira Júnior e foram sacados na “boca do caixa” pelo chefe de gabinete e, nas operações bancárias seguintes, desviados para ele para as contas pessoais do atual prefeito de Mossoró, onde se misturavam aos salários e demais créditos, dentre outros recursos do denunciado.

Ainda dentro da operação bancária, os cheques eram liquidados no caixa e, em seguida, na mesma sessão de atendimento, o chefe de gabinete realizava o depósito na conta-corrente do denunciado. 

Além disso, alguns dos cheques eram depositados diretamente na conta pessoal do prefeito.
Já dentro da conta do denunciado, os valores passavam a cobrir os gastos pessoais de Silveira Júnior. 

Neste aspecto, a verba de gabinete serviu como complemento financeiro aos vencimentos do cargo de vereador. A denúncia aponta ainda que houve meses em que as verbas de gabinete foram recebidas em duplicidade.

Com a denúncia oferecida, o prefeito de Mossoró terá prazo de 15 dias para apresentar resposta à Justiça, a partir do momento que for notificado pelo Judiciário.

Fonte: MPRN


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Não foi por ausência de recado

Algo que poderia ter sido evitado. Algo que poderia ter sido amplamente combatido. Mas não: a Prefeitura de Mossoró, mesmo diante das denúncias acerca dos supersalários pagos a alguns servidores públicos, nada fez. Simplesmente fechou os olhos e consentiu que o dinheiro público fosse surrupiado sem dó.

Eis que vem a operação "Desmob", realizada na manhã de hoje na Secretaria da Mobilidade Urbana, a qual culminou com a ida do secretário Charlejandro Marcelino e do vereador Soldado Jadson para prestar esclarecimentos. A operação ainda analisa a retirada de multas do sistema. Beneficiaria a quem? Teve pagamento de propina?

Estas e outras respostas serão apresentadas pelo Ministério Público logo mais à tarde.

O blog cansou de se valer de um ditado popular: nada pior está que pior não possa ficar. E a cada episódio negativo, fica cada vez mais difícil para o prefeito Silveira Júnior pensar em reeleição.

Um secretário e o seu líder do governo na Câmara envolvidos em escândalo. Será que tem mais?

MP e Polícia desmantelam esquema na gestão Silveira

A sede da Secretaria da Mobilidade Urbana de Mossoró (SEMOB), no bairro Doze Anos, está ocupada nesse momento pelo Ministério Público e a Polícia Civil.

Ninguém entra, ninguém sai.

O MP e Polícia Civil estão cumprindo 14 mandados de busca e apreensão, conduções coercitivas (levados para delegacia), inclusive contra o titular da Semob, Charlejandro Rustaine Marcelino, e contra o vereador Soldado Jadson (SDD), líder do prefeito Silveira Júnior (PSD) na Câmara Municipal.

A "Operação Desmob", como foi batizada pelo MP, acontece em outros pontos da cidade, ainda não revelados até o momento.

Uma série de irregularidades vinha sendo investigado a partir de denúncias da imprensa livre e de pessoas que se sentiram prejudicados.
São ilegalidades como supersalários, diários operacionais e multas excluídas do sistema.

O Ministério Público vai detalhar a operação em coletivo à imprensa, no início da tarde, na sede do MP.

Ação está sendo conduzida pelo promotor Fábio Weimá Thé, titular do Patrimônio Público, e pela delegada Cristiane Magalhães.


Fonte: www.defato.com

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Luiz Carlos rompe com Silveira Júnior

Um velho jargão se aplica neste caso: nada está tão ruim que pior não possa ficar. Depois de ser vaiado em plena festa de Santa Luzia e de enfrentar descontentamento popular, o prefeito Silveira Júnior (PSD) perdeu o suporte do vice-prefeito Luiz Carlos (PT). De lambuja, deve "abrir mão" do PT, única legenda de peso político que estava na sua administração. No final da tarde desta segunda-feira, Luiz Carlos oficializou o que se esperava: o rompimento político e administrativo com Silveira. Os motivos estão elencados abaixo, em correspondência encaminhada por Luiz à imprensa.


O blog se abstém, agora, de analisar o cenário e deixará para outro momento apresentar uma reflexão sobre o atual momento da política mossoroense. segue a carta-rompimento que Luiz Carlos enviou à iprensa:


"Aos/as Mossoroenses


Na condição de Vice-Prefeito de Mossoró, venho a público reafirmar nosso distanciamento político e administrativo diante à condução da gestão do Prefeito Silveira Júnior, que ao optar por um modelo de gestão centralizador e indiferente as demandas sociais da cidade, assume uma feição autoritária na relação com os mais diversos segmentos sociais e se mostrou incapaz, ao longo do curto mandato, de manter uma relação institucional e respeitosa com a Vice-Prefeitura. Ademais, destacamos ainda a falta de transparência dos atos do Executivo e ausência de uma agenda política e programática capaz de enfrentar a crise econômica e administrativa, bem como o quadro de insolvência que o município vivencia.

Nestes trinta anos de vida pública, sempre pautei minha conduta com seriedade, respeito e transparência. Mossoró inteira conhece as minhas concepções de manter-me fiel aos meus princípios cristãos, éticos e políticos.

Exerci mandato de vereador em três Legislaturas e fui alçado à condição de Vice-Prefeito, por consequência da cassação justa e inquestionável da Prefeita eleita em 2012. Atendi prontamente a indicação do meu partido, o PT, e também o convite do então Prefeito Interino Silveira Junior. Mas atendi, sobretudo, a necessidade da minha cidade que vivia momento de instabilidade institucional e exigia dos seus cidadãos e cidadãs espírito público. Renunciei ao mandato de vereador e me coloquei à disposição de uma gestão, que se iniciava com amplo apoio popular e esperança de uma nova cultura política na gestão da cidade.

Os fatos subsequentes ao ato de posse foram marcados por tratativa nada aceitável para um Vice-Prefeito, que não almejava um emprego, pois já era professor aposentado da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e exercia o mandato de Vereador. Apresentamos ideias e propostas galgadas na concepção construída ao longo da nossa militância. Mas todos os sinais da gestão iam de encontro aos nossos princípios. Veio o desconforto quando cobramos mudança de rumo da gestão.

Ao tomar posse na condição de Vice-Prefeito, passei dois meses sem gabinete e nenhuma assessoria/servidores. Em seguida, ocupei por mais de um ano, juntamente com meus assessores, uma sala cedida pela Controladoria do Município, no edifício Rômulo Negreiros.

Somente, no mês de setembro de 2015, portanto, dezoito meses do exercício da função pública, que me foi outorgada pela vontade soberana do povo, a Vice-Prefeitura passou, mesmo sem identificação visual, a ter endereço. Contudo, sem a mínima estrutura para dar cumprimento às prerrogativas institucionais e que espero não serem revogadas por decisão do Senhor Prefeito, a exemplo do que vem ocorrendo unilateralmente com pessoas, que dividem comigo responsabilidades e compromissos em bem servir ao Povo de Mossoró, através das ações e iniciativas, dentre as quais destaco, o projeto Escuta popular, Fórum Pensando Mossoró, GT Orçamento Democrático, efetiva participação nas Conferências Municipais, posicionamento público em todos os momentos de impasses em defesa dos direitos dos estudantes, servidores municipais e terceirizados, categorias dos camelôs e taxistas, dentre outros.

Diante destas responsabilidades, manifesto meu compromisso na defesa dos interesses da cidade, reafirmando a agenda de trabalho que tenho executado com minha assessoria e o posicionamento político programático assumido publicamente em relação à gestão, que por não se coadunar com o modelo de gestão pública pelo qual lutei e pedi respeitosamente o voto de cada mosssoroense, não é mais merecedora do meu apoio.

Fizemos uma escolha que não nos restam dúvidas: Entre uma gestão calcada em métodos antidemocráticos, na falta de transparência com os recursos públicos e na falta de respeito à centenas de trabalhadores e trabalhadoras, assumimos manter nossa trajetória de compromisso com as classes populares.

Por último, quero manifestar o meu irrestrito apoio e solidariedade à toda minha assessoria, que vem sendo vítima de retaliação pelo Executivo, o que se caracteriza em ato de absoluto desrespeito às prerrogativas e à autonomia de gestão que o Vice-Prefeito exerce constitucionalmente e sobre a qual, ao nosso entender não cabe ingerência unilateral do Chefe do Executivo. Ao incidir sobre as minhas prerrogativas, esquece o Senhor Prefeito de zelar pelas de si próprio, o que, aliás, reflete de forma velada o descompasso dos seus atos  com as reais necessidades da população e a sua opção em perpetuar uma agenda política reprodutora dos costumes e vícios que marcam a administração pública de Mossoró."

Mossoró, 14 de Dezembro de 2015.Luiz Carlos de Mendonça MartinsVice-Prefeito

Vaias, vaias e mais vaias

A regra é clara: na dúvida sobre algum pronunciamento em momentos de crise, melhor evitá-lo. E tal regrinha não foi levada em consideração pela assessoria do prefeito Silveira Júnior (PSD). O resultado, como não poderia ser outro, foi uma vaia que repercute até agora. Tal situação se deu no encerramento da festa de Santa Luzia, padroeira de Mossoró. Uma sonoridade alta. Mostrou, definitivamente, o prefeito precisa repensar algum projeto político.

Passada o constrangimento da vaia, a assessoria do prefeito colocou nas redes sociais que a situação exigiu "coragem" de Silveira. Como assim? O governador Robinson Faria (PSD), que também está fazendo um governo capenga, foi mais comedido. Evitou o discurso. Mas o prefeito, na ânsia de apresentar algum resultado positivo, acabou colhendo frutos bem negativos.

Desde o começo da "gestão oficial" que Silveira Júnior tem cometido "pecados" consecutivos. A assessoria dele tem sido falha desde o começo. Algo totalmente diferente do que se viu na administração interina. Parece até que é outra administração. Mudou totalmente. E o resultado não poderia ser outro, que não fosse a desaprovação popular por meio de vaias.

O episódio ocorrido na noite do domingo, 13, certamente servirá para que alguns repensem projetos. A começar pelo governador Robinson Faria. Ele percebeu que a situação não está para brincadeira. Se ele já estava ausente de Mossoró, agora é que evitará a cidade. E até mesmo para que ele repense o projeto do seu partido por estas bandas. Será que vale a pena insistir em algo que surge como negativo?

As vaias sofridas pelo prefeito também serão analisadas pelos vereadores que o seguem. Até que ponto os parlamentares vão colocar em risco a sobrevivência política para estar ao lado de quem não está em boa com o povão? O presidente da Câmara Municipal, Jório Nogueira (PSD), certamente também sentiu o clima. Aliás, deve ter comprovado mais uma vez que a situação não está boa.

A assessoria do prefeito se apressou em dizer que Silveira queria apresentar o projeto do Santuário de Santa Luzia. E sabia que seria vaiado. Bom, o blog entende que o projeto poderia ser mostrado em outro momento. E o prefeito ouviu o que não queria duas vezes: as vaias. Além da fala do bispo Dom Mariano Manzana, que afirmou que a Diocese não teria sido consultada nenhuma vez à elaboração do projeto.

Assim sendo, passou a ideia de que o famoso projeto do Santuário de Santa Luzia é algo que vem sendo propagado pelo Gabinete do Prefeito sem, sequer, ter uma orientação da Diocese de Santa Luzia, a quem caberá a administração do empreendimento. Isto é: se o santuário for mesmo construído.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Vereador denuncia desvio de dinheiro público

Entre outubro de 2013 e outubro de 2015, a Prefeitura de Tibau recebeu quase R$ 34 milhões de royalties de petróleo, média de R$ 1,4 milhão por mês. O Município da Costa Branca foi beneficiado por “cota extra” paga pela Petrobras, via ação judicial, que fez a receita saltar de menos de R$ 100 mil/mês para os valores atuais.

Mas, o que a gestão municipal tem feito com tanto dinheiro?

É a pergunta que a oposição faz ao prefeito Josinaldo Marcos de Souza (PSD), “Naldinho”, diante das dificuldades que o município enfrenta, apesar da “bolada” que entra todos os meses no cofre da Prefeitura. Para o vereador Antônio Ferreira de Medeiros (PMDB), o prefeito não está zelando o dinheiro público.

A desconfiança, segundo ele, é justificada pela evolução patrimonial do prefeito. O vereador denuncia que Naldinho tem usado o dinheiro público para ficar rico, apontando a construção de um parque de vaquejada como prova do suposto desvio de recursos públicos. “Como ele constrói esse parque ganhando salário de prefeito, que é de R$ 8 mil?”, questiona, ao ressaltar que antes de assumir a Prefeitura, Naldinho vivia uma vida modesta, “não tinha nem uma bicicleta para andar, como diz o ditado”.

Segundo Antônio Ferreira, o parque de vaquejada que o prefeito construiu no município deve ter consumido mais de R$ 3 milhões. Ele denuncia que Naldinho também comprou cavalos caros, vindos de outros estados, e que contratou para cuidar do negócio o profissional que era do Parque de Vaquejada Mastruz com Leite, um dos maiores do Nordeste. “Só para se ter ideia, esse vaqueiro funcionário do parque do prefeito anda de Corolla, carro de luxo e caro”, ressalta.

O vereador oposicionista denuncia ainda que o dinheiro, que seria público, segundo ele, o prefeito emprega na compra de carros e de outros bens. Para comprar, ele aponta uma “frota” no município com placas padronizadas, sempre terminando em “55”, que é o número do partido de Naldinho.  “Uma investigação simples comprova o que eu estou dizendo. É só observar as placas desses carrões ligados ao prefeito”, disse.

DÍVIDAS
Antônio Ferreira diz que o prefeito Naldinho fez “maquiagem” nas ruas de Tibau para passar a ideia à população e visitantes que está aplicando corretamente os recursos públicos. “Ele pavimentou ruas e só. Mesmo assim, está devendo às empresas que realizaram as obras”, afirma. “Comenta-se que a dívida com empresas prestadoras de serviços e fornecedores chega a 3 milhões de reais”, pontua. “Como uma Prefeitura rica como a de Tibau, com a enorme receita que tem, está devendo tanto?”, questiona.

O vereador conta que só em 2015, entre janeiro e novembro, a Prefeitura recebeu mais de R$ 12 milhões só de royalties de petróleo. E para comprovar o que diz, ele mostra o projeto orçamentário para 2016, enviado pelo Executivo à Câmara Municipal. A previsão é de R$ 75 milhões, o que dá uma média de R$ 6,25 milhões por mês. “Como a Prefeitura de Tibau tem dificuldade com tanto dinheiro? Essa explicação o prefeito tem que apresentar”, cobra Antônio Ferreira.

A oposição tem feito a cobrança no plenário da Câmara Municipal, inclusive, com pedido de abertura de investigação, mas como a bancada do prefeito é maioria (6 a 3), o assunto acabou não prosperando. Nem mesmo um pedido de explicação ou requerimentos são aprovados no Legislativo, devido à blindagem feita pelos governistas.

Servidor desconfia de salário desviado

Os aparelhos de fisioterapia estão quebrados há três meses, o Centro Odontológico não funciona e faltam medicamentos nos postos de saúde. O caos contrasta com o volume de recursos que entram nos cofres da Prefeitura de Tibau.

A oposição diz que os problemas se repetem na Educação, na qual até a merenda escolar é falha. “As reclamações nos chegam todos os dias, sem que a Prefeitura tenha alguma explicação”, reclama Antônio Ferreira, mostrando-se indignado com os “absurdos que estão fazendo com o dinheiro público”.

Para piorar, a Prefeitura tem atrasado salários de alguns servidores. Gercim Dantas Maia, que é servidor concursado desde 2000, há mais de dois meses não recebe seu salário. Ele desconfia da possibilidade ade  Prefeitura ter desviado o seu dinheiro para outra pessoas.

“No portal da transparência aparece que o meu salário foi pago, com uma curiosidade: eu sou lotado na Secretaria da Infraestrutura e o meu nome saiu na pasta da Administração, como se eu tivesse recebido os salários, sem eu ter recebido nada”, denuncia.

O caso é grave e a oposição pretende levar ao conhecimento do Ministério Público Estadual (MPRN), para pedir uma investigação profunda.

A reportagem do JORNAL DE FATO tentou falar com o prefeito Naldinho, mas não conseguiu localizá-lo. Ele, dificilmente, aparece na Prefeitura.

Fonte: Jornal de Fato

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Rosalba está elegível para 2016

Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de inocentar a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) e deixá-la elegível para a disputa de qualquer eleição, o cenário político que se avizinha ganha nova roupagem. É que falou-se que o prefeito Silveira Júnior (PSD) estaria imaginando um quadro em que iria para a reeleição como candidato único. Isto é: sem enfrentar resistência de alguma liderança local.

Assim, com a elegibilidade garantida, nada impede que Rosalba Ciarlini seja candidata à Prefeitura de Mossoró. Existe rumores de que a chapa a ser encabeçada por Rosalba teria a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) como candidata a vice. Inclusive seria algo natural. Fala-se também que a também ex-prefeita Cláudia Regina poderia apoiar tal composição. Mas isso é algo a se discutir. Dificilmente Cláudia apoiaria um nome do PSB, da ex-deputada estadual Larissa Rosado. Também seria difícil Cláudia seguir com o prefeito. Por razões óbvias.

Com isso, Silveira praticamente está isolado. Não tem respaldo de nenhuma liderança. Até o governador Robinson Faria (PSD) o deixou sozinho. Robinson prefere a companhia do presidente da Câmara Municipal, Jório Nogueira (PSD), do que seguir com Silveira. E isso é público. Não é novidade para ninguém.

O único reforço que o prefeito tem são pequenos partidos que não agregam, politicamente e eleitoralmente. O PT, que poderia ser o diferencial, não está satisfeito. E essa conclusão chega pelo comportamento adotado pelo vice-prefeito Luiz Carlos.

Como se vê, Silveira terá que repensar a ideia de sair candidato a reeleição. Não existe clima político e nem eleitoral para isso. Ele, que tinha tudo para ser o novo líder maior da segunda cidade do Rio Grande do Norte com maior expressão política, não soube aproveitar. Deixou o barco navegar sozinho, sem comando. Tudo fruto de participações consecutivas de campanhas, seja na Prefeitura, Governo do Estado ou na Femurn. O resultado, embora positivo para Silveira, tem se mostrado totalmente negativo para ele.